quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

● Eu estava sentado numa sala-de-espera. Numa mureta na parede em frente, a alguns metros, uma garrafa vazia que supus ser de uísque, com o nome aparentemente alemão em letras góticas. Como sou míope não distinguia direito o nome. A figura parecia uma caveira do protótipo do álien cinza, de cabeça oval, mais largo no alto e fino no queixo. Pondo o óculos vi que era ilusão ótica. Na verdade era um cervo, rena ou alce com grande galhada. O nome é Jägermeister (caçador-mestre).
Então pesquisei na internete. É um licor composto por 56 ervas. Diz que é a nona bebida mais consumida no mundo.
Conta a lenda que Huberto era um dos melhores caçadores de sua época. Impiedoso e sistemático, ao entrar na mata se deparou cuma figura lendária: Um cervo branco com enormes chifres reluzentes e uma cruz entre os chifres. Na verdade tal cervo sem a cruz pode ser chamado de gamo-rei ou espírito-da-floresta, tanto que aparece até no filme Branca-de-neve e o caçador. Ao ver o veado sagrado, se converteu ao cristianismo. Após a morte se tornou santo Huberto, o caçador-mestre. Depois de escolher o nome foi a vez do lema, que seguiria o mesmo pensamento: A imagem do cervo eminente, tal qual uma carranca na proa, estampa as garrafas até hoje. https://www.papodebar.com/conheca-o-jagermeister/
O cervo branco fantasmagórico é uma personagem recorrente no lendário terrorífico. Em muitas lendas e contos aparece o cervo branco, que engana e desgraça o caçador, mesmo nosso Anhangá, raiz tupi, em guarani Anhá, de Anhangüera, o que tem parte com o Diabo.
 Está explicado porquê é uma bebida tão exitosa.
● Sobre o mau-gosto do Abba, ou dos produtores. Era um grupo cujos componentes tinham base muito sólida de conhecimento musical, mas como visava o público mundial era muito brega. Gosto 50%.
Um vídeo iutúbico sobre a Suécia disse que o vestuário do grupo era propositalmente brega pra não ser imitado pelo público sueco, pois isso geraria cobrança de imposto. Coisa das leis deles lá. Sei-lá.

Mais capas erradas

Português esculhambado já é ruim. Quando tem erro no índice é pior. Mas erro na capa é de lascar. Como nas placas e cartões, se imagina que o processo passa nas mãos de várias pessoas. Nenhuma aponta o erro?
Quando vejo um erro na conexão dalgo pra baixar, raciocino logo que com tanta gente que baixa, inevitavelmente alguém avisará e logo poderei voltar e estará corrigido. Mas os dias passam e tudo fica como está. A explicação é a simplesmente a nada simples psicologia humana. Se tenho esse comodismo onipresente tipo a expressão indignada Alguém tem de fazer alguma coisa!, os outros também. É o mesmo fenômeno do garoto talentoso, cujo professor, parentes e amigos vaticinam um futuro brilhante. Mas esse êxito nunca chega porque um potencial mecenas acha que há muitos outros mecenas, portanto inevitavelmente um caça-talento o descobrirá.


Quando é algo tipo na base de, não tem crase: Pagamento a vista (Basta comparar com uma versão em masculino: Pagamento a prazo, não ao prazo), fogão a lenha (Fogão a carvão, não ao carvão), barco a vela (Barco a dísel, não ao dísel), trancado a chave (Trancado a trinco, não ao trinco), desenho a mão, grifo a caneta (Grifo a lápis, não ao lápis), atentado a bomba (Atentado à bomba, só se a bomba for a vítima), assalto a mão armada (Idem), levado a força (À força, só se for levado aonde tem uma tal de força) pintura a óleo…

 

A capa do filme diz Canibais humanóides ululantes demoníacos. Vendo a figura penso Se são canibais, então comem os de sua espécie. Então é filme de terror pra eles. Não pra nós. É como a piada do filme de terror pra frango, um bando de frangos no cinema, vendo uma cena daquela máquina giratória que assa frango, a famosa televisão-pra-cachorro. Mas o filme CHUD é sobre humanos, contaminados por lixo tóxico, por isso convertidos em monstros antropófagos. Se são antropófagos, sejam o quê forem, são terror pra nós.
Então se o adeene foi alterado, virando outra espécie, se são antropófagos não são canibais.
Se o adeene permanece humano e são antropófagos, são canibais.
 
 Na capa desse número de Margarida puseram estelas em vez de estrelas. A página onde começa o referido conto o confirma.


Pois é o que acabei de falar: Autor, editor, revisor, capista, etc. Ninguém sabe a diferença entre pedólatra e podólatra? Ou seja: Entre os prefixos pedo e podo? Pior só aquele do contos peruanos.
Aqui posso errar, pois toda minha equipe é composta por Eu, mim e me. Mas numa equipe, passando vários estágios, ninguém percebe ou não se atreve?




Já falei sobre esse típico português-de-jornalista doendo bem na capa.
Uma vez é busca pelo, noutra tascam um busca de, em vez de busca ao.
Do avesso, pelo avesso, em vez de ao avesso.
Tão arbitrário e desarmônico e dolorido quanto os arbitrários à noite, de dia, pela manhã.
Vícios que ocorrem também em castelhano.



Coleção de cartão-postal de Joanco

 

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