Adam & Aragon - Aux enfants rouges.pdf
Adam & Aragon - Aux enfants rouges.docx
Adam &
Aragon - Às crianças vermelhas.pdf
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Aragon - Às crianças vermelhas.docx
Georges
Adam & Louis Aragon
1932
Grande
raridade
A primeira publicação independente de Aragon após romper com
os surrealistas. 16 quadras intencionalmente primitivas nas quais os inimigos (Os
ricos, os políticos acomunistas, o partido socialista, a Igreja, a burguesia, a
França) são mostrados aos filhos dos proletários. A União Soviética é
contrastada com tais potências negativas como modelo positivo. Um texto no qual
sacrifica seu gênio intelectual e artístico à vontade de disponibilizar e à
tendência a polemizar. Brochura ilustrada por Adam.
Rimas na forma ABBA, exceto o poema 16, na forma ABAB no
original
https://www.uni-muenster.de/LouisAragon/werk/mittel/enf.htm
De tanto sofrer com a burrice natural
decidi estudar inteligência artificial
Os sinais de estupidez são onipresentes. Vemos pouco porque macaco não vê o próprio rabo. Orgulho, arrogância, avareza, puritanismo, culto à aparência, empinar o nariz…
Judiciário que barra entrada do público vestido com bermuda
ou camiseta regata
A exigência do bem-vestir, culto a terno-e-gravata, símbolo
máximo da bestice, artificialismo e formalismo estúpidos. É estúpido se
escandalizar cuma roupa num recinto, e não com outra igual numa praia.
Mas como seria a humanidade inteligente?, como era antes do
dilúvio
Seria radicalmente diferente de tudo o que conhecemos em
mentalidade, estrutura social, comportamento
Uma civilização humana inteligente não seria ideal,
perfeita, pois tal não existe. Mas não seria este monte de contradição e
indigência intelectual e espiritual.
Não seria puritana, como nosso puritanismo exaltado e
furioso, pueril. Onde se viu na natureza um ser com partes que não podem ser
vistas por seu semelhante? Essa aberração só existe em mentes inferiores,
broncas, psicóticas. Seres tão esquizofrênicos, que passam a defender
perversões como libertárias, se sentindo moderninhos e virtuosos ao agir assim,
enquanto a nudez, saudável e natural, continua tabu.
As pessoas não teriam o onipresente fascínio mórbido por
perversão, e teriam nítida a distinção entre certo e errado porque não tão
vulneráveis a sofisma
Não existiria religião nem sociedade secreta, pois coisas
inerentes a mentes inferiores
Os cientistas, pesquisadores, estudiosos seriam do tipo
detetive, mui diferente da nossa, onde quase todos são do tipo advogado
As pessoas teriam prazer no contato com seu semelhante,
conversar, aprender coisas, dizer tiradas espirituosas e criativas e as ouvir,
piadas, bom-humor. As pessoas seriam valorizadas por essas qualidades.
A bondade seria a norma, mas não a ponto de pieguice
Assim como é insano estar sempre bravo e excitado, idem
sempre enganar e mentir
Não existiriam os vocábulos e conceitos formador-de-opinião,
influenciador
Não existiria polêmica tola. É vergonhoso constatar o êxito
dos globalistas em abafar o tema da Terra oca viralizando polêmica sobre a
Terra plana. Imagines as academias científicas discutindo contra as crianças sobre
papai Noel. Tolice nada improvável no mundo dos estúpidos. Ver as tantas
polêmicas havidas sobre o topilés, por exemplo. Só numa sociedade imbecilizada
ao extremo o vestuário ou nudez parcial ou total é caso de polícia e de justiça
criminal. Uma sociedade que não combate essas puerilidades também não contesta
o voto obrigatório, o mesário-escravo e outras tantas mazelas.
O comportamento das pessoas se pareceria mais a javali e
menos a gnu. As pessoas seriam unidas e não se deixariam intimidar tão
facilmente, de modo que o conceito de autoridade se restringiria a necessidade
específica, situação excepcional. Tenderia muito mais a anarquia. Mas não digo
que seria anarquia realmente, pois pra tal se necessita inteligência muito
alta.
A sociedade seria um sítio aprazível e não uma
selva-de-pedra. Ou seja: Seria verdadeira civilização e não selvageria
tecnológica.
…
O gatão desaparecido
Baixas na
Gatolândia
16.11 foi pior aniversário. No começo da noite o corpo atropelado
de Pepita. Uma busca na câmera mostrou que cruzou de repente na frente dum
carro que não ia correndo. Na calçada estava o gato João. Foi a última vez que
o vi. Ninguém sabe. Foi levado ou invadiu quintal que não devia. No meio do ano
a atropelada foi Tininha, 23:30h. Eu só soube um mês depois, pois ninguém
chamou pra perguntar se era daqui. Foi uma novela pra confirmar. Dos que viram,
uma morreu e outra viajando.
Isso porque um vizinho providenciou uma placa Área
monitorada. Mas é a civilização do blefe, tipo Não estacionar. Sujeito a
guincho. O blefe clássico que os lojistas gostam e os clientes crêem igual
criança em bicho-papão. O controle social é feito em blefe nos noticiários
televisivos. O povo crer que tem barreira e bafômetro em toda parte. Então entendi
por quê quando um motoqueiro bêbado em moto pirata afundou meu radiador em 2013
o corpo-de-bombeiro não pôs no laudo a declaração dum motorista passando, quem
parou e fez questão de declarar que o sujeito lá atrás estava ziguezagueando
assustando todo mundo. Estranhei muito não usar o bafômetro, pois o sujeito se
deitou junto a um poste e dormiu. Fui pedir essa declaração, e soube que não anotaram.
A desprezaram. Por isso fui recebido com tanta hostilidade. Como a estória de bafômetro
é blefe, não podiam pôr a declaração no laudo, pois podia ser questionado o
fato de não aplicar bafômetro em quem apresenta comportamento ébrio. A mentira
ficaria evidente.
Coleção Adeene
neles!
Coleção Cartão-postal de Joanco
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