No artigo Somos o que
pensamos, Planeta 227, recém escaneado,
vemos um exemplo da forma viciosa de raciocínio pseudocientífico: […] Também a solidão faz mal. Sabemos que viúvos, especialmente no
primeiro ano após a morte da esposa, adoecem e muitas vezes morrem. Pesquisas mostram,
nesses casos, o enfraquecimento do sistema imunológico.
A constatação relatada autoriza a concluir que solidão faz
mal? Não! O viúvo se deprime porque se vê diante de alteração radical em rotina
antiga, e ainda em avançada idade. Concluir a partir dos dados relatados, que a
solidão faz mal, é precipitado, prematuro, vicioso, anticientífico. Já falei
sobre isso num artigo, citando exemplos como o canal iutubeiro que concluiu que
os dinossauros nunca existiram, só porque o peso (atual) do bicho parece
incompatível com características de corredor.
Seria o mesmo que constatar que os brasileiros e
portugueses, por contingência repentina obrigados a morar num país doutro
idioma, disso concluir que deixar de falar português faz mal.
Tem um vídeo iutubeiro que argumenta que Caim pôde se casar
porque desde quando matou o (único) irmão Abel, se passaram muitos anos, e ao
voltar Adão e Eva tiveram muitos outros filhos nesse intervalo todo (!).
Acho supérfluo explicar a infantilidade, o absurdo,
consangüinidade, etc, dessa maluquice. Mas a internete parece um hospício
mesmo.
Coleção Cartão-postal
de Joanco
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