Do acervo de Joanco
O número 1 do gibi
que Joanco escaneava aleatoriamente
É dos melhores gibis
que já vi. Estórias interessantes, criativas, encantadoras. Tom & Jerry e
demais personagens na melhor fase.
Verdadeira jóia de
todos os tempos
Enviado por Márcio
Rodrigues
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Agora as provedoras querem abrir novos planos, com descarga limitada.
É porque querem se expandir sem investir.
A velha manha brasileira de ganhar sem trabalhar.
Como na energia elétrica. Já se viu empresa que vive pedindo
pra não consumir o produto? Campanhas e mais campanhas pra economizar. Todo
mundo troca as lâmpadas quentes por frias. E então? Então a empresa aumenta a
tarifa. Todo mundo economizou, se modernizou e continua pagando o mesmo valor
alto. E a empresa lucrando como se tivesse investido em mais linha.
Em O despertar dos
magos, de Louis Pauwels e Jacques Bergier, este trecho:
Enquanto os homens alimentarem o sonho
de obter seja o que for a troco de nada, dinheiro sem trabalhar, conhecimento
sem estudo, poder sem sabedoria, virtude sem ascese, as sociedades supostamente
secretas e esotéricas prosperarão, com suas hierarquias imitativas e seu rosnar
que imita a linguagem secreta, quer dizer, técnica.
A picaretagem tomou conta.
A Águas Guariroba quer me cobrar uma conta prescrita. Pra
isso lançou um débito a 2011, sendo que está cortado desde 2007. Abri um
processo. Na audiência sustentam isso na maior cara-de-pau, como se inventar
uma fatura fosse a coisa mais natural.
Em 2007, quando procurei o Procon, a atendente explicou que
o problema é que o governo dá concessão a empresas européias, onde o salário é
alto. A tarifa lá é condizente com o poder aquisitivo europeu, mas cobram o
mesmo aqui, o que resulta num valor que cobra os olhos da cara.
Mudando de atitude
Busco uma mudança de atitude. Seja adequado ao caso ou não,
não importa. É que mudar a atitude não é fácil. É preciso um rompante sob firme
decisão. O caso é que ter sempre uma atitude de monge budista, mostrar classe,
sabedoria, dar tapa com luva de pelica, responder com ironia sutil é extenuante
e só funciona em casos específicos.
É tal o caudal de gente mal-educada, tosca mesmo, que vejo
que estou fazendo o papel do lorde inglês que naufragou e precisa sobreviver na
ilha dos macacos.
Começa a tratar os macacos com toda nobreza, civilidade e
boa-educação.
— Com
licença, senhor macaco. Queiras ter a gentileza…
Mas chega uma hora que enche o saco. De tanto dar indireta
sutil, mostrar classe, dar exemplo edificante, sem êxito, acaba largando mão. Com
o tempo vai aprendendo que esse comportamento é uma fantasia, um valor que só
existe em sua cabeça. Pra sobreviver tem de fingir que é macaco também, pois os
macacos só respeitam os valores macacônicos.
Como o naturalista que foi viver com lobos e percebeu que os
lobos só respeitam o líder que come o pernil, a melhor parte. Não importa que o
líder seja poderoso, que faça coisas que pra eles parece impossível. Se o líder
não se apoderar do pernil o desprezam. Bem parecidos com o Homo sapiens, não é?
Em São Paulo uma atendente que parece um robô. Não responde,
não interage. No Walmart daqui uma idêntica. A gente fica sem-graça de reclamar
de coisa que parece tão boba. Aí fiquei pensando: Será que já tem protótipo de
andróide sendo testado pra substituir as caixas? Será que estão dando vaga pra
deficiente mental? Mas nesse caso tenho o direito de saber se sou atendido por
gente, máquina ou bicho. Afinal não ficarei aborrecido porque o caixa
automático não conversa comigo. E depois as caixas não poderão reclamar que os
clientes são uns insensíveis que as tratam como máquina, como objeto.
Falei sobre o terrível atendimento campineiro, bem
contrastante com o bogotano. Aqui é intermediário, mais pra campineiro. Em
minha longa transição pra sair da síndrome do bonzinho, decidi não ignorar
mais. Agora responderei na bucha. Não importa o risco de dar um fora. Vai no
tranco.
Dia deste fui buscar uma encomenda no correio da rodoviária,
o da lateral. A guria atende sem te olhar, com nariz empinado, como se fosse
criança ou um bêbado pedindo dinheiro. Não responde ao bom dia e a uma pergunta
interrompe com outra.
Uma vez uma madame dirigindo ao celular foi me amarrando
desde o começo da Marechal Rondon, Mato Grosso, até a rua da Paz. Não sou de
usar buzina mas desde então aprendi que quando um carro vai daquele jeito
vagaroso e abobado é porque tem um filho-da-puta dirigindo ao celular. Então
prego na buzina.
É motorista ao celular, fumante jogando bituca na rua,
motorista jogando embalagem da janela do carro, que estaciona em vaga de
deficiente ou idoso, que vira esquina e não dá sinal e quando dá é só na hora
que está virando, vendedor ou amigo que avisa que fará uma visita e não
aparece, que vai ligar e não liga, e aparece de surpresa, gente puritana e
avarenta, que quer levar vantagem em tudo… Uma infinidade de ato de gente sem
educação, num nível intelectual e psíquico muito baixo. Nem diria gente, mas
bicho. Bicho que fala, imita gente como papagaio imita a fala, mas bicho.
O que dizer de altos políticos, até presidentes, que tramam
corrupção via telefone? Como podem ser tão primários, tão estúpidos? Eu, que
sou leigo, não converso coisa particular via telefone. E por quê roubam tanto?
O que farão com tanto dinheiro? Se chega a um ponto que é compulsão, se fica
enjoado. Há um ponto médio de satisfação, além do qual o prazer começa a
declinar e vira compulsão.
Com esse tipo de gente
não adianta mostrar classe, etc, pois são zumbis, que vivem quase só de
instinto. Se comportam parecido com gente porque estão condicionados. Mas cachorro
só respeita paulada.
Não adianta mostrar classe, dar indireta porque não conhece
certos valores. Falar de gratidão, companheirismo, dar um alô de vez em quando,
retribuição, então, nem pensar. Isso é coisa doutro mundo, que nem imaginam que
existe. Porque esses valores são aprendidos na infância. Se os pais e
professores não ensinarem, as crianças nunca aprenderão e serão essa multidão
de homens-bicho que encontramos quase todo dia.
Quando alguém diz Bom
dia. É apenas um cumprimento. Vez ou outra a pessoa se distrai e dá
bom-dia na tarde ou boa-tarde na manhã. É de extrema falta de educação corrigir
o cumprimento, como o é o que muitos mal-educados fazem ao corrigir um erro de
ortografia num comentário quando, por exemplo, a página é um artigo de
astronomia.
Por isso doravante se algum mal-educado ouvir meu bom-dia e
responder Boa tarde! reclamarei
na bucha sua descortesia e terei o direito de corrigir seus erros de
preposição, pronome, conjugação, etc. É o mesmo que quando alguém me encontrar
e dizer Olá, como vais?
Eu responder:
— Ai! Tô
mal. Uma dor aqui, perdi 200 reais, minha namorada me deu um pé-na-bunda e
ainda peguei uma virose que quase me deixou de cama.
Vi muito na internete página onde o dono pedia colaboração
mas era tão cheio de exigência e de quatro pesos, que parecia que estava
pagando caro. Tinha uma página chilena que quase tratava o visitante a
chicotada. Era uma página fechada pra 100 membros. E o dono ficava ameaçando
quem não colaborasse, não comentasse, não clicasse nas propagandas, de ser
excluído. As babaquices da internete.
Há pouco o dono da página Tebeos de factura hispana doou gibis à biblioteca regional de
Múrcia e questionou o fato do lote doado não estar mais disponível ali. O diretor
declarou que quem doa é porque quer, que pra doar não se pode impor condição e
que pode dispor como quiser da doação.
Hoje entendo por quê certas páginas de sucesso de repente
fecham, especialmente as de cinema, que creio que dão mais trabalho. Uma
desilusão ao perceber que está dando pérolas aos porcos, se doando todo a um
bando de zumbis controlados pela televisão, de gente sonolenta, hipnótica, que
vive mais como bicho que como gente. Uma humanidade demasiado voltada aos
baixos instintos, adoradora do sensorial. As agressivas propagandas de
perversões sexuais pouco a pouco sendo institucionalizadas estão unipresentes
pra deixar evidente essa torpe realidade.
O que vemos é a quase total parcela da humanidade imatura,
infantil mesmo. Idéias pueris, gente totalmente governada pelo emocional, ávida
de tudo, sem moderação, tresloucada. Por isso a Maçonaria e todos os iluminados
da vida deitam e rolam, pois é muito fácil manipular esses zumbis.
Dias atrás estava estacionado no atacado Fort, dentro do
carro, quando chegou o pessoal da camionete ao lado. A mulher do banco de
passageiro dianteiro largou o carrinho de qualquer jeito, atrás de meu carro,
impedindo a saída. Mas o carrinho deslizou e foi parar atrás da camionete,
encostando no pára-choque.
—
Senhora, o carrinho foi parar atrás da camionete. Precisas ter mais
responsabilidade.
Em 1996 tive a primeira crise. Fiquei pensando de quê valia
tanto escrever, tanto filosofar. Quem lerá? Quem entenderá? Se o público é
assim, então pra quê? Era o nobre inglês naufragado na ilha dos macacos.
Hoje uma crise parecida. Enquanto se mantém a ilusão de que
estou fazendo um trabalho voluntário solitário e solidário, pois tanta coisa
extraio grátis da internete, tudo vai bem. A coisa desanda quando vem a
desilusão, quando se percebe uma parcela significativa de gente que te usa, que
te vê como máquina, que crê que os outros estão aqui pra os servir.
Como quando passas a vida toda acreditando que está numa
família mosqueteira, um-por-todos-todos-por-um, mas que quando chega tua vez de
ser beneficiado, chau!
Uma vez em meu serviço acertaram fazer mensalmente uma
festinha pros aniversariantes do mês do térreo. Cada um contribuía cuma quantia
mensal. À medida que o ano avançava o ânimo da festinha caía. Quando chegava
minha vez, novembro, já nem tinha festinha. No ano seguinte retomaram a idéia
em janeiro. Mesma coisa. No terceiro ano me recusei a aderir.
Sem falar das famigeradas fofocas, que todo mundo acredita e
pensa que só falam dos outros.
Tinha uma funcionária tida como problemática, que passava em
todos os setores. Sempre tinha uma estória sobre ela. Não detalharei a estória
agora. Quando esteve em meu setor vi que é uma das com melhor caráter e mais
corretas que já vi.
Um colega falava sobre um motorista, que seria muito
ignorante, agressivo, bravo, etc. Quando estive no setor vi que era bem o contrário
disso.
Comentaram que a lourinha da secretaria é a irmã do Beraldo
do distribuidor. Beraldo era meu técnico de computador. Quando fui levar a
máquina estava sua irmã o visitando, que não é loura nem mora em Campo Grande.
E como se preocupam com a sexualidade do colega. É uma
obsessão. Pro cara não ficar falado tem de desfilar em todos os corredores cuma
loura pelada no ombro uma vez por mês.
Quero acreditar que meu esforço vale apena, que é uma
retribuição merecida a muitos que produzem, que os aproveitadores são minoria.
Mas os maus políticos não são minoria, como gostávamos de
acreditar.
Mas seja como for, me recuso a crer que a humanidade é
estúpida. Acredito que está imbecilizada de modo artificial, condicionada, e
que pode sair desse marasmo.
Concordo com tudo que disse, mas creio que a humanidade seja irremediavelmente imbecil.
ResponderExcluirO duro é que podes ter razão...
ResponderExcluirO duro é que podes ter razão...
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