quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Ritos estranhos são os ritos da morte. Funeral, sacrifício humano, imolação simbólica de divindade, canibalismo, culto às relíquias, etc.
Tais ritos não se podem explicar através da crueldade ou da superstição humana. A origem se deve atribuir a razões muito profundas. Mas quais? A origem psíquica do homem? Terá provocado a criação de usos e costumes aparentemente absurdos? Se sabe que as experiências do passado muito influenciaram o comportamento humano. Por isso Jacques Marcireau nos revela a evolução às vezes imprevista dos estranhos ritos primitivos, permitindo assim uma melhor compreensão do mundo atual.
Listando uma série de curiosas tradições o autor derruba a idéia de que a origem do rito funerário é o respeito ao ancestral e a crença na imortalidade.
O livro começa assim:
Os ritos funerários não provêm do respeito aos mortos e da crença noutra vida (imortalidade), mas do desejo de impedir o regresso do morto (fantasma, alma do outro mundo) através dum tratamento especial do cadáver.
E termina assim:
Os seres psíquicos, que aparecem em todas as tradições religiosas e em todos os folclores, temíveis ou benéficos, anjos e demônios, deuses ou diabos, espíritos ou larvas, são os vampiros!
Mas também uma anedota extremamente divertida:
Fazendo um brinde a uma mulher, um fidalgo destruía ou lançava ao fogo um acessório do vestuário ou até jóia. Os outros convivas deviam o imitar, o que era um ponto-de-honra.
Um dia Charles Sedley chegou a um botequim, orgulhoso com a sua gravata nova de fina renda. Tomou parte no grupo dos que bebiam e outro conviva fez um brinde lançando a gravata ao fogo. Todas as pessoas presentes, incluindo Sedley, foram obrigadas a fazer o mesmo.
Sedley prometeu tirar a desforra. Alguns dias depois, se encontrando no mesmo botequim com os mesmos convivas, pediu ao criado chamar um dentista. O dentista chegou, tirou a Sedley um dente estragado, que doía, e as regras de honra tornavam um dever, pra todos os convivas, sacrificar um dente. Foram, sucessivamente, todas obrigados a o fazer.
Em 1659, pouco tempo depois da chegada de Carlos II a Londres, cinco realistas decidiram beber à saúde do rei, se servindo do próprio sangue, e depois de cortarem todos um pedaço das nádegas pra fazerem um grelhado.
Esse programa foi executado pelos quatro primeiros. No momento em que o quinto os imitaria, entrou na sala a esposa, armada de tenaz. Esgrimia tão bem que o traseiro do marido ficou inteiro.

Um comentário:

  1. Estou alegre por encontrar blogs como o seu, ao ler algumas coisas,
    reparei que tem aqui um bom blog, feito com carinho,
    Posso dizer que gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns,
    decerto que virei aqui mais vezes.
    Sou António Batalha.
    Que lhe deseja muitas felicidade e saúde em toda a sua casa.
    PS.Se desejar visite O Peregrino E Servo, e se o desejar
    siga, mas só se gostar, eu vou retribuir seguindo também o seu.

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