Neve e gelo são muito bonitos em cartão postal mas é um
inferno pra quem vive ali. Os carros se chocam porque deslizam e não conseguem
frear, as pessoas quebrando braço e perna. Uma professora cujo filho estava
morando em Nova Iorque contou que todo dia aparece um com perna ou braço
quebrado. Multa pra quem não desobstruir a calçada. Se formam camadas sobre
camadas de neve no teto, sacada, canaleta, podendo desabar tudo. Mas isso ainda
é fichinha diante das situações horripilantes relatadas nos contos de Jack
London.
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Estás indignado com multa abusiva? Por quê recebes? A multa
caduca se dentro dum prazo da ocorrência até a notificação não for recebida.
Ninguém é obrigado a receber uma correspondência que não lhe interessa.
Perguntes ao carteiro o quê é, antes de assinar.
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Desde a infância estamos condicionados a reverenciar os
dicionaristas como seres superiores dotados de imensa sabedoria. Mais um dos
tantos estereótipos que desabam graças ao mundo internético. Consultando
verbetes em geral, na busca, se percebe que o mundo dos dicionários é uma
barafunda infernal, muitas vezes contraditórios entre si. Cada um diz uma coisa.
Uns têm tal vocábulo e outros não. Definições díspares, mesmo estabanadas,
erros ortográficos, definições erradas, incompletas e ou imprecisas, vícios de
linguagem, má pontuação.
Um vício irritante dos dicionários é a supérflua mania de
abreviar, o que complica muito, pois a abreviação que pra quem escreve pode ser
familiar, pra quem lê vira um enigma, ainda mais se for estrangeiro. No mundo
eletrônico, ainda mais internético, abreviar é supérfluo, nada mais que uma
mania besta.
Outra característica esquisita dos dicionários é não citar o
nome científico ao descrever um animal ou vegetal, o que dificulta a tradução,
obrigando a pesquisar noutro lugar pra se certificar sobre a identidade.
Tanto em português quanto em castelhano vemos a definição
errada do vocábulo terror, o
confundindo com pavor, sendo
erradamente definido como medo. Vejamos a definição das três palavras
clássicas:
Horror - Feiúra
exacerbada. Impressiona pela estética, seja feiúra, nojo, sensação doentia de
qualquer espécie. Por exemplo: Um monstro deforme babando e grunhindo.
Pavor - Extremo
medo. Um relato de pavor se caracteriza pelo medo exacerbado como
característica principal, mesmo que não se saiba o motivo ou que pareça
imotivado.
Terror - Se
caracteriza por destruição, mutilação, ferimento, dano. O terrorista causa
pavor e horror através de destruição, morte. Mesmo que não se sinta medo nem
horror a explosões, incêndios e agressões, se trata de terrorismo. Por isso se
diz sobre alguém destrutivo, que fulano é terrível.
Portanto não faz sentido dizer que fulano sentiu terror.
Mesmo o dicionário da real academia espanhola comete esse
erro.
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É mesmo.
A internete pôs tudo de ponta-cabeça
No alto
diz que os antigos egípcios eram louros e ruivos
Em baixo
diz Os arianos choram: Os
viquingues eram negros
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Campanha contra o estupro? Querem o quê? Conscientizar o
estuprador? O estuprador pensará bem e dirá:
— Eu
pensava que elas achavam divertido. Então me regenerarei e não o farei mais.
Posar nua
pra campanha anti-estupro. Qual o sentido disso? Isso não tem pé nem cabeça.
Isso se
resolve com lei e castração.
Enquanto
persistir a ideologia piegas, hipócrita, rasteira e sorrateira do falso
direitos humanos, nada se resolverá.
O quê
eu ou o leitor comum tem a ver com isso? Nada. Isso não é questão cultural. Se alguém
está passando essa idéia, é manipulação maliciosa. O alvo da campanha tem de
ser o delinqüente em questão e as autoridades. Quem faz isso é anormal. É bandido
e ou doente.
Ou será
que já deram direitos ao estuprador? Não é de duvidar.
No mais,
é perda de tempo, energia e dinheiro fazer manifestação estabanada que leva a
nada. Pior: Serve de catarse e aplaca uma real verve de resolver o problema.
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Em postagens do Youtube,
em língua inglesa vemos o que em inglês é chamado banned cartoons, desenhos-animados banidos, dizendo que são
racistas, só porque os negros são retratados de forma caricata, muito beiçudos.
Estão difamando e injuriando os autores dessas, essas sim,
autênticas, obras-de-arte.
Os caras são muito burros. Têm um tesouro, os melhores
desenhos-animados do mundo, e em vez de se orgulhar ficam metendo o pau, igual
os burros daqui enxovalhando o grande Monteiro Lobato.
Paradoxalmente, isso é uma forma de ignorância e
intolerância, uma forma moralista hipócrita de encarar um simples desenho animado,
um traço da cultura ianque, que, de tão megalômana, não tem cultura verdadeira.
Falando português claro: Idiotas da objetividade.
Então por quê não dizem que o desenho de Betty Boop é
machista? Betty é retratada com a cabeça grande, vestido curto e pernas
sensuais.
Então todos os desenhos animados teriam de ser banidos, pois
representam animais, crianças e, muito mais, de forma caricata.
Tem o que criticam os humoristas por estereotipar. Mas como
se poderia satirizar sem estereotipar? Como desenhar caricatura sem distorcer a
fisionomia?
Me lembro de quando um entrevistado disse que não raciocinava
sobre hipótese. Um comentarista disse que é impossível o fazer doutra forma. Que
desde que a humanidade existe, seja na antiga Grécia ou hoje, só se pode
raciocinar sobre hipótese.
Por causa de raciocínios sofistas assim nossas mazelas se
multiplicam. No colégio, anos 1970, um professor de educação física não nos
deixava jogar futebol. Pra brincar na quadra tínhamos de ir escondido ou ir a
outro lugar. Dizia que futebol é desporto de gente ignorante. E deu o exemplo
do jogador que, quando um repórter perguntou sobre a expectativa de jogar em
Natal (Rio Grande do Norte), disse que seria bom jogar na cidade onde nasceu
Jesus.
Temos de ser coerentes. Não devemos usar dois pesos e uma
medida.
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