sábado, 21 de novembro de 2009

A Voz da Frknteira Brasil-Paraguai - Índia Tini e seu conjunto Paraguai Etê


Índia Tini e seu conjunto Paraguai Etê

1 - Señor san Juan - polca - Aristides Valdez
2 - La chalana - rasqueado paraguaio - Arlindo Pinto, Mario Zan e Eladio Gonzales
3 - Mi madreselva - polca - Aristides Valdez
4 - Mi soñada flor - polca - Aristides Valdez
5 - Mi destino - guarânia - Mauricio Cardozo Ocampo
6 - Lajanía - guarânia - Herminio Gimenez
7 - Noches del Paraguai - canção - Pedro A. Carlez e Samuel Aguayo
8 - Eyaivy na che ati’y ari (cabecinha no ombro) - guarânia - Paulo Borges, versão guarani de Aristides Valdez
9 - Muy cerca de ti - guarânia - Florentín Gimenez e Ben Molar
10 - Terra de Rondon - polca
11 - Adeus, querido rincão - polca - Aristides Valdez e Tertuliano Amarilha
La frontera Brasil–Paraguay encierra, principalmente bajo aspecto folclórico, motivos muy interesantes. La exuberancia de nuestras matas, la fertilidad de nuestras tierras y la generosidad de nuestra gente siempre constituyeron fuerte atractivo a los paraguayos de a frontera. A menudo los vestigios de la pasada guerra fueron se apagando y un nuevo sentimiento de fraternidad empezó a florecer en los corazones de esos dos pueblos de América. No tardó para que las primeras llevas de inmigrantes paraguayos pisasen las regiones fronterizas de Brasil, donde fueron recibidos con entusiasmo. Esa fraternal recepción ayudó decisivamente a la mayor afluencia de gente de Paraguai. E en poco tiempo villas, poblados y ciudades fueron surgiendo en las cintas de frontera. Las ciudades de Campanário, Dourados, Amambai y Antônio João fueron consecuencias de esas corrientes inmigratorias. Otras más antiguas, como Ponta Porã (Punta Bonita, porã es bonito en guaraní), Bela Vista, Nioaque y Porto Murtinho fueron ampliamente beneficiadas alcanzando considerable desarrollo con la infiltración de los paraguayos en sus múltiplos sectores de actividad. En las zonas ervateras que abarcan todo el sur del estado de Mato Grosso [entonces no había Mato Grosso do Sul] e norte de Paraná, en las haciendas de ganado e en las labranzas, el eficiente servicio brazal paraguayo se tornó indispensable. Pero esos, no se limitaron a permanencia en la frontera. Aclimatados rápidamente, adentraron nuestro territorio formando importantes colonias en algunas de las ciudades más prósperas del estado de Mato Grosso, como Campo Grande, Corumbá y Aquidauana.
El contacto permanente y cordial entre paraguayos y brasileños, como era de se esperar, trajo completa modificación en los costumbres de nuestros hermanos de la frontera. En el lado de Brasil, donde hasta entonces solo se hablaba el portugués, se pasó a hablar también el castellano y el guaraní. Tanto es que hoy es común se encontrar brasileño que habla correctamente los tres idiomas. El brasileño estaba habituado al café y la feijoada, no pudo prescindir, desde entonces, del chimarrón y del tereré. El churrasco, el locro, la buena caña paraguaya. Nuestra música también empezó a sentir la concurrencia de nuevos ritmos. La polca y la guarania, oriundas de Paraguay, entraron triunfantes en nuestra patria, continuando a obtener éxitos y óptima recepción hasta el presente.
India Tini, la feliz intérprete de las canciones de nuestra frontera, es brasileña legítima. Casada con un notable compositor e arpista paraguayo, recurrió con su famoso trío Paraguai etê (Paraguay para valer) toda la vasta extensión de frontera teniendo oportunidad de colectar y seleccionar en esos lugares bellísimas páginas musicales que constituyen su magnífico repertorio, y que hoy, con mucha satisfacción, presentamos al público amante de ese género de buena música, prestando así una justa homenaje a los brasileños y paraguayos que supieron perpetuar los sentimientos fraternales de la buena vecindad.
Tertuliano Amarilha

A fronteira Brasil–Paraguai encerra, principalmente sob aspecto folclórico, motivos muito interessantes. A exuberância de nossas matas, a fertilidade de nossas terras e a generosidade de nossa gente sempre constituíram forte atração aos paraguaios da fronteira. Aos poucos os vestígios da passada guerra foram se apagando e um novo sentimento de fraternidade começou a florescer nos corações desses dois povos da América. Não tardou pra que as primeiras levas de imigrantes paraguaios pisassem as regiões fronteiriças do Brasil, onde foram entusiasticamente recebidos. Essa fraternal acolhida contribuiu decisivamente à maior afluência de gente do Paraguai. E em pouco tempo vilas, povoações e cidades foram surgindo nas faixas de fronteira. As cidades de Campanário, Dourados, Amambai e Antônio João foram conseqüências dessas correntes imigratórias. Outras mais antigas, como Ponta Porã, Bela Vista, Nioaque e Porto Murtinho foram amplamente beneficiadas alcançando considerável progresso com a infiltração dos paraguaios em seus múltiplos setores de atividade. Nas zonas ervateiras que abrangem todo o sul do estado de Mato Grosso e norte do Paraná, nas fazendas da gado e nas lavouras, o eficiente serviço braçal paraguaio se tornou indispensável. Estes, porém, não se limitaram a permanência na fronteira. Aclimatados rapidamente, adentraram nosso território formando importantes colônias em algumas das cidades mais prósperas do estado de Mato Grosso, como Campo Grande, Corumbá e Aquidauana.
O contato permanente e cordial entre paraguaios e brasileiros, como era de se esperar, trouxe completa modificação nos costumes de nossos irmãos da fronteira. No lado do Brasil, onde até então só se falava o português, se passou a falar também o castelhano e o guarani. Tanto é que hoje é comum se encontrar brasileiro que fala corretamente os três idiomas. O brasileiro estava habituado ao café e à feijoada, não pôde prescindir daí adiante do chimarrão e do tereré. O churrasco, o locro, a boa caña paraguaya. Nossa música também começou a sentir a concorrência de novos ritmos. A polca e a guarânia, oriundas do Paraguai, entraram triunfantes em nossa pátria, continuando a obter êxitos e ótima aceitação até o presente.
Índia Tini, a feliz intérprete das canções de nossa fronteira, é brasileira legítima. Casada com um notável compositor e harpista paraguaio, percorreu com seu famoso trio Paraguai etê (Paraguai pra valer) toda a vasta extensão de fronteira tendo tido oportunidade de coligir e selecionar nesses lugares belíssimas páginas musicais que constituem seu magnífico repertório, e que hoje, com muita satisfação, apresentamos ao público amante desse gênero de boa música, prestando assim uma justa homenagem aos brasileiros e paraguaios que souberam perpetuar os sentimentos fraternais da boa vizinhança.

Tertuliano Amarilha


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