[Tentei centralizar o título, mas não vai. Nem o espaçamento posso controlar. A cada atualização fica pior. Não se faz mais programador como antigamente.]
Cogito passar a postar escaneio sem restaurar, porque
come muito tempo, só montando, balanceando cor, desinclinando e cortando
Qual tua opinião?, leitor
Os gibis daquela época são
prato-cheio pra quem estuda história das mentalidades
Eis mais um lance (segmento
formando caderno de 16 páginas) deste gibi edição especial, apesar de muita
puerilidade, muito carregado ideologicamente.
Um magistral conto de Malba Tahan
expondo um conceito de valor militar. Malba era produto de seu tempo ou não
podia peitar a ideologia vigente. O valor militar expresso no conto é muito
bonito e essencial prà instituição militar mas é valor anti-humano e nos remete
a urgentes reflexões sobre obedecer cegamente a ordens incorretas e mesmo
criminosas, praga que assola a humanidade desde a origem.
Tem um texto metendo pau no regime
monárquico brasileiro, e outros, sempre louvando Estados-Unidos e todo aquele
blablablá sofista de democracia e liberdade. Já vem dali o vício de chamar
Estados-Unidos de América e os ianques de americanos,
justamente os que são os menos americanos de todos, e a lavagem cerebral pra
louvar Estados-Unidos como guardião da democracia e da liberdade, afinal tudo
faz parte duma máfia que controla a imprensa, sendo assim fácil lavar a cabeça
da população. Como nos enredos de Zorro, onde a ordem é caricaturar os espanhóis
como um bando de panacas trapalhões, enquanto Zorro encarna o imbatível heroísmo
ianque.
Um pueril e muito ruim enredo de
Super-homem contra os nazistas, com todo o estereótipo e incorreção do gênero,
até Mussolini saudando camaradas!. Vos
lembrai daquela de O guri, onde os
chineses saudaram os viajantes com Saionara!?
Nesse quadrinho as personagens
principais passam o enredo todo xingando os adversários e louvando seu lado. Ter
as crianças como público-alvo não serve de pretexto pra negligenciar a
qualidade, como o faz a grande massa de escritores de literatura pretensamente
infantil. Infelizmente autores sem talento se refugiam no segmento infantil,
onde se é bem pouco exigente. Felizmente essa doutrinação através de ficção não
funciona, como já expliquei noutro texto.
O discurso de Papai Noel também
parece muito bonito mas nada tem de ingênuo nem inocente. Está defendendo a
ideologia globalista hostil a todo nacionalismo. É por isso que se difama o período
monárquico, se deforma a história caracterizando a guerra do Paraguai como
genocídio, por exemplo. No Paraguai pós-guerra Solano López foi execrado como um
irresponsável quem levou o país à derrota total, mas hoje é considerado herói
nacional, obra da Maçonaria.
Também vemos na frase de Míriam Não é possível ter natal sem Papai
Noel, mais uma mensagem consumista e anti-cristã.
No final outro discurso de Papai
Noel, dizendo que são inúteis os esforços pagãos pra suprimir o Natal. Ali vemos
o antigo e abusivo estereótipo do vocábulo pagão.
Mas é justamente esse absurdo papai-noel do consumismo, vestido de vermelho,
com trenó e renas voadoras, invasor a chaminé, a quem se pede realizar desejo,
portanto êmulo o próprio gênio de Aladim, o melhor exemplo daquilo que
impropriamente chamam paganismo?
https://www.youtube.com/watch?v=5oIkpAR1-Lk
La verdad sobre la segunda
guerra mundial (1941–1945) parte 1
https://www.youtube.com/watch?v=yUfTrUtTBBQ&feature=youtu.be
La verdad sobre la segunda
guerra mundial (1941–1945) parte 2
Nestes dois pequenos vídeos uma
russa colhe o depoimento de sua avó com três anos de idade durante a invasão
alemã. Contou que os alemães que se instalaram em sua casa (Os homens estavam
na resistência partisã) as tratavam bem. Até ofereciam doce às crianças. No vaivém,
quando os alemães se retiravam e russos ocupavam o local, muitas vezes acontecia
o chefe russo ocupar o aposento mais cômodo e aquecido, sem se importar como
ficariam os moradores. Vos lembrai do PR (príncipe regente), que o povo
apelidou Ponha-se-na-rua? Ou seja: Há gente digna e indigna nos dois lados. Tudo
muito diferente do maniqueísmo infantilizante dos enredos roliudianos. Pois vejas
que no quadrinho Papai Noel foi seqüestrado pelos nazistas e o povo faz chacota
de si e do que representa. Nada mais falso. O povo alemão era alheio aos
delírios místicos dos dirigentes nazistas.
Coleção cartão-postal de Joanco
Olá amigo!
ResponderExcluirEm relação à sua pergunta, minha humilde opinião é a de que, se o scan estiver dando muito trabalho para restaurar, talvez seja mais produtivo disponibilizá-lo sem tratamento mais pesado. Claro que ler um scan tratado, com cores ou arte P&B nítida é muito melhor, mas quando o serviço se torna por demais cansativo, a opção original talvez seja mais interessante. Especialmente para você, para que a atividade deixe de ser cansativa e se mantenha prazerosa, como um lazer.
Em tempo, vendo os cartões postais italianos, percebi que já se vão 5 anos do passamento do Joanco. Descanse em paz.