segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Selvagemente Selvagem


Selvagemente selvagem
Ríchar aparece todo estropiado, rasgado, cheio de  curativo, mancando. Aparece um guei, gritando:
— Aiiiiii! Lindo, lindooooo!
O pessoal da produção o segura. Ríchar:
— Leva lá pro Ibama. Que esse aí não está em extinção. Tem muito desse.
Mancando, cara de dor, tipóia no braço:

— Pessoal. Tenho de explicar o seguinte: Excepcionalmente hoje não apresentarei o programa. É que fui pegar, pra mostrar pra vocês, um jacaré-açu. O bicho era um pouquinho grande. Quase perdi um braço. Mas quando ia saindo da água uma sucuri se enrolou em mim e me puxou. Apertou tanto que quase me quebrou. E esse pessoal da produção, pra acudir a gente, é mais lerdo que a produção do Topa tudo por dinheiro. Mas aconteceu que no abraço prolongado me apaixonei pela sucuri. Agora estou aguardando a aprovação da união civil entre pessoas de espécies diferentes, pra pedir a sucuri em noivado.

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