sábado, 25 de fevereiro de 2017

A linguagem tem de ser depurada. A revista usa muito a forma O que é que tem isso? Em vez de O quê tem isso? De modo que é uma profusão de o que é que.
Por exemplo, neste número, no conto Ultraviolento, o enredo predomina entre três personagens: Floriano Slappey, Mórbido Watkins e Willie Grease. Ora diz Floriano Slappey, ora Floriano, ora dom Slappey. Noutros casos, além dos nomes, alterna referência com o psicólogo, o chinês, etc. É ruim pro leitor, pois é mais cansativo e confuso. O certo é apresentar as personagens com o nome completo e então padronizar. O uso doutra forma de referência, seja ou não mais formal, quando é diálogo, a forma que outra personagem usa.
Não sei se o autor ou o tradutor, mas a barafunda dessa múltipla referência nominal faz com que a redação se confunda, não sei se obra do autor, do tradutor, e no meio da trapalhada o revisor. Na tradução ao português, em papel:
[…] Mórbido e Watkins contaram o ganho […]
Tem de ser Mórbido e Willie (ou Walkins e Grease), porque Mórbido e Watkins são a mesma pessoa!
Além de ser tremenda desarmonia estética se referir aleatoriamente às personagem com o nome, ora sobrenome, ora ambos. E citando duas na mesma frase, uma com o nome e a outra com o sobrenome, e trocando o sobrenome da segunda pelo do primeiro.
Outro problema de tradução são as medidas. Não faz sentido o tradutor não converter medidas como pés, milhas, jardas, polegadas, etc, ao sistema métrico. Acontece até o absurdo de apresentar temperatura em grau farenaite.
Neste número datilografei quatro páginas porque a impressão em papel nelas está muito ruim, não obtendo boa leitura do OCR.
Comunicado de la NASA: 3 Exoplanetas habitables, uma farsa. Mas precisa dizer exo? Também vi manchetes tipo extraterrenos doutros planetas. Dizer exoplanetas é como dizer países estrangeiros.
● Os apocalipsismaníacos disseram que Obama seria o último presidente, que o de 2016 seria o último natal, que a tal Elizabete a última rainha, que o atual seria o último papa… Ainda bem que ninguém disse que este é o último carnaval.

Novo blogue de gibi hispânico, de Hasieran
Micos de brasileiros na visão dum ianque (e outras diferenças culturais)
Disse que lá estranham ver brasileiro tirar foto de esquilo, pois é apenas um rato. Bom… Capivara também é um roedor. Aqui ninguém hesitaria em fotografar as araras, dizendo que é apenas um periquito. E quem fotografa esquilo pode o fazer pra mostrar à sobrinha ou ao neto, que só conhece o Tico & Teco.
Que ianque não escova dente depois do almoço e não consegue comer pitsa em guardanapo sem comer o guardanapo. Fez lembrar que em Londres servem batata frita embrulhada em jornal.
Disse que não tem restaurante bom na praça Times. Pela cara que fez o entrevistado, Kyle, que antes ouvi Caio, o Olive garden é uma droga.
Faz lembrar o povo que pensa que Ferrero Rocher é bombom chique. Também o que Vera A Buck contou no livro Histórias de mar, a droga que é ir ao Taiti.
Muito legal o papo sobre diferenças culturais.

Coleção de cartão-postal de Joanco



3 comentários:

  1. Estimado senhor, bom dia e bom Carnaval. Desejo saber com o senhor, quando será disponibilizado no seu site mais edições da revista Planeta? Desde já agradeço a vossa atenção e excelente trabalho. Atenciosamente, José Palmeira.

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  2. Elley Queen Magazine digital é uma pérola da internet.

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