Suplemento-revista dominical de El espectador, Bogotá
Nas competições de luta um lutador pode perder ponto e ser
desclassificado por falta de combatividade, mesmo que esteja vencendo. Por quê
não puseram isso no futebol? Teria evitado a prática comum da retranca, ficar
segurando resultado, catimbando e fazendo cera.
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Que tal Demis Roussos e Leonardo cantando juntos? Mas só em
velório, como carpideiros. É o verdadeiro chorinho.
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Em todo lugar internético onde se fale sobre filme, romance,
etc, sempre aparece a questão do espóiler (e sempre no inglês spoiler). Esse anglicismo significa
estraga-prazer. Por exemplo: Quando um crítico, analisando um filme, revela o
enredo, especialmente o final. Muito estranhei a seriedade e até agressividade
com que se aborda a questão.
Como contista e leitor voraz, embora não muito cinemeiro,
acostumado a montar enredo e imaginar ramificações opcionais, acho muito
infantil a postura. Se o final dum enredo é revelado antes de o ler, ver ou
ouvir, isso não diminui o interesse e o prazer em o desfrutar, pois a qualidade
duma estória consistem também na arquitetura, simplicidade, despojamento, detalhes,
na engenharia das ações que se propagam como reação em cadeia (efeito dominó).
Creio que a postura anti-espóiler é mais uma característica
do lado pueril, meio bicho, da mentalidade do homem mediano ou medíocre.
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Num artigo ou notícia internético alguém disse que acidente fatal sim mas vítima fatal não, porque fatal é o que mata. Cheguei a assimilar
a informação, mas analisando a etimologia se percebe que isso está errado. Fada,
fado, enfado, fatal, fato têm a mesma raiz. Fatal significa obra do destino,
maktub!, estava escrito, dá idéia de evento de determinismo. Dá a idéia de que
aconteceu porque assim estava determinado ou porque a forma de agir
inevitavelmente levará a tal destino. Como na frase seguinte: Se o aspirante continuar agindo assim
perderá a vaga. É fatal!
Muito se usa erroneamente a palavra mortal em vez de mortífero.
Todo ser vivo é mortal, pois morrerá. Mortal é o antônimo de imortal.
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Fatal - Marcado
pelo destino. Inevitável, inexorável.
Letal - Que se
refere à morte ou a acarreta. Dose
letal
Mortal - Quem
pode morrer. Antônimo de imortal
Mortífero - Com
alta eficiência em matar. Veneno
mortífero
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Na postagem anterior um conto em quadrinho contando uma viagem
a planetas oceânicos orbitando a estrela Sírio, onde vivem seres submarinos. Estranha
coincidência sobre a tradição dos dogões e do tema do livro O mistério de Sírius, de Robert Temple,
quando poderiam situar a aventura em Rigel, Betelgeuse, Canopo, Alfa-centauro,
Belatriz, Altair, Algol, Prócion… Coincidência?
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Um comentário anônimo na postagem do discurso de Putin
reclamou que num caso de bulem contra um aluno homossexual, morrendo a vítima,
os agressores foram expulsos mas que o caso não teve repercussão. Parece que
pra nosso comentador anônimo a propaganda é mais importante que a punição.
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em toda repartição quando alguém avisa que dará uma saidinha
pra ir ao banco, sempre tem um brincalhão que diz:
—
Aproveites e deposites em minha conta!
Quando foi
minha vez eu disse:
—
R$1.000 tá bom? Não. Depositarei R$2.000 porque és um cara legal. Dês teu
cartão e senha pra eu depositar.
Noutra vez,
quando fulano me chamou pra saber o que eu queria:
— Á! Eu
queria…
—
Queria? Então não queres mais.
Então expliquei:
— Estás
equivocado. A deficiência é da língua portuguesa, não minha. Teria de haver
duas formas pra especificar verbo assim no passado mas não há. Queria significa que naquela ocasião
passada eu queria mas que pode ser que continuo querendo ou que já não quero. O
verbo queria não diz que deixei de
querer. Há idiomas que especificam, por exemplo, quando o líder duma comissão
de trabalhador, junto a eles, diz ao chefe Nosso pedido… (Ou Nós faremos…)
se é o líder e os trabalhadores, o líder e o chefe ou todos. Em português não.
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