sábado, 31 de maio de 2014

O direito de manifestação é uma jóia preciosa que devemos lidar com cuidado e responsabilidade. Tem de ter uma pauta de reivindicação importante, objetiva e coerente. Nada de aderir porque é moda ou pra aparecer em foto no facebu.
Antes de aderir pensar bem se é manifestação autêntica ou quinta-coluna estrangeira. Se não sabes onde pisas, então és mau cidadão, irresponsável.
Os problemas cruciais que temos não são decorrentes de determinado governo, seja efeagacista entreguista ou de torturados profissionais, mas da mentalidade nacional que precisa mudar.
Antes de reencaminhar aquelas mensagens falando horrores da copa e do governo, leias isto:
É hora do governo se tocar de que a mentalidade arcaica de manter o povo na ignorância, achando que a ignorância é ótimo cabresto, é uma faca de dois gumes, pois o cidadão ignorante também é manipulado facilmente por uma superprepotência estrangeira interessada em bagunçar tudo. Então fica do jeito que o Diabo gosta, ou melhor, do jeito que o Grande Satã gosta.
Como no Chile, o Grande Satã não conseguiu derrubar Allende no voto nem comprando os militares, mas enfim conseguiu fazendo um canalha dar o golpe.
Aqui foi assim também. Não sei como eram os posteriores. Que fale quem está mais dentro do assunto. O fato é que tudo isso visava difamar os militares, criar ojeriza da população contra essa classe vital. É por isso que não devemos cair nessa, pois estaríamos fazendo o jogo dele, do Grande Satã.
Fazendo engenharia civil na UFMS, em 1981, fiquei decepcionado com a carga de matérias humanas no curso. Um colega disse que um empréstimo foi concedido sob a condição de enfraquecer o ensino e que os professores de física me perseguiam porque achavam que eu era comunista pelo que escrevia no jornal do diretório. Nunca fui. Era até bem alienado aos 17 anos. Meu enfoque era a qualidade de ensino. Só isso. Os professores de cálculo eram meus amigos mas os de física me perseguiam mesmo, tanto que vivia reprovando.
É muito estranho um curso de engenharia civil ficar carregado de ciências humanas. Então a questão do enfraquecer o ensino é plausível, óbvia até.
Portanto escolhamos logo: Continuar discutindo a ditadura, numa catarse sem fim, ou construir um novo Brasil, longe do Grande Satã, pois só quem é muito ingênuo em geopolítica se alia a ele, que solapa igualmente aliados ou inimigos, porque essa é a natureza do Diabo.

Muitos não gostam de ver outros pontos de vista históricos por se acomodar a seu ponto de vista conformista ou contestatório-acomodado.
Os portugueses não eram matadores de índio como os espanhóis, pois a mentalidade templária difere radicalmente da católica. O catolicismo luso era só de fachada, se equilibrando entre o calvinismo inglês e os estados papais, pois ambos eram vitais pra sua sobrevivência. Assim conseguiram manter um território gigantesco, miscigenando em vez de matar.
A cândida idéia de que se os europeus não chegassem os índios viveriam em paz não resiste à verificação histórica. Os índios viviam em pé-de-guerra, e se os europeus não chegassem chegariam os incas, uma espécie de império romano sul-americano. O que deu aos europeus vitória tão rápida foi a arma de fogo.
Os indianos barraram o avanço de Alexandre Magno. Os soldados se assustaram com os rojões, por isso se recusaram a avançar. Os mongóis foram tão terríveis porque inventaram o canhão. Foram os portugueses que forneceram arma de fogo aos japoneses, que assim puderam exterminar os samurais, que só tinham arma branca, e assim o Japão foi finalmente unificado. Se não fosse o camicase, o vento divino, que duas vezes os salvou contra os mongóis, teriam arma de fogo muito antes.
Os maoris exterminaram o moa, uma ave maior que o avestruz, na Nova Zelândia. A idéia de que só o europeu é anti-ecológico é ingênua.
Os escravos não foram caçados como bicho selvagem, como no filme Raízes, Cunta Quintê. Entre eles havia mesmo realeza, povo vencido nas guerras tribais e vendido pelo vencedor.
Os mulatos desprezavam os negros, se julgando superiores por ter cruza com o branco. Isso é fato. Mais ingenuidade.
Não é verdade que os índios não se deixavam escravizar, e que o negro é que era submisso. Os índios não tinham imunidade contra as doenças das rotas das especiarias porque viveram isolados durante milênios. Os negros estavam na rota, vendidos como escravos pelos árabes, por isso tinham imunidade. Os índios morriam em massa atacados por qualquer gripe, varíola, etc., por isso não compensava escravizar.
Tendemos a nos acomodar com nossas opiniões, porque é incômodo fazer muita analogia, comparar muitas hipóteses. A maioria se acomoda naquela velha opinião formada sobre tudo, quando é muito mais divertido e interessante manter uma espécie de opinião virtual, de rascunho, uma metamorfose ambulante.
Assim se fica com aquela surrada idéia, tipo aquelas bobocas da marcha das vadias, com o chavão do homem como agressor, quando se sabe que tem muito homem que apanha da mulher. Já vi caso de mulher que larga o casamento e vira sapatão, vai morar com outra e dessa outra vive apanhando. E ninguém fala sobre isso, porque quem bate tem que ser o homem e fim-de-papo!

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