sábado, 29 de dezembro de 2012

Radionovela
Produção e direção: Péricles Leal
Música e direção musical: Maestro Alceu Bocchino
Coordenação: Stockler de Moraes
Enviado por Kenzo Fujimoto

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Atendendo ao pedido de nossa querida leitora portuguesa Eugénia.
Na internete vi dizer que esse gibi é voltado ao público feminino. Todo mundo pode ler porque o gibi dessa espécie de Archie (Arquibaldo) de saia é muito bom.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012


Canciones en las cuales queremos oír Agnetha
Canções nas quais queremos ouvir Agnetha
Låtar som vi hör Agnetha
Güirá campana (Pájaro campana)
Pássaro-sino
fågel kampanj
En la selva paraguaya, que de flores se perfuma
Na selva paraguaia, que de flores se perfuma
I Paraguay djungeln, som är parfymer av blommor
late un corazón de pluma que aletea una ansiedad
pulsa um coração de pena que aleia uma ansiedade
slår ett hjärta med pennan som flapped en ångest
Es el secular tañido, es la guaraní esperanza
É o secular tangido, é a guarani esperança
Det är sekulära ringsignaler, är hopp om guarani
se escucha mas no se alcanza ni se puede aprisionar
Se escuta mas não se alcança nem se pode aprisionar
Du hör mer han nås inte eller du kan nypa.

Alucinante güirá campana
Alucinante pássaro-sino
Fantastiska fågel kampanj
luz que florece sobre una rama
luz de florece sobre um galho
ljus som blommar på en gren
Allá va, alegre y bravío
Lá vai, alegre e bravio
Det går utöver, glada och modig
Su canto es el mío
Seu canto é o meu
Hans sjungande is mine
Amor e ilusión
Amor e ilusão
Kärlek och illusion
Mi corazón ha de volar
Meu coração há de voar
Mitt hjärta har att flyga
con el ding-dong de su cantar
com o dingue-dongue de seu cantar
med hans sjungande ding-dong.

Igual que un trino que vuela perdiéndose en lontananza
Como um trinado que voa perdendo-se no horizonte
Precis som en Drill flyger som förlorar i antågande
a la voz de la esperanza hecha pluma musical
à voz da esperança feito pena musical
musik röst pennan gjorde hopp
como el cóndor de los Andes, y el ketzal de Guatemala
como o condor dos Andes e o quetzal da Guatemala
som the condor i Anderna och Guatemala ketzal
tu nombre, güirá campana, simboliza libertad
teu nome, pássaro-sino, simboliza liberdade
ditt namn, fågelkampanj, symboliserar frihet.

De la roja tierra al azul del cielo
Da rubra terra ao azul do céu
Från röda jorden till himmelsblå
tu blanco plumaje une dos anhelos
tua branca plumagem une dois desejos
Ditt vita fjäderdräkt förenar två önskningar
Te veo volar en la inmensidad
Te vejo voar na imensidão
Jag ser du flyga i vidsträckta
Tiene tu trinar paraguayidad
tem teu trinar, paraguaidade
har din chirping paraguayghet
Mi pueblo y mi tierra oyen tu cantar
Meu povo e minha terra ouvem teu cantar
Mitt folk och mitt land höra din sång
Ese es el despertar de la libertad [tris]
Esse é o despertar da liberdade
Detta är uppvaknandet av frihet

Tradução :
Quando dom Pedro de Mendoza chegou a novas terras o acompanharam músicos, carpinteiros, agricultores, poetas e sacerdotes, pra a evangelizar os indígenas.
No começo foi todo muito difícil. Faltava alimento, não tinham pleno conhecimento do território, havia muitos animais selvagens e nativos muito agressivos. Os sacerdotes pondo sua fé em Deus iniciaram a grande tarefa de instruir aos nativos na palavra santa e os converter ao cristianismo.
Os religiosos unidos aos novos convertidos sonhavam com uma igreja onde poderiam louvar e agradecer as graças concedidas. Começaram a trabalhar trazendo pedra, madeira, areia, taquara, palhas e tudo o necessário pra construir o templo.
Padre Nicolau se encarregou de projetar a obra. Empreenderam a grande tarefa mais de 100 homens, trabalhando da alvorada ao anoitecer.
Já com muita esperança os religiosos e as autoridades fizeram o pedido dum belo sino prà igreja, que chegou logo depois e foi o canto e a esperança de muitos quando instalada no campanário. Durante muitos anos os crentes desfrutaram o formoso templo. Mas um dia, da zona dos portugueses, chegaram homens maus, que levaram desolação à comunidade e assassinaram muitos nativos, levaram mulheres e crianças como escravo e o belo sino trazido da Espanha.
Nicolau ficava muito triste cada vez que olhava o campanário vazio. Tanta era sua desgraça, que pediu a Deus, que em seguida escutou sua súplica e no lugar do campanário pôs uma belíssima ave branca, que começou a cantar e o canto tinha o mesmo som do sino, tã-tã-tã, um belo canto que alegrou o angustiado sacerdote. Desde então se desfruta do canto do pássaro-sino.
Oscar Cabrera, Mitos y leyendas. Cultura del Paraguay
När dom Pedro de Mendoza nått nya mark åtföljas musiker, snickare, jordbrukare, poeter och präster, för att evangelisera indianerna.
I början var alla mycket svårt. Saknat mat, inte hade full kännedom om territorium, det fanns många inhemska vilda djur och mycket aggressiv. De präster som sätter sin tro på Gud började den stora uppgiften att undandra natives i heliga ordet och konvertera till kristendomen.
Religiösa kopplade till nya konverterar de drömde om en kyrka där de kan prisa och tacka graces beviljas. Började arbeta med sten, trä, bambu, halm, sand och allt som behövs för att bygga templet.
Far Nicholas tog avgift utforma arbetet. Åtog sig den stora uppgiften över 100 män, arbetar från dawn till dusk.
Redan med mycket hopp religiöst och myndigheterna som gjort begäran i en vacker Bell prà kyrka, som kom strax efter och var sjungande och förhoppningarna hos många när de installeras i klocktornet. Under många år haft troende det vackra templet. Men en dag, portugiserna anlände dåliga män, som inför gemenskapen ödeläggelse och dödade många infödda, leda kvinnor och barn som en slav och den vackra Bell förde från Spanien.
Nicholas var mycket ledsen varje gång jag tittat på Tower tomt. Så mycket var hans olycka, som bad Gud, som sedan hörde hans ödmjuka vädjan och i stället för the belfry har en vacker vit fågel, som började chanting och sjunga hade samma ljud av Bell, so so-så, ett vackert hörn som gladdened ångestfylld prästen. Sedan njuter sjungande fåglar-Bell.
Oscar Cabrera, Mitos y leyendas. Cultura del Paraguay

domingo, 16 de dezembro de 2012

Uma aventura do famoso seriado dos anos 1960, Aventura submarina (Sea hunt), com Lloyd Bridges, no rio Amazonas e outra aventura de mergulho.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Grato a María Paz la donación del ejemplar

El segundo cuento es muy bueno. No llega a lo dañar la acción inverosímil del detective, que fue apenas con el compañero, pedir la caja sospechosa. En la vida real eso sería una ingenuidad fatal, que, a más de todo, alertaría sospechoso. Un detective de carne y hueso conseguiría un mandado judicial y entraría a fuerza con un escuadrón de la policía federal.
O segundo conto é muito bom. Não chega a o estragar a ação inverossímil do detetive, que foi só com o parceiro, pedir a caixa suspeita. Na vida real isso seria uma ingenuidade fatal, que, além de tudo, alertaria o suspeito. Um detetive de carne e osso arranjaria um mandado judicial e entraria a força cum esquadrão da polícia federal.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

● A prefeitura não fiscaliza nem capacita os descendentes indígenas que vendem no mercado municipal de Campo Grande? Como dizia Monteiro Lobato: Levantar essa bunda gorda da cadeira e agir. Na semana passada comprei guavira e estava tudo verde! Tudo muito caro e atendimento nada simpático. E não é de hoje. Já aconteceu antes com guavira, caju, pequi. Quem não conhece experimenta e não gosta, pensa que é assim e não compra mais. Vender fruta verde por madura também é fraude contra o consumidor.
● O frete do correio está o olho da cara. Na estante virtual tem livro mais barato que o frete. Não adianta ter tarifa menor pra impresso com frete fim-do-mundo. Tá muito caro manter nossa família real deputística.
● Que decadência internética! Toda vez que mexem numa página ou programa é só pra piorar. O Tradukka começou bom, foram melhorar e ficou uma droga. O MSN toda vez que mexem pra melhorar uma coisinha pioram outra. O dicionário do word está pobre, não editável. Sem falar naquelas auto-correções que não sei que burro inventou pra secretárias burras. Se eu escrever um conto onde existe uma cidade de Uqe ou uma fórmula matemática euq, automaticamente corrige a que. Agora o Rapid, que até estava passável, ficou com interface de subida muito atrapalhada e com conexões que falham. Parece que os programadores chegaram bêbados duma festa e resolveram mexer na página. E ainda querem cobrar!
Colaboração de Joanco
Enviados por não mais estarem disponíveis no sítio original
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domingo, 9 de dezembro de 2012

Cartógrafo desenhou mapa real de Patópolis
O pato Donaldo mudou de casa 33 vezes. Tio Patinhas não tinha só uma caixa-forte mas 20. Foi o que Jürgen Wollina descobriu, 62 anos, berlinense, após se debruçar 13 anos sobre a obra completa de Carl Barks, o ilustrador da Disney, criador de Patópolis e grande parte das personagens das estórias do pato Donaldo.
Os anos renderam o primeiro mapa real de Entenhausen, Patópolis em alemão. É claro que não mora só patos lá. É uma cidade grande. Respondeu, questionado se só patos morariam na cidade. Com 600km2 e entre 100 mil e 200 mil habitantes, equivale a Teresópolis, Rio de Janeiro.
O mapa de Patópolis, que ficou pronto a tempo dos presentes natalinos de 2008, vendeu 1000 exemplares na pré-venda. Segundo Wollina, Barks não tinha a idéia de Patópolis desenhada na mente, mas muitas vezes incluía alguns mapas nos quadrinhos. Dúvidas e informações que não se encaixavam perfeitamente só foram resolvidas no original em inglês ou um pouco de imaginação. O mapa pode ser encomendado em www.donald.org por 9 euros (27 reais) mais frete.
(Folhapress)
O estado de Mato Grosso do Sul, terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Justin8 de dezembro de 2012 14:30
Muito bom o texto, compartilho contigo a historia do primo de minha namorada, que foi atacado por uma onça no pantanal:
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=375191

Atração fatal
Um sujeito que teve uma relação tipo atração fatal, aquela mesma do filme, estava no psicanalista:
— Ai, doutor. Agora ela entrou num daqueles programas tipo gugol terra, com foto de satélite, e vê minha rua como se chegasse pra tocar a campainha, vê do alto, dá a volta, tudo...
O médico o procurou dissuadir de toda maneira, aconselhando a se distrair e tirar isso da cabeça. O sujeito bem que tentou.
Mas acabou lendo uns artigos sobre viagem estelar usando dobra espacial, a teoria do computador quântico, etc.
— Ontem tive um pesadelo. Sonhei que já tinha aquela máquina de tele-transporte instalada ao lado da impressora e que ela apareceu anexa num imeio!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

María Paz comentó:
— Sabes que donde estudié agronomía, el edificio lo hizo Niemeyer? Nadie lo sabe. No hicieron referencia de eso en las noticias. Por eso el aula magna de ese edificio, donde di mi examen de grado, se llama sala Niemeyer. Ignorancia. La gente y más los periodistas son tan ignorantes!
Como no saber? Por ejemplo: La estación central fue hecha por Eiffel. Apuesto que nadie sabe.
María Paz comentou:
— Sabes que o edifício onde estudei agronomia foi feito por Niemeyer? Ninguém sabe. Não fizeram referência disso no noticiário. Por isso a sala magna desse edifício, onde me graduei, se chama sala Niemeyer. Ignorância. O povo e os jornalistas são tão ignorantes!
Como não saber? Por exemplo: A estação central foi feita por Eiffel. Aposto que ninguém sabe.
tradução:
O polêmico presente do arquiteto Oscar Niemeyer, que Valparaíso rechaçou
Quinta-feira, 6 dezembro de 2012 | 11:01
Publicado por Nadia Flores · 4472 visitas
Nesta quarta-feira se deu a conhecer o falecimento do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer com 104 anos de idade, após mais dum mês internado no hospital Samaritano do Rio de Janeiro. Apesar de sua obra da futurista cidade de Brasília ser mundialmente famosa, nem todos sabem que também presenteou a Valparaíso um de seus icônicos projetos com o qual pretendia converter o edifício do ex-cárcere num museu.
Corria o ano de 2007 e Niemeyer, impulsionado pela amizade que o uniu a Pablo Neruda e Salvador Allende, entregou às autoridades da época uma moderna proposta pra renovar o ex-centro de reclusão da cidade portuária. Não obstante, a prefeitura se opôs taxativamente ao projeto, por considerar ir contra do patrimônio histórico e cultural do recinto, o que antes funcionara como um paiol de pólvora.
O projeto do arquiteto contemplava a construção de 3 edifícios ovais, ligados por uma passarela e erigidos sobre um espelho dágua. A moderna proposta imediatamente causou polêmica, o que acabou abortando o projeto. Ressaltou Cristián Romo, artista e membro da organização Parque Cultural ex Cárcel, segundo publicou La Tercera:
— O que se está valorizando é a assinatura de Niemeyer, mas como proposta arquitetônica está fora de contexto. É um corpo-estranho a Valparaíso.
Assim diversos arquitetos rotularam como daninho à cidade o esboço do insigne profissional brasileiro. Mathias Klotz afirmou que se o congresso de Valparaíso foi o monumento à estupidez do governo militar, esse seria o ícone da estupidez da coalizão.
Ante a dura luta em contra da concretização do projeto, inclusive em duas ocasiões se pediu a Niemeyer modificar seu projeto, mas quando se lhe pediu uma terceira adaptação, se negou taxativamente.
Foi como em 2008, após um ano de pedidos e oposições por parte de diversas organizações e habitantes de Valparaíso, a prefeitura e a direção de arquitetura do ministério de obra pública (MOP) confirmaram que o projeto pro ex-cárcere não seria realizado.
O prefeito da época, Aldo Cornejo, declarou que o arquiteto se negara a modificar novamente os esboços, por isso o polêmico presente à cidade portuária foi esquecido.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Mas é isso mesmo!
Na Europa cada aldeia tem seus cervejeiros locais. Cada um mais orgulhoso da qualidade. Aqui essas multinacionais horrorosas. Uma até parece feita com soro de coalhada.
Em vez de deixar teu dinheiro numa empresa gigantesca sem alma, que não se importa com a qualidade, muito menos com tua saúde, e que só vê lucro, que sabe-lá que ideologia defende, prestigies um artesão local, um vizinho, um colega de serviço, um feirante, quem oferece um produto de qualidade.
Na casa do artesão tem muita opção. Tem até uma cerveja artesanal que espuma pra caramba.
Tem o Mercadão, tua pitsaria preferida, uma camisetaria de estampa regional...
Na Fernando Correa da Costa, quase esquina com a Calógeras, na quadra oposta ao antigo fórum, tem uma lanchonete dum casal japonês que frita um pastel excelente. Dica Che Guavira: Levar 3 ou 4 pastéis, um de cada sabor, pôr numa fôrma alternando com queijo pra derreter e levar ao forno só o suficiente pra derreter o queijo.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O blogue peruano de Humberfar, Comics de La Prensa, está precisando de ajuda de quem puder ressubir as conexões, que foram apagadas.
O destino de Fortunato
Duas histórias
Um caso estranho
Fogo na canjica!
Sérgio Krakoshiloff
A filosofia de Catu
O anel de rubi
Professor Tobias
Um jovem sexagenário


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Colaboração de Joanco
Enviados por não mais estarem disponíveis no sítio original
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domingo, 18 de novembro de 2012

O calendário 1956 é o mesmo 2012
(exceto as fases lunares)


Namoro internético
A garota está no divã do psicanalista.
— Pois é, doutor. Quando namorávamos ao teclado nosso beijinho era muak muak. Agora fico esperando o beijinho e tudo o que ele faz é dizer:
— Muak muak!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O poder felino
Nalguns comentários falamos sobre heróis convencionais (sem super-força, couraça ou algo que justifique proezas sobre-humanas) realizando façanhas como derrubar um touro ou leão a unha (sem ser aquela marchinha carnavalesca), ou com faca na mão que seja. Isso não é ficção, é fantasia das mais estapafúrdias. Enfrentar um felino, mesmo com arma de fogo, é muito perigoso. Um documentário falou sobre a espantosa agilidade da onça em tomar um facão da mão. Mas isso não é tudo.
Vejamos trechos de Maravilhas & mistérios do mundo animal, Seleções do Reader’s Digest, 1966:
Ao contrário da maioria dos felinos, os leões não têm medo de água e se tornam nadadores peritos. Até nisso revelam inteligência superior, pois pra evitar os crocodilos, que não conseguem dominar dentro dágua, só atravessam os rios em lugares onde sejam rápidos e rasos. Apesar de opiniões em contrário, os leões sobem em árvore e são espantosamente ágeis. Tenente Ludwig von Höhnel viu um leão saltar uma ravina de 12m de largura, e o especialista em leão F. Vaughn Kirby viu uma leoa pular sem esforço ao alto duma barragem de 3,5m.
[...]
O leão sabe se esconder por conta própria. Sua investida é um dos espetáculos mais aterradores da natureza. Quando o grande felino resolve se precipitar abaixa a cabeça, a cauda estremece e fica rígida e ereta, dá uma série de rugidos surdos, os olhos amarelos chispam e avança, adquirindo velocidade. O impacto é arrasador. Outro fator que o torna perigoso é o talento pra se esconder. Um caçador procurou durante uma hora uma leoa ferida, que praticamente se enrolou num formigueiro, na planície aberta, se mesclando tão perfeitamente que parecia ter desaparecido (um sombreado preto em volta das orelhas esbate o contorno da cabeça, e o pêlo parece capim seco). Aproveitam qualquer proteção, se achatando tanto de encontra à terra, que parecem fazer parte dela.
Mas a principal característica é a força. Um leão pode matar um boi duas vezes maior quebrando o pescoço cuma rápida combinação de presas e garras. É capaz de atacar um hipopótamo adulto, o tanque de carne que poucos animais têm coragem ou força pra molestar.
Só o leão excepcional pesa mais de 200kg. A maioria chega a 170kg e mede 2,8m ou menos, de comprimento, incluída a cauda de 90cm. A capacidade pra matar e carregar animal muito maior é devida à habilidade. Comentando o fato de um leão ter saltado uma cerca cuma vaca na boca, J. A. Hunter, um dos mais conhecidos caçadores brancos, escreveu:
— O leão revela um jeito especial pra meter parte do corpo sob a carcaça, desviando o peso às costas, enquanto segura a garganta da vaca na boca. Ao saltar o obstáculo a cauda se torna rígida e parece servir de contrapeso.
O sargento do 7º batalhão de voluntário brasileiro na guerra do Paraguai caminhava tranqüilamente, confiante em que, apesar de estar em pleno Pantanal, a presença de dois mil praças no acampamento era garantia contra os perigos da mata. De repente, antes de ter tempo de se virar pra compreender o motivo da gritaria que irrompera a suas costas, teve o pescoço partido em dois, o corpo já sem vida e pendente das poderosas mandíbulas foi sacudido sobre o lombo duma onça-preta que com três saltos fugiu do acampamento militar antes dalguém disparar tiro.
Na meia hora seguinte toda a mata foi batida pelos soldados. Quando finalmente encontraram a onça e a mataram, o corpo do sargento já fora devorado até o peito e todo o sangue sugado pelo mais feroz animal de nossa selva. A onça, além da ferocidade dos ataques e da coragem quando se lança contra uma presa, revela também grande astúcia, da qual se vale pra triunfar contra o homem e os irracionais.
Tem o tipo de ataque fulminante. Depois de cercar a vítima dá uma arrancada onde ultrapassa 100km/h e duma distância de 5m voa sobre o pescoço do fugitivo e o despedaça numa violenta sacudidela.
Página 153
Um enorme búfalo negro, muito peludo, veio subindo a trilha da floresta, no trote pesadão e desajeitado, e passou sob a árvore onde eu me ocultava, levantando com os cascos pequeninas espirais de pó que lembravam fumaça. Os chifres reluziam ao sol poente indiano, qual um par de presas de marfim polidas. Pelo modo descuidado de trotar vi logo que era domesticado desgarrado dum rebanho, provavelmente a caminho de casa, no vilarejo que ficava 5km a diante.
Do pipal donde eu o observava, tendo ali subido pra fotografar pavões que freqüentam a imediação, ouvi um murmúrio como de vento, denotando algo se movendo na relva amarelada, a 6m da trilha. Num movimento súbito e inquietante, como num pesadelo, um tigre esticou a fora duma moita a cabeça de pêlo branco e alaranjado, ornada de bigode, e ficou vendo o búfalo trotar. Estava tão perto de mim que eu podia ver o brilho úmido nos olhos duros e contar as cinco listras que atravessavam a testa.
Emergindo da emboscada com movimentos sinuosos como um réptil, se deteve na trilha em toda sua estonteante beleza. O pêlo era cor de ferrugem levemente dourada, com listras dum negro tão vivo e tão bem delineadas que era como se as tivessem acabado de pintar. Nenhum músculo tremia naquele corpanzil soberbo, de 3m de comprimento, mas eu quase sentia sua profunda reserva de energia. Gracioso como um córrego, o felino deslizou na trilha, seguindo o búfalo. Seu assombroso autodomínio era coisa terrível de se ver. Parou, imóvel, como se fosse de mármore. Então pude ver a contração muscular. A seguir uns pulinhos e um súbito impulso, tomado duns 9m de distância, em medonha fúria, se lançou, como se projetado por uma catapulta, sobre o dorso do búfalo. Derreado e cambaleante, o corpulento animal nem soube o que o atingira. O tigre cravou na espádua as garras duma das patas dianteiras, enfiou os longos caninos no cangote, e com a outra pata dianteira enganchou o focinho, puxando a cabeça a baixo. Com o touro arremetendo a diante, tomado de pânico, o felino o atacou com as patas traseiras. Quando o búfalo caiu o tigre partiu seu pescoço no mesmo instante. Pensei:
— Se é assim que a morte deve chegar na floresta, ainda bem que é tão rápida e cirurgicamente perfeita.
Página 117
Muitos consideram o tigre o verdadeiro rei dos felinos. Sendo três vezes mais pesado que o leopardo, tem a agilidade do gato, que é menor, e pode realmente saltar a uma altura de 5,5m ou atravessar, num pulo, um vão de 12m aparentemente sem esforço. Creio também que o tigre é mais feroz que o leão. Os masai e outras tribos africanas conseguem caçar leão a lança. Os aborígenes indianos têm tanta coragem quanto os africanos mas o tigre jamais se deixa caçar por suas tribos, com toda arma, mesmo de fogo. As tribos respeitam e temem demais o felino gigantesco pra o perseguir no domínio dele.
Envolve o tigre um ar de mistério que parece inexistir em relação aos outros felinos. Surge sempre inopinadamente, em circunstância dramática, pra em seguida desaparecer em sua emboscada, tão secretamente quanto apareceu.
Reconheço que uma das várias emoções que em mim o tigre desperta é a do medo. A senti em primeira vez numa tarde ensolarada, quando eu e minha mulher passeávamos em companhia de Rao Naidu num bosque de bambus ainda novos, de hastes douradas e franjadas, que se erguia na orla da mata, se projetando a um enorme leque de abutres se desdobrando num céu azul sem nuvem. Topamos com a carcaça dum gauro, o gigantesco touro selvagem indiano e logo vimos que fora vítima dum grande tigre. Enquanto fiquei admirado, comentando em voz alta, de que mesmo um tigre derrubasse tão corpulento animal, que pesaria cerca de 1t, senti que Rao me cutucava. Olhei aonde olhava. O capim, dum amarelo da cor dos trigais, era da altura da cintura dum homem. A menos de 100m, alteando a cabeça sobre o capinzal, se via um enorme tigre preto e dourado. Estava imóvel como uma escultura, nos olhando, sem se mover em toda sua medonha beleza, a não ser o da ponta branca da cauda, que crispava como um pássaro pairando no ar atrás. Tenso, inteiriçado de medo, de repente me lembrei de Kipling, que conheceu o tigre e o jângal, e que descreveu o medo de maneira inesquecível:
— Sabes o que é o medo? Não o medo comum de insulto, agressão ou morte, mas o abjeto pavor trêmulo. Um medo que seca o interior da boca e a metade da garganta, que nos faz suar nas palmas das mãos e engolir em seco, pra movimentar a campainha. Esse é um belo medo, uma grande covardia, que precisa ser sentida pra ser apreciada.
[vide artigo seguinte, sobre o urro do tigre]
Velhos trabalhadores da floresta dizem que os tigres maiores imitam a voz da corça, a atraindo astuciosamente. São capazes até de patinhar numa poça dágua pra chamar a atenção daquela criatura curiosa. George Hogan Knowles descreveu, em Nas garras do jângal (In the grip of the jungles), um tigre atraindo um búfalo selvagem. Agachado no meio da relva crescida, imitou o mugido dum touro disposto a lutar. O astuto felino chegou a armar a cena, arranhando a terra e levantando poeira como o fariam os cascos dum touro enfurecido. Quando o touro respondeu cum mugido o tigre tornou a o desafiar de dentro da tocaia até que o animal enfurecido foi, num tropel violento, ao encontro da morte súbita.
A força do tigre é notável. Um caçador encontrou a carcaça dum touro de 450kg que o felino listrado arrastara 0,5km num terreno cheio de obstáculo. Outro tigre saltou sobre uma estacada de 2m de altura, matou um homem e, com o cadáver na boca, fugiu, tornando a saltar sobre a cerca.
Página 119
Foi esse meu primeiro encontro com essa imponente criatura pintada, o príncipe dos felinos. Mais inteligente que o tigre, mais feroz que o leão, dentro de seu peso o mais forte dos carnívoros, o leopardo é o mais belo e gracioso animal da selva. E também o mais perigoso.
Um veterano guarda florestal observou que um leopardo pode se esconder todo onde um tigre não consegue ocultar a cabeça, pode pular em tuas costas do alto duma árvore que um tigre nem um leão poderiam escalar.
Página 206
A força do leopardo é fantástica. Donald Ker, organizador de expedição na África, conta que já encontrou uma girafa de quase 150kg morta por um leopardo, presa numa forquilha de árvore. Outro caçador viu um leopardo carregar um burro mais de 400m em terreno ascendente e pedregoso.
Página 207
No conto A curta e feliz existência de Francis Macomber, de Ernest Hemingway (Maravilhas do conto norte-americano, coleção Maravilhas do conto universal, Cultrix, São Paulo, 1957) o drama dum milionário num safári, que muito se envergonhou de ter tremido de medo na hora de atirar num leão.
Todos soubessem o assunto do artigo seguinte e encarariam tudo isso com naturalidade. Eis por que é tão perigoso enfrentar um felino.

O rugido do tigre

Investigadores descobriram como o rugido dum tigre pode paralisar a presa

Andrew Morgan, Londres

O rugido dum tigre é tão intimidante que tem o poder de paralisar animais e humanos dentro do alcance da voz. Um fenômeno que vem confundindo os investigadores.
Os cientistas do Instituto de Comunicação e Pesquisa da Fauna, na Carolina do Norte (Fauna Communication Research Institute in North Carolina) descobriram que o segredo do tigre é sua habilidade de fazer sons de baixa freqüência que qualquer presa sentirá, além do estrondo ameaçador que normalmente é a última coisa que a vítima ouve.
Investigadores trabalharam no campo de bioacústica, estudando a freqüência, amplitude, ruído e duração de sons animais pra entender o comportamento animal. Estabeleceram que o tigre emite infra-som de baixa amplitude, um grunhido tão profundo que é inaudível a humanos. Todos os grandes gatos têm esta habilidade, embora menos que o tigre.
Humanos podem perceber só freqüências entre 20 hertz (ciclos por segundo) e 20.000 hertz mas tigres, baleias, elefantes e rinocerontes englobam todos os sons abaixo de 20 hertz. O tigre mistura grunhidos infra-sônicos a 18 hertz e abaixo com o rugido que podemos ouvir, e o resultado, de acordo com a doutora Elizabeth von Muggenthaler, presidente do instituto, é que os humanos podem sentir após o rugido tigrino uma sensação de paralisia momentânea.
A explosão entremeada de infra-som dum tigre tem a capacidade de paralisar mesmo treinadores que trabalharam com eles durante anos.
Sacode e arrepia as pessoas. Aturde porque acontece tão rápido, só uma fração de segundo, disse a doutora.
É uma força incrível que te ataca. Quando rugem, os tigres se movem a grande velocidade até dar o bote. Nesse momento nunca esboças reação porque estás paralisado.
O tigres não usam infra-som só pra assustar a presa. É um inestimável meio de comunicação porque pode viajar longa distância.
A pesquisa não surpreenderá as cientistas militares, há muito atentos ao potencial de infra-som como arma. Vários dispositivos que podem aturdir o avanço de tropas com uma onda de choque de baixa freqüência vem sendo desenvolvida.
Os cientistas dizem que tigres são animais notavelmente articulados que além de rugir têm uma larga variedade de sons especiais pra uso com outros tigres, como chuffing (um tipo de saudação afetuosa) rosnado, assobio, grunhido e miado.
No primeiro estudo desse tipo, a doutora von Muggenthaler e seus colegas registraram todo grunhido, assobio, chuff e rugido de 24 tigres à Campanha de Preservação do Carnívoro (Carnivore Preservation Trust), em Pitsboro, Carolina do Norte, e no parque zoológico Margens do Rio (Riverbanks Zoological Park), em Colúmbia, Carolina do Sul.
No mês passado ela relatou, numa reunião da Sociedade de Acústica da América, como os tigres falam cuma amplitude de mensagem. É o uso de infra-som, porém, que realmente os une.
The Telegraph, Londres
Sexta-feira, 19 de janeiro de 2001
Comentário:

Muito bom o texto, compartilho contigo a historia do primo de minha namorada, que foi atacado por uma onça no pantanal:
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=375191
Isso mesmo, Justin. Teve uma reportagem falando sobre os ataques no Pantanal, por causa de se procurar atrair as onças pra turista ver. Deu no que deu.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Colaboração de Joanco
Enviados por não mais estarem disponíveis no sítio original
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Colaboração de Joanco
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Em defesa dos roteiristas dos quadrinhos, só posso lembrar que na obra original de Edgar Rice Burroughs Tarzan não só mata leões empunhando apenas uma faca, como em determinada ocasião, logo no primeiro livro, chegou a dominar uma leoa com as mãos nuas! Poisé, o Tarzan de Burroughs é algum tipo de herói sobre-humano, com força além dos homens normais. Só não digo que seja de fato o primeiro "super-herói", porque podemos rastrear os genes dos super-heróis até os semi-deuses gregos, por exemplo. Mas que os livros de Tarzan deram um empurrão no gênero, deram, sem dúvida.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Tradução, de Che Guavira, do número 4 da excelente coleção chilena de quadrinho de conto de ficção-científica de Themo Lobos
O mundo fantástico de H. P. Lovecraft
Informativo de outubro de 2012
Boa tarde amigos,
fazia um tempo que não mandava um informativo sobre o prelo do nosso livro, uma vez que estávamos divulgando seu desenvolvimento mais no www.sitelovecraft.com/timeline.html entretanto,excepcionalmente mandaremos esse informe como dessa vez. Se liguem mesmo é no cronograma.
Nosso livro está em fase de registro e nos próximos. dias devemos mandar os dados a Biblioteca Nacional (http://www.bn.br/portal/) pra que isso se proceda. Só não o fizemos ainda, pois no preenchimento dos papéis restou uma dúvida e que levou muito tempo até alguém da BN responder, mas agora já é algo superado. Depois de recebido o material, em 7 dias o livro será registrado, aí é rápido.
O livro está 100% traduzido, revisado e diagramado e feito a leitura final. O que estou fazendo (enquanto aguardo o registro) é eu dar uma lida em tudo e corrigir problemas que encontro e ou aprimorar o que quer que seja (tradução, revisão ou diagramação). E está sendo legal isso, pois fizemos muitas melhoras. Até 15 novembro terminarei essa etapa e o livro já estará registrado.
Já temos algo com relação as gráficas e vamos solicitar orçamento (veja nosso livrou ficou com 450 páginas). Se alguém quiser ajudar nessa vindoura etapa, já que o livro é participativo, podem sugerir gráficas boas para que possamos imprimir o livro dentro em breve com qualidade e preço. Fico no aguardo de sugestões.
Outra coisa. A divulgação do prelo do livro será feita pelo cronograma em conjunto com o facebook e twitter do livro. Então amigos, quem tem facebook e twitter nos adicione. E quem não tem, faço um convite a criar um e nos adicionar. Mesmo que vocês não queiram divulgar muito sobre vocês no face (faça como eu só tenho uma foto minha e quase nada de informações pessoas), se cadastrem e nos adicione e também o twitter, pois são ferramentas que uso também pra vos colocar a par de tudo:
twitter: @mundolovecraft
Denílson