Historiador afirmou que Colombo foi espião português
Portugal (Peru.com) - Cristóvão Colombo foi, na realidade, um agente secreto do rei João II de Portugal, que enganou os reis católicos com a promessa duma rota à Índia via Ocidente, segundo a tese do historiador e escritor português Manuel Rosa.
No livro Colombo - A história nunca contada, Manuel Rosa sustenta que o almirante enganou Fernando de Aragão e Isabel de Castela com a idéia de abrir uma nova rota à falsa Índia pra deixar via livres aos portugueses a verdadeira Índia e a África.
Numa entrevista telefônica na Carolina do Norte, onde vive e trabalha, Rosa, que apresentará sua obra em 24 de novembro de 2010 na escola de estudo hispano-americano de Sevilha, explicou que Portugal queria explorar jazida aurífera em Gana, África, e comerciar com a Índia sem intromissão espanhola.
Os portugueses só enviaram navio à Índia após Colombo descobrir o Novo Mundo e Castela assinar, em 1494, o tratado de Tordesilhas com o rei João II de Portugal, um pacto que estabeleceu as rotas de expansão de ambas potências ao leste e ao oeste.
Manuel Rosa abundou na rivalidade que então existia entre Castela e Portugal pra adquirir a hegemonia sobre a rota comercial atlântica.
Nesse contexto respaldou a teoria de que em 1483 Isabel de Castela tramou o assassínio de dom João II (1481-1495) por meio de dois sobrinhos de Colombo, o que estimulou o rei português a elaborar uma conspiração com a ajuda do almirante, estreitamente ligado à coroa lusitana.
A esse licenciado em ciência humana, que reside em Eua, não cabe dúvida de que Colombo sabia que o Caribe era conhecido e seguiu viagem de 33 dias até o Novo Mundo numa rota já traçada.
Colombo antes, em 1477, navegara até o Canadá em missão secreta urdida pelos reis de Portugal e Dinamarca.
Tudo o que apresento está respaldado em documentação histórica, afirmou Rosa, que há 18 anos procura resolver os mistérios e enigmas que ocultam a figura de Colombo.
A seu juízo o plano perpetrado por Colombo foi una artimanha tão bem tramada que não só convenceu e enganou os reis católicos mas ao mundo inteiro durante 500 anos.
Outra das teses mais surpreendentes do ensaio é a relativa à origem do almirante.
Enquanto a maioria dos historiadores concorda que Colombo foi um plebeu genovês, um tecedor de lã que ascendeu a capitão, Rosa crê que era um nobre português, filho do rei da Polônia e Hungria, Ladislau III, natural da ilha portuguesa de Madeira.
Rosa mantém a teoria de que Ladislau III, que desapareceu após vencer uma batalha contra os turcos, buscou anonimato e refúgio em Portugal e recebeu da coroa portuguesa terras na ilha de Madeira, onde nasceu Colombo.
Sobre a teoria da origem plebéia do descobridor, sustenta que é inverossímil que um homem de origem humilde, como supostamente era Colombo, pudesse se casar com Filipa Moniz, uma nobre portuguesa que residia num convento e era comendadora da ordem de Santiago da Espada naquele país.
Manuel Rosa também procede a desmontar as teses de que Colombo era judeu ou judeu converso e o ocultou de propósito. Não era judeu. Segundo as análises de ADN, era um europeu branco caucasiano, asseverou.
Também defende que a chamada perda da nave Santa Maria, a maior usada por Cristóvão Colombo na primeira viagem à América, nunca se tratou dum naufrágio.
Santa Maria nunca naufragou, apenas foi varada de propósito em terra (numa praia do Haiti) pra servir de fortaleza aos homens da corte de Castela, deixados ali por Colombo pra não contradizerem a versão que apresentou aos reis católicos no regresso.
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