Almanaque
do Globo juvenil 1944 - até página 52
de 168
Escaneado por Daniel Silva
Quem mexeu em meus nomes de país?
Infelizmente na linguagem corrente predomina a
síndrome-de-manada, pois somos mais parecidos a gnu que a javali. O fenômeno
mais estranho é que ao contrário de nas atividades em geral o estímulo não é
como o rio e o raio, o caminho mais simples. Em vez disso impera o desejo de parecer
grandiloqüente, sofisticado, chique, exótico.
Assim se prefere rebuscar, complicar, pra parecer erudito. Dizer
se encontrar em vez de estar, se dar conta em vez de perceber,
o surrado clichê dar à luz em vez de parir, os complicados às escuras em vez de no escuro, às soltas em vez de solto,
a procura a em vez de procurando…
Assim aparece
a dúvida de crase em dar à luz, põe
um errado a procura de… Tudo por
preferir a forma mais complicada.
Mas nenhuma dessas maçarocas redacionais é tão esdrúxula
quanto o modismo em inglês de alterar alguns nomes de país.
Nas últimas décadas pegou o modismo em inglês de alterar o
nome dalguns países porque o governo de lá assim o decidiu. Assim o Ceilão passou
a ser chamado Sri Lanka, Bengala Bangladesh, Birmânia Mianmar, Alto Volta virou Burkina Fasso, Rodésia virou Zimbabwe
(As ruínas duma civilização desaparecida, Zimbábue, nada tem a ver com os
habitantes atuais)… Até a capital da China, Pequim, virou Beijing!
A mesma
maluquice acontece em castelhano!
É um
contra-senso. Não resiste ao mais elementar raciocínio.
Não preciso
explicar que toda atividade exercida tem de ter critério. E esse critério tem
de ser coerente.
O primeiro
critério é a simplicidade. O segundo é a coerência.
Se estamos
nos comunicando no idioma português, os nomes das coisas têm de ser em
português. Não se deve poluir o idioma usando vocábulos estrangeiro tendo
vocábulo em nosso idioma. Em caso de neologismo temos de adaptar o vocábulo a
nosso idioma quando esse vocábulo se torna de uso corrente. Isso nossos
antepassados sempre fizeram, sem medo de criar. Acaso somos mais burros que
eles? Certamente cada antepassado está se remexendo, de vergonha, no caixão.
Se um
general birmanês deu um golpe-de-estado e mudou o nome do país, estamos
subordinados a esse general e temos de o mudar também? Claro que não! Nosso idioma
não está indexado ao de lá. Só alteramos o nome em caso de divisão ou
desmembramento, pra distinguir a nova entidade ante a antiga, mas em nosso
idioma.
Pra respeitar
a coerência, se mudamos o nome aqui porque mudaram lá, então devemos passar a
chamar a Alemanha Deutschland (Pronunciar
dóitchlánt, https://www.youtube.com/watch?v=WgObmBjS_qo), a Finlândia Suomen Tasavalta, a Suécia Sverige, a Albânia Shqipërisë, a Áustria Österreich,
a Colômbia Colombia, a Bolívia Bolivia, o Equador Ecuador, a Rússia Росси́я,
a China 中华人民共和国 (chinês simplificado) ou 中華人民共和國
(chinês tradicional)…
Então por
quê em inglês Brasil é grafado Brazil? Brazil é a grafia arcaica. Só vale pra quem mudou agora?
E como
seria o gentílico de Mianmar? Mianmarino,
mianmarense, mianmareno, mianmarenho, mianmaro, mianmareiro, mianmarista? E de Shqipërisë, Sverige,
Sri Lanka e pequepê?…
Loucura?
Não. Burrice. A mais vergonhosa, sórdida e abjeta burrice.
É incoerente
chamar Maiame Miami, pois é de uso
corrente, e tal prática viola as regras da língua portuguesa. Oregão é um nome
estabelecido em língua portuguesa, junto com Glásgua, capital da Escócia. Se grafamos
Flórida, Nova Iorque devemos, Alasca, idem Nova Jérsia, Nova Orleãs, Quentaque,
Orraio, Michigão, Vermonte, Marilândia, Qüinslândia, Coneticute, Oxforde,
Cambride, Erivã, Talim, Quieve, Amisterdã…
Mas não
é prático o fazer ante a enxurrada de lugarejos. Seria tarefa hercúlea que
viraria uma maçaroca. Então o critério de aportuguesar os vocábulos de uso
corrente, pois usar barbarismo em vocábulos de uso corrente (pizza, show, slogan, bacon…) é sintoma de decadência
cultural.
Toda essa
baboseira de estrangeirismos usados por bobocas que os acham chiques, e demais
deformações do idioma, promovidos pela imprensa, não é casual. É uma
conspiração, pois a imprensa é o braço direito da dominação jázara iluminada
sionista judaico-maçônica. Vemos exatamente o mesmo fenômeno, os mesmos vícios,
no idioma castelhano, o que é muito estranho.
O idioma
é um quesito fundamental da identidade e orgulho nacional. Assim, junto com a
campanha de legalizar perversões sexuais, espalhar narcotráfico, violência e
corrupção, também é arma de dominação minar o idioma de dentro, o transformando
em linguagem simplificada própria pra idiotas.
●
Os
projetos dos contos de Ashton Smith e dos contos clássicos de fantasma já
ultrapassaram a meta no Catarse
Agora
cada sobremeta atingida dará melhoramento ao livro
Nova meta revelada
Inclusão do primeiro conto alemão de fantasma a 160%
Prezados apoiadores
Estamos muito empolgados! Chegamos a 138% da meta inicial. Apenas
a 2% de destravar a próxima melhoria no livro. Por isso revelamos nova meta
estendida, que será destravada ao batermos 160%.
Próximas metas:
140% ● O livro
terá um fitilho marcador de página de tecido, substituindo o fitilho do
marcador de página
150% ● Inclusão no livro do conto História de Landulfo de Ferrara, incluída no romance gótico Manuscrito encontrado em Saragoça, 1805,
do polonês Jan Potocki.
Nova meta: 160% ●
Inclusão no livro do primeiro conto fantasmagórico
alemão, O rapto, 1786, de Johann Karl
August Musäus. Escrito com mescla de ironia iluminista e ambientação gótica, a
narrativa reconta a lenda germânica das freiras fantasmas que assombravam o castelo
de Lauenstein, construído sobre um convento. Muitíssimo copiado, esse é o texto
do qual MG Lewis extraiu o episódio da freira sangrenta, um dos pontos altos do
cultuado romance O monge, 1796.
Obrigado a todos pela confiança e apoio!
Tá top meu amigo!!👏
ResponderExcluirSempre com conteudo inedito e reflexoes para meditarmos ! So nao ajudo nos contos de fantasmas porque realmente nao gosto desse assunto !
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