É vermelhão
● O conceito
de cor é uma barafunda. Vi velas que diziam roxas mas pra mim umas eram violeta
e outras mais perto de tons de vermelho. Muitas vezes chamavam de rosa o que é
carmim ou lilás. Tenho fixado da infância os nomes das cores daqueles estojos
de lápis-de-cor que tinha os nomes de cada cor: Verde-da-prússia, verde-musgo, verde-limão,
terracota, ocre, azul-marinho,
azul-cobalto, azul-turquesa...
Precisa ser daltônico pra ver laranja naquela camisa
vermelhão do time da Holanda.
● Datena,
narrando um jogo da copa: Cabo Verde, país de língua portuguesa que fica no meio do Atlântico.
● Quem nunca
jogou bola, nem quando criança, não imagina o fatigante de correr uma quadra,
imagines um campo! Já se pensou que um árbitro corre muito mais que um jogador?
Não pode perder lance e tem de ter raciocínio rápido ante os 22 atores, adeptos
da lei de Gérson. O jogador pode se poupar, passar a bola a diante e ficar na
defesa. O juiz não. Tem de ficar pertinho de todas as jogadas. Se sai um
contra-ataque fulminante o juiz tem de acompanhar. Se muitas vezes nem o
defensor, que está muito a diante, não consegue, como o juiz tem de conseguir?
Por isso o certo seria ter uma equipe de árbitros se revezando a cada, digamos,
15 minutos.
Vede o
complexo que é discernir uma falta. Se nós, vendo e revendo a imagem televisiva
em todos os ângulos e câmera lenta temos dificuldade em discernir o que é mesmo
uma falta, imagines o árbitro.
● Os
comentaristas: Claro
que a Holanda vencerá. A Costa Rica já esgotou sua caixinha de mágica. A Costa
Rica já surpreendeu. Não acredito que avançará mais. Pois a Holanda não
venceu. Só no pênalti, que não passa duma decisão forçada.
É mesmo. É
muito mais fácil partir um átomo que quebrar um preconceito.
Tanta campanha
contra o preconceito, e são eles os preconceituosos.
Sempre o
esnobismo. Até nós, latino-americanos, esnobamos pros europeus, esses esnobes
falidos, contra nossos irmãos latinos-americanos e lusitanos, que têm muito
mais identidade conosco. Não devemos nos esquecer que não somos os melhores, apenas em muitas ocasiões estamos os melhores, e que todas as vezes que entramos de salto
alto quebramos a cara. Em guerras também acontece muito isso.
Exceto os
latinos esnobes. Na guerra do Paraguai se fala em tríplice aliança mas o apoio
uruguaio e argentino era meramente logístico, fornecer gado, por exemplo. Poder
de fogo mesmo, praticamente nulo.
Quem tem baixa
população não consegue competir economicamente com os de alta população. Em
compensação é muito mais fácil providenciar alto padrão de vida. Basta comparar
Canadá, Austrália, Dinamarca... com Eua, por exemplo.
O que vemos,
de torcida argentina comemorar lesão de Neymar lembra o terremoto na Armênia,
quando do rival Azerbaijão enviaram cartões felicitando pelo terremoto. Isso é
bestialidade, o nível mais baixo de intelecto. Mas devemos lembrar que somos
bilhões. Até que não estamos tão mal assim. Em bilhões não é significativo
haver milhões de imbecis. Sempre haverá multidão de imbecis. O problema está
quando estão no poder. Isso, sim, é dramático.
Essa minoria
de argentinos imbecis é da mesma laia dos que foram barrados por notória
violência. É bom rever isso e barrar também esse tipo de torcedor.
Parabéns, é tudo o que penso mas não tenho talento para escrever. Muito bem dito!
ResponderExcluirSobre ignorantes no poder... é pior quando são espertinhos no poder, com poder para tornar a rede de ensino pública uma armadilha para eternizar a falta de cultura do povo e com poder para manter o nível aquisitivo da classe mais pobre bem baixo, para q as crianças recebam nutrientes fracos e insuficientes para o desenvolvimento da inteligência.
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