Che Guavira - sítio literário: Planeta 227

sábado, 2 de novembro de 2019

Planeta 227

Planeta 227, 08.1981

Mais um número da excelente revista infelizmente algumas vezes voltada demais ao espiritismo. O artigo final é absurdo de tão fantasioso, mas a revista é eclética e tem matéria excelente.

A nota sobre notícia ruim permanece atual, ainda mais premente, e é preciso levar a sério o conselho dos terapeutas

https://www.youtube.com/watch?v=sLpmZsVGa_0

Milenio 3 - La maldición del curu

Muito detalhe sobre a terrível doença, o curu, causado por príon, resultado do canibalismo. Até a década de 1990 era desconhecido. Até então se considerava que a ojeriza ao canibalismo era apenas cultural.

Também os terríveis males causados pela consangüinidade permaneceram ignorados durante muito tempo.

É muito importante que os apologistas, defensores e simpatizantes de perversões sexuais reflitam sobre sua irresponsável mentalidade.

Muera el roto Piñera!

Parabéns Venezuela

Ganhou uma vaga no conselho de direito humano na ONU

Coleção Cartão-postal de Joanco

Um comentário:

Anônimo6 de dezembro de 2019 às 12:31
por favor publiquem mais downloads dessa revista Planeta que era muito boa, hoje não se acha em lugar nenhum da internet, só aqui, e quem tem em papel não vende ou se vende , vende cara porque é uma raridade.
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Guavira (Campomanesia pubescens), arbusto da família das mirtáceas, típico do cerrado de Mato Grosso do Sul. Não confundir com a guabiroba, que é uma árvore. O município de Bonito oficializou a última semana de novembro como o festival da guavira. Da saudosa violeira Helena MeirellesFlor de guavira é a música-título dum de seus cedês.

O comentário de minha amiga Brita Roosen-Runge, de Gramado, RS, ao receber um pacote de guavira:

Hummmm... É muito boa... Pensei que teria o sabor parecido com a guabiroba mas, que nada! Bem melhor!

Vou semear e deixar na estufinha. Ali estarão protegidas e controlarei melhor.

Aqui chovendo, para variar um pouco! e frio.

Como a casca da fruta tem um sucedâneo da cachaça, se diz que comendo muita fruta se embriaga, como os elefantes comendo amarula. Há até uma expressão proverbial, filho da guavira, gravidez da guavira, da conseqüência de se convidar a namorada a catar guavira. Mas com ou sem embriaguês, o caso é que quem nunca provou a guavira não viveu. Nada mais lógico que unir os dois sabores porque chupar guavira é, como diz o samba em relação ao café, gostoso como um beijo de amor.

Sabor de guavira

Criança jogando bolita, soltando pandorga Guavira florida, toda catita, vestida de noiva e um gelado tereré, tudo se entorna numa doce frutinha bonita.

De indescritível, inefável aroma

Inebria quem muito a coma

Esperado em novembro meado

Cresce no campo sem ser semeado

Vamos ao campo catar guavira

enquanto ainda há guaviral

Logo só cimento e matagal

pois é caju quem não se vira

Pois nesse arbusto pequeno contido

numa sinestesia um só comprimido

a resultante de todo sentido

Vamos, sintas comigo:

Esperado como noite de Carnaval

singelo como sorriso de criança

bonito como peito de mulher

e gostoso como um beijo de amor

Che Guavira une o rompante de idealismo ingênuo de Che Güevara ao doce e inefável sabor exótico da guavira: Lutar sem perder a ternura.

Che, em guarani, é tanto o pronomemeu (Che memby,meu filho, no Paraguai pronunciado xe, não tche) como a forma de tratamento seu (seu Artur, dom Artur).

O pseudônimo nasceu assinando uma série de panfletos satíricos muito populares, fustigando os poderosos, Judicéia desvairada. Che Guavira, O che-güevara da letra, cuja arma é a caneta ou o teclado e cujo inimigo a ser derrubado não é o governo nem o sistema mas os preconceitos. Consta que Einstein lastimou ser mais fácil partir um átomo que quebrar um preconceito.