quinta-feira, 26 de maio de 2016

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Sociedade Gráfica Vida Doméstica, 144 páginas, capa dura, formato 23x31,5cm², Brasil
sobre a editora:
Coloquei no final o quadrinho da aventura de Tor, que está em 3-D, removido o 3D. Assim há a opção de ler com as lentes verde e rubra, e ler normalmente. Idem a página seguinte.
Como eliminar o efeito 3D
O efeito consiste em linhas verdes e vermelhas sobrepostas desfocadas. Se tem de eliminar a linha desfocada verde, transformar de colorido em tom-de-cinza, pra reverter ao desenho original, escurecer o preto e clarear o branco.
No Krita (a interface é igual a do Photoshop):
Control-m (ou Filtro - Ajuste - Ajuste de curva das cores). No RGBA selecionar verde, colocar em input: 165, output: 83. Selecionar vermelho. Input: 213, output: 64. Clicar em Ok.
Control-U (ou Filtro - Ajuste - Dessaturar). É pra transformar em tom-de-cinza. Clicar em Ok.
Control-l (ou Filtro - Ajuste - Níveis). Na primeira linha tem três valores. 44 0,4 e 122 respectivamente. Clicar em Ok.
Esses valores são os que testei por tentativa e comparação. Outra figura, dependendo do tom, pode ficar melhor com outros valores, mas valores próximos.
 
Propaganda do guaraná Brahma. Já naquela época a mentira de que é natural. A enganação vem de longe.
 Conto contido na revista:
Um conto de amor bem fuleiro. A mentalidade da época achava bonito essas estórias moralizantes, maniqueístas, bem reducionistas. O príncipe, no caso um jovem barão, uma donzela com todas as qualidades e uma rival com todos os defeitos. Pode parecer bonito mas faz muito estrago na vida das pessoas mostrando à criança ou ao jovem um mundo idealizado, onde as pessoas não são como são.
Ironicamente os contos em texto são muito fracos mas os em quadrinho tem primorosos.
 Curiosidade:
Na página 73 um resquício do que parece ser outra publicação, subposta no lado direito. Ficou bem evidente na página 124, algo que parece uma marginal da Mad.
Pra resolver o problema de iluminação interna pus além das duas duplas lâmpadas de lede comprida mais uma dupla da mais longa. Ficou bom. Quase luz solar. Eis a comparação:
 
Fotografado fora sem relâmpago sob luz solar

Fotografado dentro sem relâmpago sob as luzes de lede reforçadas
Difícil decidir as figuras mas notes a diferença do texto. Sob luz solar o texto ficou muito mais nítido, muito mais adequado a processar OCR.

domingo, 15 de maio de 2016

A editora Clock Tower nasceu em 2012 a partir do www.sitelovecraft.com que mantenho desde 2003 na internete. Desde então publicamos em edições bem elaboradas grandes clássicos do passado muitas vezes ignorados pelas grandes editoras. Infelizmente essa idéia de trazer livros esquecidos foi copiada por algumas editoras que apenas têm lucro criando livros não muito bem elaborados. Se não for pedir muito, por favor, divulgar ao máximo o livro que acabaste de receber, O mundo sombrio, e a proposta da editora, resenhando em vídeo, blogue, ou postando foto dele na internete. Isso só ajudará a editora a crescer e a trazer grandes livros do passado. Mais do que divulgar apenas no facebu (onde as postagens são efêmeras), peço divulgar em vossas páginas. Acredito que estamos ainda no começo, tanto que entre setembro e outubro de 2016 começaremos a campanha dum livro em 2 volumes com obras do grande Arthur Machen, um dos maiores gênios da ficção de horror, mestre e grande influência de HP Lovecraft.
          Agradeço o apoio e a confiança pelo qual foi possível esse projeto, desejando uma ótima leitura desse fantástico livro de Robert E Howard.
Imeio: de3103@yahoo.com.br  
Denílson E Ricci
Sobre O mundo sombrio
Após as acertadas escolhas de trazer os contos de Lovecraft inéditos em português ou reparar os mal traduzidos, e do inédito O rei de amarelo, recebi O mundo sombrio, com novelas de Robert E Howard, amigo de Lovecraft.
Como de costume, a edição nada perde às grandes editoras. A idéia de publicar a obra de Arthur Machen é acertadíssima, pois é um dos grandes autores, grande mestre e iniciado.
Infelizmente não é o caso de Howard.
Quando vi que é o autor das estórias de Conan, o bárbaro, fiquei com o pé atrás.
Fiquei ainda mais desconfiado quando li a biografia, vendo um indivíduo imaturo, muito ingênuo e com a cabeça nas nuvens. Ainda pior: Não se interessava por ciência.
O que vi foi a obra dum maníaco contador de estória que escrevia compulsivamente, com arte, bom narrador, mas muito longe de ser um grande autor, muito menos um mestre.
Novelas fantasistas espada-e-magia estritamente adolescentes, prolixas, estapafúrdias, chatas, pueris.
Numa sala-de-espera vi uma mulher assim. Não parava de falar. Se alguém contava algo, imediatamente ela contava que algo semelhante lhe passou. Nunca deixava de contar evento seu como resposta. Era mitômana compulsiva a ponto de exasperar o ouvinte.
Mesmo sendo amigo de Lovecraft, um imitador das expressões tétricas, já virando chavão, da ambientação com horror sobre horror, sem a profundidade e verossimilhança do mestre, caindo num oco arremedo sem essência.
Uma barafunda de estórias pseudoépicas sem pé nem cabeça, produto duma mente febril, de criatividade transbordante mas sem embasamento. Uma espécie de Funes de Borges. O que acaba gerando expressões como (erro de tradução?) Era uma ampla espada de ferro cuja ampla lâmina estava marcada de modo sombrio.
Ampla espada já fica esquisito. Marcada de modo sombrio é de lascar.
Pra quem aprecia baboseiras tipo Conan, Henrique Ceramista (Harry Potter), senhor dos anéis, guerra nas estrelas, as Zimmer Bradley e Anne Rice da vida e outros tantos, que faça bom proveito. Só perdi tempo lendo a primeira novela, fraca e oca mas ainda deglutível. As seguintes só consegui começar. A vida é muito curta pra se ler baboseira.
Mas o leitor pode perguntar: No quê consiste o mérito do autor?
Estabeleçamos um parâmetro. Poe, Lovecraft e Machen, por exemplo. Um crítico disse, com toda propriedade, que Poe jamais escreveu o terror pelo terror, pois era inteligente demais pra isso. O bom autor jamais escreverá um conto já antecipado com, por exemplo, o rótulo Terror. Os que assim o fazem são os medíocres. Na vida não há gênero puro. Um evento em nossa vida tem elementos de comédia, de drama, do quê for, tudo entremeado, e as personagens não têm natureza maniqueísta. Assim como não é boa idéia decretar Fulano será meu amigo. Alguém se torna amigo quando há afinidade. É uma conseqüência natural. Ninguém diz Esta será a comida mais gostosa. As experimenta e a mais gostosa se revela.
A arte do ficcionista é como fazer uma limonada. Existe um ponto ideal dos ingredientes. Cada um tem seu estilo. Se puser água, limão ou açúcar a mais a limonada desanda. Um conto tem de dosar bem a realidade, a ficção e as idéias. O grande autor transmite idéias através da fantasia. Se for realista demais será um documentário, mas se exagerar na fantasia vira essas novelas de magos e guerreiros, meramente escapista e divertimento íntimo do autor.
Vemos nos contos dos grandes mestres idéias científicas que nos fazem pensar. Através da ficção a todo momento o verossímil assoma, mostrando a cara e sugerindo algo. Em O manuscrito encontrado numa garrafa, de Poe, vemos uma alusão à Terra oca. Nos contos de Lovecraft, Poe e Machen vemos autor revelar nas entrelinhas conhecimentos ocultistas que os dominadores de nossa sociedade nos escamoteiam.
Os grandes autores nos fazem sonhar, pensar, nos ensinam e não aborrecem com prolixidade e delírio. Pode delirar a personagem, não o autor.
Se Poe joga xadrez, Howard joga dado.
Que venha Arthur Machen. E que a Clock Tower (eta nome sem graça) evite autores medíocres, que estão mais pra novela das 8, e não se deixe sugestionar pela fama.


sexta-feira, 6 de maio de 2016

Do acervo de Joanco
O número 1 do gibi que Joanco escaneava aleatoriamente
É dos melhores gibis que já vi. Estórias interessantes, criativas, encantadoras. Tom & Jerry e demais personagens na melhor fase.
Verdadeira jóia de todos os tempos

Enviado por Márcio Rodrigues
● Agora as provedoras querem abrir novos planos, com descarga limitada.
É porque querem se expandir sem investir.
A velha manha brasileira de ganhar sem trabalhar.
Como na energia elétrica. Já se viu empresa que vive pedindo pra não consumir o produto? Campanhas e mais campanhas pra economizar. Todo mundo troca as lâmpadas quentes por frias. E então? Então a empresa aumenta a tarifa. Todo mundo economizou, se modernizou e continua pagando o mesmo valor alto. E a empresa lucrando como se tivesse investido em mais linha.
Em O despertar dos magos, de Louis Pauwels e Jacques Bergier, este trecho:
Enquanto os homens alimentarem o sonho de obter seja o que for a troco de nada, dinheiro sem trabalhar, conhecimento sem estudo, poder sem sabedoria, virtude sem ascese, as sociedades supostamente secretas e esotéricas prosperarão, com suas hierarquias imitativas e seu rosnar que imita a linguagem secreta, quer dizer, técnica.
A picaretagem tomou conta.
A Águas Guariroba quer me cobrar uma conta prescrita. Pra isso lançou um débito a 2011, sendo que está cortado desde 2007. Abri um processo. Na audiência sustentam isso na maior cara-de-pau, como se inventar uma fatura fosse a coisa mais natural.
Em 2007, quando procurei o Procon, a atendente explicou que o problema é que o governo dá concessão a empresas européias, onde o salário é alto. A tarifa lá é condizente com o poder aquisitivo europeu, mas cobram o mesmo aqui, o que resulta num valor que cobra os olhos da cara.
Mudando de atitude
Busco uma mudança de atitude. Seja adequado ao caso ou não, não importa. É que mudar a atitude não é fácil. É preciso um rompante sob firme decisão. O caso é que ter sempre uma atitude de monge budista, mostrar classe, sabedoria, dar tapa com luva de pelica, responder com ironia sutil é extenuante e só funciona em casos específicos.
É tal o caudal de gente mal-educada, tosca mesmo, que vejo que estou fazendo o papel do lorde inglês que naufragou e precisa sobreviver na ilha dos macacos.
Começa a tratar os macacos com toda nobreza, civilidade e boa-educação.
— Com licença, senhor macaco. Queiras ter a gentileza…
Mas chega uma hora que enche o saco. De tanto dar indireta sutil, mostrar classe, dar exemplo edificante, sem êxito, acaba largando mão. Com o tempo vai aprendendo que esse comportamento é uma fantasia, um valor que só existe em sua cabeça. Pra sobreviver tem de fingir que é macaco também, pois os macacos só respeitam os valores macacônicos.
Como o naturalista que foi viver com lobos e percebeu que os lobos só respeitam o líder que come o pernil, a melhor parte. Não importa que o líder seja poderoso, que faça coisas que pra eles parece impossível. Se o líder não se apoderar do pernil o desprezam. Bem parecidos com o Homo sapiens, não é?
Em São Paulo uma atendente que parece um robô. Não responde, não interage. No Walmart daqui uma idêntica. A gente fica sem-graça de reclamar de coisa que parece tão boba. Aí fiquei pensando: Será que já tem protótipo de andróide sendo testado pra substituir as caixas? Será que estão dando vaga pra deficiente mental? Mas nesse caso tenho o direito de saber se sou atendido por gente, máquina ou bicho. Afinal não ficarei aborrecido porque o caixa automático não conversa comigo. E depois as caixas não poderão reclamar que os clientes são uns insensíveis que as tratam como máquina, como objeto.
Falei sobre o terrível atendimento campineiro, bem contrastante com o bogotano. Aqui é intermediário, mais pra campineiro. Em minha longa transição pra sair da síndrome do bonzinho, decidi não ignorar mais. Agora responderei na bucha. Não importa o risco de dar um fora. Vai no tranco.
Dia deste fui buscar uma encomenda no correio da rodoviária, o da lateral. A guria atende sem te olhar, com nariz empinado, como se fosse criança ou um bêbado pedindo dinheiro. Não responde ao bom dia e a uma pergunta interrompe com outra.
Uma vez uma madame dirigindo ao celular foi me amarrando desde o começo da Marechal Rondon, Mato Grosso, até a rua da Paz. Não sou de usar buzina mas desde então aprendi que quando um carro vai daquele jeito vagaroso e abobado é porque tem um filho-da-puta dirigindo ao celular. Então prego na buzina.
É motorista ao celular, fumante jogando bituca na rua, motorista jogando embalagem da janela do carro, que estaciona em vaga de deficiente ou idoso, que vira esquina e não dá sinal e quando dá é só na hora que está virando, vendedor ou amigo que avisa que fará uma visita e não aparece, que vai ligar e não liga, e aparece de surpresa, gente puritana e avarenta, que quer levar vantagem em tudo… Uma infinidade de ato de gente sem educação, num nível intelectual e psíquico muito baixo. Nem diria gente, mas bicho. Bicho que fala, imita gente como papagaio imita a fala, mas bicho.
O que dizer de altos políticos, até presidentes, que tramam corrupção via telefone? Como podem ser tão primários, tão estúpidos? Eu, que sou leigo, não converso coisa particular via telefone. E por quê roubam tanto? O que farão com tanto dinheiro? Se chega a um ponto que é compulsão, se fica enjoado. Há um ponto médio de satisfação, além do qual o prazer começa a declinar e vira compulsão.
Com esse tipo de gente não adianta mostrar classe, etc, pois são zumbis, que vivem quase só de instinto. Se comportam parecido com gente porque estão condicionados. Mas cachorro só respeita paulada.
Não adianta mostrar classe, dar indireta porque não conhece certos valores. Falar de gratidão, companheirismo, dar um alô de vez em quando, retribuição, então, nem pensar. Isso é coisa doutro mundo, que nem imaginam que existe. Porque esses valores são aprendidos na infância. Se os pais e professores não ensinarem, as crianças nunca aprenderão e serão essa multidão de homens-bicho que encontramos quase todo dia.
Quando alguém diz Bom dia. É apenas um cumprimento. Vez ou outra a pessoa se distrai e dá bom-dia na tarde ou boa-tarde na manhã. É de extrema falta de educação corrigir o cumprimento, como o é o que muitos mal-educados fazem ao corrigir um erro de ortografia num comentário quando, por exemplo, a página é um artigo de astronomia.
Por isso doravante se algum mal-educado ouvir meu bom-dia e responder Boa tarde! reclamarei na bucha sua descortesia e terei o direito de corrigir seus erros de preposição, pronome, conjugação, etc. É o mesmo que quando alguém me encontrar e dizer Olá, como vais? Eu responder:
— Ai! Tô mal. Uma dor aqui, perdi 200 reais, minha namorada me deu um pé-na-bunda e ainda peguei uma virose que quase me deixou de cama.
Vi muito na internete página onde o dono pedia colaboração mas era tão cheio de exigência e de quatro pesos, que parecia que estava pagando caro. Tinha uma página chilena que quase tratava o visitante a chicotada. Era uma página fechada pra 100 membros. E o dono ficava ameaçando quem não colaborasse, não comentasse, não clicasse nas propagandas, de ser excluído. As babaquices da internete.
Há pouco o dono da página Tebeos de factura hispana doou gibis à biblioteca regional de Múrcia e questionou o fato do lote doado não estar mais disponível ali. O diretor declarou que quem doa é porque quer, que pra doar não se pode impor condição e que pode dispor como quiser da doação.
Hoje entendo por quê certas páginas de sucesso de repente fecham, especialmente as de cinema, que creio que dão mais trabalho. Uma desilusão ao perceber que está dando pérolas aos porcos, se doando todo a um bando de zumbis controlados pela televisão, de gente sonolenta, hipnótica, que vive mais como bicho que como gente. Uma humanidade demasiado voltada aos baixos instintos, adoradora do sensorial. As agressivas propagandas de perversões sexuais pouco a pouco sendo institucionalizadas estão unipresentes pra deixar evidente essa torpe realidade.
O que vemos é a quase total parcela da humanidade imatura, infantil mesmo. Idéias pueris, gente totalmente governada pelo emocional, ávida de tudo, sem moderação, tresloucada. Por isso a Maçonaria e todos os iluminados da vida deitam e rolam, pois é muito fácil manipular esses zumbis.
Dias atrás estava estacionado no atacado Fort, dentro do carro, quando chegou o pessoal da camionete ao lado. A mulher do banco de passageiro dianteiro largou o carrinho de qualquer jeito, atrás de meu carro, impedindo a saída. Mas o carrinho deslizou e foi parar atrás da camionete, encostando no pára-choque.
— Senhora, o carrinho foi parar atrás da camionete. Precisas ter mais responsabilidade.
Em 1996 tive a primeira crise. Fiquei pensando de quê valia tanto escrever, tanto filosofar. Quem lerá? Quem entenderá? Se o público é assim, então pra quê? Era o nobre inglês naufragado na ilha dos macacos.
Hoje uma crise parecida. Enquanto se mantém a ilusão de que estou fazendo um trabalho voluntário solitário e solidário, pois tanta coisa extraio grátis da internete, tudo vai bem. A coisa desanda quando vem a desilusão, quando se percebe uma parcela significativa de gente que te usa, que te vê como máquina, que crê que os outros estão aqui pra os servir.
Como quando passas a vida toda acreditando que está numa família mosqueteira, um-por-todos-todos-por-um, mas que quando chega tua vez de ser beneficiado, chau!
Uma vez em meu serviço acertaram fazer mensalmente uma festinha pros aniversariantes do mês do térreo. Cada um contribuía cuma quantia mensal. À medida que o ano avançava o ânimo da festinha caía. Quando chegava minha vez, novembro, já nem tinha festinha. No ano seguinte retomaram a idéia em janeiro. Mesma coisa. No terceiro ano me recusei a aderir.
Sem falar das famigeradas fofocas, que todo mundo acredita e pensa que só falam dos outros.
Tinha uma funcionária tida como problemática, que passava em todos os setores. Sempre tinha uma estória sobre ela. Não detalharei a estória agora. Quando esteve em meu setor vi que é uma das com melhor caráter e mais corretas que já vi.
Um colega falava sobre um motorista, que seria muito ignorante, agressivo, bravo, etc. Quando estive no setor vi que era bem o contrário disso.
Comentaram que a lourinha da secretaria é a irmã do Beraldo do distribuidor. Beraldo era meu técnico de computador. Quando fui levar a máquina estava sua irmã o visitando, que não é loura nem mora em Campo Grande.
E como se preocupam com a sexualidade do colega. É uma obsessão. Pro cara não ficar falado tem de desfilar em todos os corredores cuma loura pelada no ombro uma vez por mês.
Quero acreditar que meu esforço vale apena, que é uma retribuição merecida a muitos que produzem, que os aproveitadores são minoria.
Mas os maus políticos não são minoria, como gostávamos de acreditar.
Mas seja como for, me recuso a crer que a humanidade é estúpida. Acredito que está imbecilizada de modo artificial, condicionada, e que pode sair desse marasmo.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Injustiça social
O sítio http://bartolomeu40.blogspot.com.br/ é antigo e o maior direcionador de visitante àqui.
Bartolomeu e esposa abriram uma seção de venda de tapuer pra driblar a dificuldade econômica que estão passando. Agora tem lá uma rifa. Quem puder ajudar, não deixar de escolher um item.
Bartolomeu já teve AVC, tenta se aposentar e não consegue. Seu dilema é essa necessidade e não ser admitido em emprego por ter passado dos 40 anos. Disse:
Em meu caso, além da incapacidade (física e mental), tem também o fator idade (quase 61 anos), que pesa muito. Pessoas acima de 40 anos e sadias já têm dificuldade no mercado de trabalho, imaginem pessoas com mais de 60 e doente, ainda por cima. Se tivesses uma empresa empregarias alguém nessa condição? Acho que não. Né?
Já vi tantos casos de pessoa com direito a se aposentar e não consegue. Os que abusam desse direito estão tomando o lugar dos verdadeiros merecedores.
Fica uma lacuna de 25 anos: A faixa 40–65. Derrubaram a velha prática de limite de idade pra concurso mas na prática a lei não pegou. Ninguém chama nem aceita nessa faixa. A pessoa fica no limbo porque não pode trabalhar nem se aposentar. Como aconteceu quando Marilu Guimarães foi prefeita aqui. Tinha mania de fazer rua mão-única. Sorte que não foi governadora. Já pensou as rodovias mão-única? Quando saiu começaram a reverter a trapalhada (Nem tudo, porque os padres gostaram do trecho mão-única na área do colégio Dom Bosco e antiga FUCMT). Então apareceu uma rua que era contramão nos dois sentidos!
Qual solução presse triângulo de penrose?
Criogenizar o sujeito até chegar à idade adequada?
Dia desses fui comprar um cotovelo de cano pro tanque do quintal. A dona da Italar, casa de material pra construção, comentou que não se consegue mais achar alguém pra esses pequenos serviços porque o governo dá bolsa-isso, bolsa-aquilo, e por isso ninguém mais quer prestar serviço, vivendo da bolsa. Disse:
— A pessoa diz Pra quê trabalhar?, se ganho a bolsa ficando em casa.
Que loucura!

Já que citei triângulo impossível: O triângulo de penrose e todas aquelas figuras impossíveis, ilusão ótica, são parte da matemática artística. Só podem existir em imagem, impossíveis na realidade, porque constituem erro de perspectiva ao elaborar o desenho.
Perspectiva é a técnica pra enganar o cérebro, dando a uma figura bidimensional a ilusão de ser tridimensional, 3D.
Todo 3D que temos, inclusive do cinema, não é 3D, é perspectiva. 3D de fato seria uma tela consistindo num cubo ou paralelepípedo, onde os pontos de imagem se distribuíssem no espaço e não só no plano como nas telas atuais. Essa tecnologia ainda não existe.
Creio que esse tipo de construção matemática sofista é a explicação, por analogia, ao caso do tetranêutron, a partícula que não deveria existir, pois os modelos matemáticos a proíbem, mas foi encontrada.
Se existe é porque há erro na formulação matemática, pois paradoxo não existe.



domingo, 1 de maio de 2016

http://generacionmampato.blogspot.com.br/

Enviado por Márcio Rodrigues

Diálogo com Glauder
Mário
Se alguém entrar no olho do buraco-negro, tudo bem. Mas é um universo novo, sem matéria, jorrando energia. As estrelas se formarão dali a bilhões de anos. Tomará uma enxurrada de raios gama
Glauder
Não, porque o tempo passa mais rápido no microverso. Mas se for a um macroverso pode ser
Mário
Nada a ver
Glauder
Tudo a ver. O tempo tende a infinitamente rápido, pois tem menos matéria
Mário
Passa em relação a outro. Ali nada se sente.
Seja qual for a velocidade do tempo, a sensação é a mesma
Glauder
Mas antes disso já deu tempo de ter formado.
Pra quem tá dentro, sim.
Mas de fora passa mais rápido lá
Então já terá coisa lá
Lá o tempo é como aqui
O cara que entra lá sente o tempo como aqui
O cara que viaja na nave a 90% de C volta mais novo que o filho
Glauder
Pra nós passa mais rápido
Mário
Na nave tudo parecerá como sempre
Glauder
Porque o tempo pára pra ele. E aqui passa mais rápido
Mário
Mas isso não interessa
Glauder
Mas isso é por causa da supergravidade
Mário
Tô falando do cara no buraco
Glauder
Não é o caso do outro universo
Mário
Cê tá misturando tudo
Glauder
Só se o buraco for recém criado
Se não for, terá um universo lá
Mário
Estará jorrando raios gama
Os raios cósmicos vêm dali
Glauder
Num lado jorra,  no outro não
Só uma questão de blindagem
Mário
Tem de ser buraco velho
Glauder
Sim. Se o buraco for velho terá universo lá. Mas acho que com o duplo não daria pra ir a um não formado
Mário
Saber se o duplo agüenta e se a distância do corpo, o fio de prata, tem limite
Glauder
Pois é essa duvida também
E outra: O buraco negro cava no tempo. Mas no futuro ou passado?
Mário
Nada a ver
Cria outro tempo
Um universo que parece o nosso, dá impressão de nosso noutro tempo, mas não é
Seria um deslocamento vetorial do tempo, um tempo lateral, tempo em 3D ou 4D
Quando se viaja no tempo, na verdade se está indo a outro universo, parecido
Se volta a outro parecido com o presente. Não àqui.
Glauder
E no passado dá?
Mário
Creio que ao futuro a um intermundo, e ao passado a um extermundo
Por isso viagem ao passado não tem volta, porque ao tentar voltar, este universo já morreu. Se volta a um parecido.
Na verdade o passado também não é passado, mas um parecido.
Uma ida ao futuro dá pra voltar, mas não revoltar
Em nenhum caso é viagem no tempo realmente, mas no espaço
Ou seja: O tempo é outra manifestação do espaço, como matéria e energia
Matéria-energia, tempo-espaço
Glauder
É. Faz sentido. Tempo é a variação do espaço.
Mário
Então o tempo é o espaço superdenso (ou vice-versa)