Mais um número da
fascinante revista de conto policial
Na revisão
deixo a linguagem mais culta, mais condizente com obra literária, arrumando mau
uso de pronome e preposição, barbarismo, etc, além de vícios de linguagem Como como é que ficou sabendo? →
Como soube?, Por que é que estava lá? → Por
quê estava lá? Aportuguesando nomes mas não sobrenomes, pra tornar a leitura
mais familiar. Corrigindo formas múltiplas de se referir às personagens, pra que
quebra-cabeça seja só a procura ao culpado. Vícios como deixar East Street, como se fosse nome dum
lugar, em vez de rua Leste. Uma deficiência
da tradução é não converter as medidas arcaicas como pé, jarda, milha,
polegada, etc ao sistema métrico.
Todos se espantaram quando entrou o sujeito com 6 pés de altura. Muito alto
ou muito baixo? Mas se colocar 1,9m o leitor não terá dúvida. E notas de rodapé
pra esclarecer curiosidade.
Às vezes
acontece algum trecho com suspeita de problema de tradução. Neste número, no
conto Pastoral alguns trechos
inconsistentes, com expressões esquisitas, como se em tradução apressada. Achei
o texto original em inglês, e assim retifiquei as estranhas passagens.
Achei o texto
completo na segunda tentativa, pois o livros do Google faz a gracinha de omitir
umas e outras páginas. Acho isso o fim-da-picada. Infelizmente tem muita página
que posta livro, revista, gibi, tudo cheio de quatro pesos, omitindo páginas,
dificultando ou exigindo inscrição ou pagamento, quando não é descarada arapuca.
Isso é palhaçada. É postar ou não postar, e ponto final!
Eis o texto
original como figura:
Neste
número um caso muito curioso de escritor dando um fora com as leis da física. Eis
um trecho da apresentação:
Quando Rotatória
(Cul de sac), de James Yaffe,
apareceu na edição ianque deste magazine, fez verdadeiro furor. E por boa razão.
O jovem escritor cometera uma colossal gafe, um clássico do gênero, um erro
próprio pra figurar nos livros, a gafe do ano na literatura policial. E o diretor
do magazine fez, clara e indesculpavelmente, o papel de cúmplice, deixando
passar o erro.
Nenhum de nós dois, autor e editor, conhecia um
princípio simples e fundamental da física. E semelhante ignorância sobre uma lei
básica conhecida pela maioria dos estudantes de ginásio invalidava toda a
solução. Sinclair-Cummings, o vilão do conto, estava engarrafado num beco-sem-saída
no escurecer. Dois policiais que bloqueavam a entrada se preparavam pra o pegar.
O beco era rodeado, nos três lados, por armazéns de cinco andares, cujas
paredes eram de tijolo maciço e sem janela. Sinclair-Cummings portava um
importante pedaço de papel que, se encontrado pela polícia, o faria passar na
cadeia os melhores anos de sua vida.
O problema de Sinclair-Cummings era fazer desaparecer
aquele papel. Não podia deixar que o encontrassem nalgum lugar do beco, na
roupa ou no corpo. Se aquela prova caísse em poder dos policiais, perderia o
direito à vida, à liberdade e a procurar sua espécie particular de felicidade.
Ora! Sinclair-Cummings portava também um balão de látex, comprado naquele dia pra
sua filhinha. Rapidamente, antes que os policiais o agarrassem, encheu o balão,
amarrou nele o comprometedor documento cum pedaço de barbante e o soltou. Segundo
relatou o jovem Yaffe, a pressão
atmosférica fez o resto, o balão subiu acima dos cinco andares da parede
vizinha e sumiu até sempre.
Então aconteceu a verdadeira tragédia. Um balão
cheio de ar soprado por um ser humano não se eleva acima do solo. Uma lição de
aeronáutica primária que Yaffe e o diretor deste magazine não esquecerão. Pra se
elevar, o balão teria de ser enchido com gás mais leve que o ar, e, como muitos
leitores advertiram, Sinclair-Cummings não tinha recipiente de hélio escondido
na roupa.
Quando o balão do conto desapareceu no ar, o
jovem senhor Yaffe, com a colaboração negativa do diretor deste magazine,
violou as leis da física: Em único e traiçoeiro vôo da fantasia toda a trama da
história se desconjuntou, explodiu e se desintegrou sem deixar traço de verossimilhança
perceptível ao olhar humano.
As cartas que chamavam a atenção do diretor do
magazine a essa afronta à ciência começaram como fina garoa, se encorparam a
cada visita do carteiro, até que, finalmente, um dilúvio. A maior parte dos
leitores que pegaram a pena com esse fim mostrou muita consideração pela
juventude de Yaffe e pela ignorância do diretor. Alguns não revelaram tanta
consideração, protestaram, tripudiaram, empregaram linguagem rude, e
infringiram doutros modos a regra de ouro. Pois, sem dúvida, todos cometemos
engano numa ou noutra ocasião, e só quem nunca errou deve atirar a primeira
pedra. Mas a grande maioria dos leitores foi bondosa e tolerante. E apresentamos
sincero agradecimento à lealdade e moderação. Os outros poucos, segundo
esperamos, já devem ter arrefecido, compreendendo que pode acontecer engano até
no melhor dos magazines. E é de caso pensado que dizemos: O melhor dos
magazines.
Vô Pedro Vô Kiko Vó Dica
E olhes o volume, nada cheio, bem brasileiro
A cada dia
mais e mais falsificação. Talher que se diz inoxidável mas que enferruja, cabo
de escumadeira que quebra logo, cabo de vassoura que se quebra na primeira
varrida, mause que não dura 1 semana, pitsa de queijo que é gordura, pão
integral que de integral só tem o nome, iogurte com pedaço de fruta que é goma,
caixa-de-som que não presta…
Mangueira se
acha de qualidade, mas torneira, cano, pode ser Tigre ou o diabo.
Tem gente que
acredita que o xampu mel é de mel mesmo…
E como acreditar
que tal produto é mesmo orgânico como diz a embalagem?
Induartesanal?
Achas que não faz mal
É o artes-a-mal do
industrial
mau, mal-e-que-mal
Haja cara-de-pau!
Glauder contou
que estava no Mercadão. Uma mulher ao lado pediu um doce-de-leite artesanal. O vendedor
garantiu que era. Quando ela saiu, como tinha acabado o estoque na prateleira,
o vendedor foi ao fundo e abriu um balde de doce-de-leite industrial.
Noutra vez
contou sobre o mel Vovô Pedro.
Disse que o
Vovô Pedro não é mel. Não cristaliza. Que provavelmente dão xarope de açúcar às
abelhas. Os vendedores de mel de qualidade tem entressafra, enquanto Vovô Pedro
sempre tem.
Amônia refrigerante
(duplo sentido)
Parecia que era pra
gelar Coca-cola, Taí, Fanta…
Teu passado é uma bandeira
Teu presente uma lição
Figuras entre os primeiros
de nosso esporte bretão
O compositor
do hino do Corinthians (Eta!, nome
feio) cometeu o mesmo erro do roteirista de Logicomix.
Bretão? Então o futebol não nasceu na Inglaterra e sim na França? Além do quê
não é esporte mas desporto.
Esporte é
quando se vai jogar pingue-pongue na varanda de casa, vôlei-de-praia em
fim-de-semana com os amigos. Um time profissional não joga por esporte. É
desporto.
No livro A bola é uma história (Crônicas de
futebol), de Cacalo Fernandes, com excelentes crônicas com relatos e
curiosidades do mundo futebolístico, o recorrente erro dos jornalistas
desportivos: Chamar o campeonato fluminense de campeonato carioca.
Coleção
de cartão-postal de Joanco
bom. ótima postagem.
ResponderExcluiredson tayrone. recife\pe.
Obrigado, Edson
ResponderExcluirEsta revista é muito boa
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