faltam páginas 15 e 16
Suplemento-revista dominical de El espectador, Bogotá
Postando de
volta, após um tempão atualizando a máquina. Agora 64 bites, 4 processadores…
pra ficar bem rápido. O carro pode ser um Gol 1.0 1993 mas o computador tem de
ser chique no úrtimo.
Nessa aventura
a gente cai num técnico mais-ou-menos picareta, chega a uma boa loja mas o
pessoal só está interessado em atender a empresa, acha um muito bom mas é
difícil se comunicar com a figura. Mas… mas… mas e mais.
Uma característica
cultural marcante daqui é alguém avisar que telefonará ou passará aqui e… nada.
Nem pra avisar que não deu. Aí, já viu: Quem mora sozinho passa a manhã preso
esperando a digníssima figura, e a tarde esperando o carteiro, pois o rastreio
deles é pra inglês ver.
Ainda
estamos na idade da pedra internética. Quando morre um disco rígido ou se
atualiza tudo, recomeça a viacrúcis: Instalar, configurar tudo e repor todos os
programas que faltam. E vírus a todo lado. Verdadeira selva de bites. Na verdade
parece mais que estamos na era dos bandoleiros de estrada, que assaltam
diligência.
Desta vez
em vez do Photoshope estou testando o Krita, programa grátis com interface bem
parecida ao Photoshope, pois minha fotoxopagem consiste apenas em clarear-escurecer
a figura (e uma macro pra isso), girar grau menor que 90 (quase sempre girar 1º
ou -1º, porque no Photoeditor solto isso não funciona) e editar balão de
quadrinho a traduzir. No Krita só não acertei a balonização. Dizque o programa é muito bom mas o
recurso texto ali está esquisito, mais parecendo o velho Paint, só pra criancinha
brincar. Verei se preciso instalar o Gimp só pra isso.
● Acostumado
ao ovo caipira, por contingência preparei um do supermercado. Aquela gema
amarelo claro, muito diferente do amarelo-alaranjado. Sem gosto. Batido pra
fazer bolinho, não tem a espuma amarelada. E ao fritar não espuma. A diferença
é a mesma do café gurmê ao vendido no Brasil, da cerveja de verdade à popular
brasileira. Ou seja: Da água ao vinho. O frango, então… gosto de nada, além de
entupido de hormônio, pois diferente do bovino, não há tempo pro bicho
metabolizar o hormônio. O sistema de produção granjeira é uma crueldade contra
os galináceos e contra o consumidor.
● Minha
bronca com os restaurantes é que só focam na comida (então deveriam se chamar comidaria).
Não existe variedade de bebida. Quase todos só têm veneno, o famigerado
refrigerante. A questão é: Por que é, digamos, caseira, e a bebida sempre industrializada?
Por que não fazem a bebida tal qual a comida? Mesmo a água mineral é envenenada:
Comumente fluorada.
Se a comida
tivesse o mesmo padrão da bebida seria assim: O cliente pegaria o prato e iria
pondo nele uma lata de sardinha, um daqueles horríveis envelopinhos de
maionese, um vidro de azeitona de oliva, uma lata de fiambre, uma lata de
ervilha e outra de molho de tomate. Pra sobremesa uma lata de leite condensado,
um potinho de geléia ou de pêssego em calda. E levaria à balança.
Qualquer dia
será assim. Se não virar tudo pílula pra astronauta. Não duvides.
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