segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Kiko cresceu e virou apresentador no Brasil. Adeene neles!
● Na chamada sobre o desfile de Campo Grande entrevistaram o prefeito da cidade. Mas durante o Carnaval não é rei Momo quem governa? O prefeito já lhe entregou a chave da cidade.
— Meu povo. Está aberta a folia, o reinado de Momo. Em meu governo é só folia. Não tem IPTU, fiscal nem dengue. Em meu mandato não haverá aumento de gasolina, de passagem de ônibus nem do pão francês. E ninguém precisa trabalhar.
● A repórter do SBT entrevistou um sujeito que estaria fantasiado de paparazzi! Mas o italianismo é paparazzo. Paparazzi é plural, pois em italiano o plural se faz com I em vez de S. Mais um fator que demonstra a inconveniência de estrangeirismo, pois é absurdo se ter de obedecer a regras de flexão doutro idioma.
● Num sítio a manchete: Psicóloga ensina como amarrar namorado no Carnaval. Também ensina a educar um filho? Quaquaquaquá!
● As musas todas com aquela inconfundível voz grossa de anabolizante. A década da musa-ciborgue. Antigamente os travestis imitavam as mulheres. Hoje as mulheres imitam os travestis. Cruz-credo!
A mama natural não é esse balão inflado de peito de travesti. É convexo embaixo e côncavo encima. Peito de silicone, definitivamente, não é atraente.
Menos imposto, menos sal, menos musa traveco no Carnaval
● Felizmente vi Viviane Araújo no primeiro desfile, antes da metamorfose a Chuazenéguer. Na ocasião o filho de Monique Evans dissera: Que peito lindo! E Luma, ai!, Luma de Oliveira 1987! Inefável o êxtase daquela visão, Luma na Caprichosos 1987! Nesse ano soube que Luma desfilaria em Campo Grande. Imperdível! Estava tão empolgado quanto na folia. Na aula perguntei a um professor do curso de engenharia da UFMS, que sempre conversava comigo, se ia no tal evento. Deu um risinho irônico e disse Não gosto de desfile de moda! Desde então sempre me evitava no corredor. Evitava o aluno que presumiu que gosta de desfile de moda!
● As emissoras acomodadas só ficam naquela sem-graceira de trio-elétrico baiano. Porque é muito mais fácil. Não precisa explicar enredo, pesquisar as alegorias representadas pra explicar ao público, movimentar câmera nem contratar . No máximo entrevistar uma e outra celebridade que suportamos o ano todo. É o mesmo fenômeno dos filmes de ficção científica: Quando se chega a outro planeta ou a Terra futura o ambiente é sempre deserto porque é muito mais barato um cenário desértico do que providenciar floresta, rio caudaloso, animais e plantas exóticas.
Essas micaretas todas e esse famoso carnaval de Salvador, tudo isso não é carnaval. Carnaval tem características específicas, como irreverência, inversão, fantasia, sátira, ausência de distinção social... Se não qualquer noite numa boate se poderia considerar Carnaval. Não só porque está todo mundo pulando ao som alto de canções-chavão que seja carnaval. Também não é só porque a data é Carnaval, senão todo retiro espiritual seria.
● E pra não deixar pra última hora, já podeis organizar o enredo da Beija-flor, Portela, Vila Isabel ou, não sei qual, a escola de samba cujo enredo de 2020 será Navegando e surfando na internete, um mundo de gibi e de letra, a face rabelesiana, dantesca, cheiquispiriana, cherloquerrolmesca, agatacristiana e edgaralanpoesca da vida, na mente desvairada, satírica, analógica e digital e dos miríades de pontos de vista das 1001 noites irreverentes e relevantes, miríficas e oníricas de Che Guavira.

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