sábado, 7 de dezembro de 2019

Espanha estranha

Fátima Mesquita, Almanaque de baratas, minhocas e bichos nojentos
Um livro pra desinformar? Donde tirou que minhoca é bicho nojento? A minhoca não é verme, é anelídeo que vive na terra, não no lixo nem no esgoto, e não transmite doença. O conceito estúpido de minhoca como nojento é coisa de mulherzinha, no mais pejorativo do termo. Se não fosse esse terrível preconceito a minhoca seria uma opção alimentar. E muito rica, pois saibas que se estiveres, por exemplo, náufrago numa ilha perdida, comendo duas minhocas por dia já estarás suprido de proteína.
As línguas latinas não vieram mesmo do latim, apenas sofreram forte influência. É estranho a que dizem ser a mais próxima do latim, o italiano, ter germanismo como o J soar como I, a ponto de ser excluído do alfabeto, e o Z soar como TS (pizza), exatamente como no alemão. Talvez por permanecer tanto tempo no sacro império romano-germânico, que não era sacro, império, romano nem germânico, da alta idade média até 1806.
 
Livro recomendado
La España extraña
Javier Sierra & Jesús Callejo, 2ª edição, Madri, 12.1997
Livro interessantíssimo
Há outros sudários. Mosteiros espanhóis guardam uns e outros, e todos se declaram tutelares do autêntico. Um sudário é considerado santo só porque esteve em contato cum que o é: Contágio por contato. Vários locais guardando a autêntica coroa-de-espinho, plumas angélicas, fragmentos da cruz. Pra explicar por quê cada cruz é de madeira diferente disseram que a cruz foi montada com peças de origens diversas!
Só faltou tábua do cavalo de Tróia
Um livro essencial
 
Este livro não é um guia de viagem convencional. Não tem rota conduzindo a magnífica paisagem natural nem a vetusto monumento histórico mas um encontro cuma Espanha carregada de estranhos vestígios, eventos e cenários que farão contatar com o mistério que tenazmente ao longo da história, e que presente em todos os cantos de nossa geografia, permanece vivo nos costumes, lendas, tradições e milagres.
Javier Sierra e Jesús Callejo, dois dos últimos exploradores heterodoxos que restam em nosso país, uniram as respectivas experiências como aventureiros do insólito pra oferecer ao leitor um surpreendente trabalho de investigação. Combinado o trabalho-de-campo essencialmente jornalístico com a minuciosa consulta a texto e documento histórico, reuniram um conjunto de dado e testemunho que página a página evidencia um fio invisível que dá coerência ao aparentemente inconexo.
Neste livro desfila o mistério das entidades celestiais: Monjas que voam, relíquias irreverentes, presentes caídos do céu, anjos construtores, aparições que protegem meninas perdidas, imagens vivas. Adentres os caminhos. Prometemos uma viagem cheia de surpresa e assombro. Mas não esperes achar vitupério nem resposta. Apenas o trabalho de dois cronistas que tiveram a virtude de não fechar os olhos ao que às vezes é incômodo olhar.


A marcha da japonesinha está no Youtube
Coleção Cartão-postal de Joanco
























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