quinta-feira, 8 de março de 2012

Colaboração de Antônio Ayres

Rapto ou seqüestro?

O rapto do garoto de ouro. Era da série Vaga-Lume, da editora Ática. Não li. Mas o que me chama atenção prum livro infanto-juvenil é exatamente a questão de trazer a palavra rapto logo no título. Marcos Rey (1925-1999) foi um maravilhoso escritor. Quando criança li seu O mistério do cinco estrelas e Um cadáver ouve rádio. E seu irmão, Mario Donato (1915-1992), escreveu uma obra que ficou conhecida após uma míni-série na Rede Globo: A presença de Anita (1948). Escreveu muito antes de Vladimir Nabokov (1899-1977), autor de Lolita, escrito em 1955. Assim como, da mesma forma que Marcos Rey, durante a entrevista de Reali Júnior no programa do Jô, foi falado de rapto do embaixador ianque.
Mas vamos à diferença entre rapto e seqüestro. Rapto, segundo dicionário da enciclopédia Mirador (7ª edição, 1982, o mais completo que tenho), é crime, que consiste em tirar do lar doméstico uma mulher, com o fim de a submeter à satisfação de instinto libidinoso [...]. Segundo o mesmo dicionário, seqüestro é ação ou efeito de seqüestrar [...] e seqüestrar é enclausurar ilegalmente [...]. São quase sinônimos. Porém raptar também pode ser roubar, assim como um rapto é, digamos, um seqüestro. Porém nem todo seqüestro é um rapto.
Fernando Ludovico
29.05.2007

Comentário de Marilea Guimarães, 17.11.2009

O que diferencia o seqüestro do rapto é a finalidade. Seqüestrar é pra se obter vantagem pecuniária e rapto é para fins libidinosos.

Definição incongruente. E se for por outro motivo?
Creio que o motivo não pode servir como critério de definição.
A definição tem de ser por característica do ato, não por subjetivismo.

Um comentário:

  1. Eu li o "Rapto do Garoto Dourado" quando era moleque. Se trata da sequência de "O Mistério dos Cinco Estrelas". "Um Cadáver ouve o rádio" fecharia a "trilogia".

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