Mais um número da clássica revista de conto
policial
A revista tem as letras muito pequenas. Os trechos
esmaecidos que eventualmente aparecem requerem mais atenção. Também requer mais
atenção depurar os barbarismos e demais vícios lingüísticos, redacionais e
diagramáticos. Além de inserir nota de rodapé pra esclarecer vocábulos e
situações.
Fico com a pulga-atrás-da-orelha com isso de
escritor de 16 anos com texto um tanto maduro demais prà idade.
Mas a pérola fica por conta de Ben Hecht em O boneco rival: Pros
lunáticos é melhor evitar as mulheres. Pros lunáticos ou pra qualquer um!, se diga
de passagem.
E por falar em frases de sabedoria, o
seguinte livro é boa dica:
● O pessoal
gosta de comparar político a vampiro. Mas não pode ser, pois vampiros são
corpos incorruptos.
●
Freqüentemente tenho de desistir duma vaga em estacionamento de supermercado
por causa da baixa cultura de nossa gente, que larga o carrinho em qualquer
lugar ao lado do carro. Noutro dia o carro atrás teve de esperar eu descer e
tirar o carrinho do caminho e enfim enfiar o carro. Essa cultura, ou melhor,
falta de cultura, de largar o carrinho é irmã-gêmea da de jogar lixo em terreno
baldio, atirar ponta de cigarro e papel-de-bala na rua, etc. Hoje vi no centro
da cidade um cartaz num muro Filho-da-puta quem jogou lixo aqui!
Já aconteceu mais
duma vez algum folgado deixar uma tábua de compensado sintético em minha
calçada. Por quê não procura uma caçamba? Já vi a reportagem louvar uma
invenção de prensar plástico e outros resíduos e assim fazer tábua compensada. Parece
muito ecológico e genial. Só parece. Porque quando um folgado deixa umas tábuas
dessas em tua calçada ninguém leva porque não é reciclável e não serve pra
lenha.
● Falando em
gente folgada… Tenho duas tias que apreciam tabaco em folha, coisa antes só
encontrável no Paraguai. No Mercadão já tem um fornecedor que vem em leva. Tendo
de enviar dois maços, sedex, cada um a uma cidade, era ocasião em falta. Então indicaram
uma casa com produção própria, ao lado do Mercadão, a tabacaria Minas Gerais, rua 7 de Setembro 97. Meu
primo avisou que estavam podres. Voltei à loja. A dona mostrou outros maços. Abri.
O miolo negro, desmanchando, mofado e podre. Disse que é assim mesmo, que o
pessoal compra assim, e repôs o maço ao saco plástico.
Agora é a vez da
vigilância sanitária.
●
Branca-de-neve teve os gatinhos dia 2 e dia 26 já os largou e sumiu. Essa é
vagaba.
Pois é, Eugénia. Tá na
hora de selecionar, pois são muito manipuladores, como as mulheres.
● Pois é Sr.
Bondius, também sempre achei muito idiota as cenas de casal em lua-de-mel, só
eles no quarto fechado, e ficam os dois se cobrindo com lençol o tempo todo. Igual
telenovela, onde ninguém fica de bermuda, chinelo e camiseta regata e nunca assiste Sílvio Santos.
— P.S: Gostei da técnica pra acabar com a manha dos felinos.
Tentarei aqui, mas cuma bípede.
— Não sei se funciona com as galinhas.
Coleção cartão-postal de Joanco
ótimo blog.
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