sábado, 4 de janeiro de 2014

Agora uma lista inversa

Estava lendo em um blog uma serie de observações que um francês, que mora no Brasil, fez sobre o nosso País. Nós que temos tantos problemas, com políticos, corrupção, educação e por que não dizer, com o próprio povo brasileiro (nós mesmos).
[...]

Ianque criou lista de motivos pelos quais odiou ter morado no Brasil

http://tudoparahomens.com.br/americano-cria-lista-de-motivos-pelos-quais-odiou-ter-morado-no-brasil/
Refrescando a memória de nosso ilustre cronista: Jorge Bush se elegeu com fraude, mentiu que Sadã tinha arsenal químico, etc, e foi reeleito. Não somos os únicos a reeleger pilantras.
Quando se faz um concurso, por exemplo, eleger a mulher mais bonita do mundo, tem de se analisar a todas, todos os bilhões de habitantes. Senão é uma fraude, uma piada. Então se alguém caracteriza o brasileiro como isso e aquilo, decerto esteve em todos os países do mundo e em todas as cidades do Brasil, senão como ter autoridade pra criticar?
Quais as características monopólio do brasileiro e quais são defeitos da humanidade? Ninguém estabeleceu cientificamente essa questão. Portanto leiamos o artigo como um desabafo, que como todos os outros tem verdades, mentiras, exageros e pontos discutíveis.
Não se trata de fazer polêmica, contra-atacar apontando os defeitos de lá. A verdade dói e é preferível deixar de lado um patriotismo pueril e se olhar diante do espelho. Não se trata de dizer que as mulheres ianques são as que mais traem o marido no mundo, que os garções franceses são mal-educados, que europeu não toma banho, que as garotas ianques se sentam nas escadarias e bancos de pernas abertas aparecendo a calcinha, que lá não se pode tomar uma latinha de cerveja andando na rua, que a culinária deles é insossa, artificial e insignificante, etc.
Vivemos falando mal deles e agora não suportamos ser criticados? Claro que é valido uma lista de lá, mas tem de ser de quem lá morou.
Uma coisa é aquele governo satânico, outra é o povo. O povo de lá é generoso, muito mais que o europeu e o brasileiro, que são avarentos. Infelizmente o autor do artigo está mais pra governo que pra povo, tal a arrogância.
O ponto fraco é que só fala mal. Tem de se balancear. Não existe lugar que seja só desvantagem nem que seja só vantagem. Se alguém só elogia ou só mete o pau está sendo tendencioso.
Teve a vez que Eua lançou um satélite sobre a Amazônia. Não, não foi imperialismo. Era porque os brasileiros não compartilham informação. Tudo querem vender. São poucos os escaneadores de gibi e muitos os colecionadores-especuladores. É incrivelmente baixa a taxa de filmes que se acha em português no Emule, por exemplo, comparados com os em castelhano.
O brasileiro tolera tanta burocracia e corrupção porque no íntimo quer preservar isso, porque tem esperança de um dia estar nessa mamata. Seu sonho não é uma sociedade civilizada e sim ascender a privilégio. Não sonha criar uma suíça e sim se tornar um senhor de escravos.
Lá a comida é artificial, o café aguado, o chocolate péssimo, etc. Mas isso não invalida sua crítica. Mesmo que se refira a uma parcela da população, grande maioria, infelizmente, não deixa de ter razão em muitos pontos.
É muito triste que um estrangeiro, em vez de ter motivo pra fazer uma lista de saudade, faça uma de ojeriza.
O asfalto aqui é péssimo, todo remendado e só uma capinha fina. Mal começa a temporada de chuva e a cidade fica toda esburacada.
Os semáforos de pedestre, mesmo do centro da cidade, ficam muitos anos queimados. Só funcionam os novos. Não existe manutenção.
As calçadas são impróprias pra se andar nelas, toscas e feias, algumas verdadeiro matagal. As lixeiras e as árvores atrapalham o pedestre, que também tem outro desestímulo a andar nela: A todo momento aparece cachorro latindo alto, de doer o ouvido. A cada casa que se passa, um susto. Além da obrigatoriedade da absurda trilha pra cego, feia, desconfortável e inútil.
Mas o erro é o cidadão ter de fazer a calçada. Quem tinha de a fazer é a prefeitura, pra que fosse padronizada.
Tenho amigos que têm cachorro, e é um saco ter de chegar e sacrificar o ouvido até o dono atender. E se entrar os bichos ficam pulando encima e te induzindo a afagar.
As praças são depósitos de lixo, de modo que os vizinhos vêm fazer roda de tereré na mangueira da esquina de minha casa em vez de usar a praça.
As lombadas eletrônicas são verdadeiras arapucas que só visam tirar dinheiro do motorista. E todos aceitam essa exploração desavergonhada.
A polícia é uma entidade sinistra, quase inútil, composta de gente arrogante e esquisita. Só se pode contar com ela em casos muito graves. E olhe-lá! Ter de se comunicar com a polícia deixa qualquer um arrepiado.
É tão difícil e demorado a polícia atender a uma ocorrência. Mas basta ser um caso de nudez e a eficiência é total. Chegam rapidinho. O motivo? Não preciso explicar o óbvio.
A prefeitura, quase isso. Só quer arrecadar.
No judiciário não se pode entrar de bermuda, camiseta regata, etc., mas as mulheres podem entrar de míni-saia, numa discriminação ao avesso.
Minha cidade, especialmente meu bairro, são terrivelmente feios. Tudo é concreto e asfalto. Muitas calçadas tomadas por capim colonião e lixo. Não existem áreas verdes, pois tudo é loteado em lotes cada vez menores.
Na avenida Tamandaré existia um mangueiral, que foi destruído pra construir um supermercado Comper. Ali perto outra chácara, maior, teve uma fatia, da esquina, vendida pra construir um longo prédio cuja obra está interrompida há anos, gerando um prédio-fantasma.
Na região do cemitério Santo Amaro fizeram a insossa praça do Papa e não sei por qual motivo ruas estreitas.
Quando comprei meus dois terrenos juntos, onde moro, fui forçado a construir uma edícola, porque o imposto urbano vai crescendo progressivamente, até se tornar rural, por isso tive de abrir mão duma fatia do pomar. Não existe incentivo a se manter uma e outra área verde. Ao contrário: Se é pressionado e construir, sempre construir. Uma mentalidade do século 19: Desbravar, desmatar, civilizar! Um estereótipo terrível.
Aqui é a região geologicamente mais estável do mundo, o que estagna o psiquismo. Por isso tudo é tão difícil de mudar, as pessoas tão sonolentas pra lutar por algo. Todos os direitos e conquistas sociais vieram de fora, por pressão. Foi o último a proclamar a república (não que isso seja coisa tão boa), o último a ser independente, o último a abolir a escravidão. Tão terrivelmente atrasado, na idade da pedra mesmo, que o topilés até hoje é polêmico.
Mais de 8000 adesões ao toplessaço na internete e meia-dúzia na hora da onça beber água. Aderir a abaixo-assinado é fácil. Na hora de ir deixa pros outros. Se até a organizadora do evento chegou atrasada!
E daí se estava cheio de marmanjo só pra ver os peitos? Quando tiver peito a todo lado a obsessão decresce. Até poderá ser tratada. O que não acontece sob inversão de valor, quando o normal é que é reprimido.
Mais um exemplo da falta de cidadania, de vergonha na cara do brasileiro. Aderir em massa e dar o cano foi uma grande sacanagem contra quem compareceu e teve de sofrer assédio de gente intelectualmente indigente, policiais ignorantes e despreparados, verdadeira milícia colonial. Quem não compareceria não deveria aderir ao evento.
É uma questão de burrice mesmo, não só cultural. Jogador de futebol não pode fazer uma graça, que o adversário fica violento e se justifica dizendo que futebol é jogo pra macho.
Mentalidade assim infantil, de verdadeira debilidade mental, ser tão comum, é constrangedor. Somos imbecis como espécie. Orgulho, nariz empinado, deboche, obsessão sexual, puritanismo, se achar melhor que o outro, agressividade, esperteza, esnobismo, pieguice, egocentrismo, avareza, alienação..., é tudo produto dum estado intelectual inferior, de mentes estagnadas, imbecilizadas, preguiça mental. O que deixa evidente o ser humano ter sido criado com intelecto inferior, um intelecto parcial, atenuado, tendo base no pitecantropo e dos heloim apenas a inteligência suficiente pra trabalhar em mineração.
Enquanto os países ditos civilizados legalizam a nudez (Nova Iorque, Havaí, Toronto, São Francisco... já legalizaram o topilés ou a nudez. Qualquer uma pode andar sem camisa, exatamente como os homens, seja no metrô, na rua, na fila do banco...) estamos na idade da pedra, ainda na era das enquetes sobre ser contra ou a favor!
Hoje alguém chamaria a polícia porque tem um homem de cabelo comprido, brinco na orelha e rabo-de-cavalo? O que me dá o direito de desaprovar a roupa que alguém usa ou não usa? É muita petulância o cidadão bancar o policial social, ditar o que está certo ou errado no hábito do outro. Só deve ser reprimido o que se tem uma justificativa cabal pra isso.
O que pensar duma sociedade que quer turista mas acha que o turista é quem tem de se adequar a seu costume? É muita arrogância! O turista paga. Quem o recebe é que tem de o agradar. O turista não está pedindo asilo pedindo asilo.
O brasileiro é um povo jeca. Os homens são piores que adolescentes daqueles estúpidos filmes ianques sobre adolescentes erotômanos. Ostensivamente obsedados em ver o que está sob os panos. As mulheres são como freirinhas enclausuradas, achando que qualquer tetinha é pornografia. Tão obsedadas em se cobrir quanto eles em ver. Um comportamento neurótico, insensato, pervertido. Um ciclo vicioso difícil de romper. Ambos profundamente jecas e machistas. E os jecas vão inculcando sua visão de mundo tacanha, tosca e deformada nos filhos, que nunca se emancipam, como bem frisou o autor da lista.
A mulher que defende esse pensamento puritano é machista também. Defende a ideologia do opressor e ajuda a perpetuar o preconceito, exatamente como o faz a imprensa, sumamente jeca também.
O que diz uma típica musa num desfile de escola de samba ou baile carnavalesco, ao ser entrevistada, de topilés, entrevistada por um daqueles chatérrimos arremedos de repórter? Espero que papai e mamãe não me vejam.
É apenas um dos motivos do brasileiro ser tão infantil.
Uma coisa que chamou muito minha atenção no começo da internete é a gritante diferença da abordagem do erotismo por parte dos brasileiros, e a dos outros. Mesmo o ianque, de cultura tão tradicionalmente puritana, não põe nome de arquivo de foto de mulher pelada tão extenso, cheio de termos chulos, agressivos, colocando todas as palavras-chave possíveis pra forçar o arquivo ser baixado. O que demonstra baixíssimo nível intelectual, oportunismo, molecagem no sentido mais pejorativo e odioso.
Vejam as fofocas no trabalho, etc. Qualquer comportamento mais ousado, mais livre, e é taxado de bicha se é homem e puta se é mulher. Qualquer comportamento fora da camisa-de-força social é puta, louco ou bicha. O brasileiro tem uma obsessão ao tema do bicha. É piada do sabonete que cai ao chão, etc. E procura ter reputação de gavião pra se firmar ante os outros como machão. Não sei se os outros são assim.
E não ponham criança nesta história. É argumento de gente muito burra, covarde e sem-vergonha. Da criança não pode ser escondido o que é normal. Que criança não pode ver nudez é uma idéia religiosa, não científica, não comprovada, absurda, do século 19. Fui criança e me lembro muito bem como me sentia e o quanto fui prejudicado sendo educado (doutrinado) com valores falsos e fantasiosos. Me lembro que o que me espantou foi saber que o peito é tabu.
Acaso alguém ficará traumatizado ao resto da vida só porque viu outro sem roupa? Ora! Larguemos mão de bestice, de baboseira! Sejamos adultos! Sobriedade, por favor!
Definitivamente não! à estúpida idéia de criar áreas específicas pro topilés. É um ardil dos intolerantes. Seria dar concessão aos intolerantes e perpetuar o preconceito.
Que se informem e vejam o que ocorre no mundo, já que somos los macaquitos porque só sabemos imitar então imitemos o que é bom, não só o lixo.
Imagino o vexame dos brasijecas durante a copa e a olimpíada: Jeca chamando polícia e polícia mandando turista se vestir! Só falta criar a delegacia têxtil.
O que o outros pensam sobre mim e como levam a vida são coisas que não são de minha conta
Vejamos o que Robert Charroux disse sobre Eua, no livro Arquivo doutros mundos (Archives des autres mondes), Plaza & Janes editores SA, tradução ao castelhano de Pedro Debrigode, tradução ao português de Che Guavira, primeira edição de julho de 1985:
[...]
Não está excluído que a Urs levante contra ela a opinião do mundo livre até o ponto de suscitar um desejo de castigo. No entanto, havida conta da onda anti-Eua, medo, ódio e desaprovação, que há vinte anos submerge as Américas do Centro e do Sul, África, Ásia e Europa Oriental, Eua parece ser o mais indicado pra polarizar sentimento exacerbado.
Pra castigar os ianques, que, no entanto, não são os únicos culpados, pra deter pelo absurdo a poluição exercida por seus filmes, seu materialismo, seu delírio de hegemonia e seu paternalismo insensato, é possível que um muçulmano purista ou um africano lúcido se alce como justiceiro.
Nessa eventualidade as bombas ficariam colocadas o mais perto possível, com maior facilidade, no arredor da Groenlândia.
[...]
Os esoteristas crêem num próximo fim do mundo ocidental (que não será o fim do mundo, porque o ensino do passado revela a natureza do porvir).
Tudo começou com o roubo do fruto do labirinto no paraíso terreno.
A ciência não foi proibida, senão estigmatizada por Deus, e os homens, fazendo caso omisso desse tabu, realizaram algo irremediável que, de fato, era fatal.
Não são responsáveis por isso já que foram programados pra ser sacrílegos.
No final de nosso tempo, a partir do século 18, um processo análogo se desenvolveu no sentido Europa–Eua.
Foi como um fenômeno de rejeição que projetou fora do velho mundo esclerosado células cancerosas que se desenvolveram, fora da moral e fora da lei, sobre um território virgem.
Desde o início do século 20 Eua esparramou no globo princípios incontrolados, experimentos apressados e um novo modo de sociedade e de vida que afogou o que o mundo antigo conservara de válido e de cósmico.
Se instaurou o materialismo e com ele o desenvolvimento desenfreado, estúpido, da ciência e de seus corolários: A insatisfação, a cobiça, a violência e o terror.
O rapto com seqüestro, as quadrilhas contrabandistas, os assaltos, as máquinas caça-níquel, a droga, a bomba atômica, o movimento ripe, etc., e finalmente a insegurança a todos os níveis tem acabado por desviar os homens e os contaminar de morte.
Não é culpa dos ianques: Como Eva, como Adão, obedeceram aos impulsos secretos de sua natureza.
Como protesto ante essa operação suicida, a Natureza manchada, destripada, degradada, começa a reagir pra não permitir aos homens continuar agindo até a destruição completa de seu planeta.
Por outra parte, os povos jovens se sublevam e repudiam a felicidade branca como repudiariam a peste e a cólera.


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