A história verídica e
espantosa de três advogados brilhantes que puseram sua inteligência a serviço
dos fora-da-lei
Título original ianque: Defenders of the damned
Um livro esplêndido
Se diz que muitas vezes a
realidade supera a fantasia. Aqui vemos a realidade do mundo criminal, muito
mais rica que na moralista e maniqueísta literatura policial. E o principal que
falta na literatura policial: Muito humor e ironia. Como os conceitos dum dos
três biografados, Darrow:
Raramente
aceitava alemão ou sueco pra jurado. Afirmava que os alemães eram muito
obstinados nas crenças e que os suecos eram cabeças-duras. Há quem atribua a
Darrow a origem da piada, talvez surgida num momento de amargura, de que a
única coisa mais estúpida que um irlandês estúpido era um sueco inteligente. Os
jurados prediletos de Darrow eram os irlandeses e judeus. Os achava muito
emotivos e fáceis de se comover. O júri perfeito, na opinião, era o formado por
seis irlandeses e seis judeus. Certa vez comentou:
—
Dai a mim um júri assim e livrarei Judas Iscariotes com simples multa de 5
dólares.
Na vida real não existe gênero. Ninguém
vive um enredo de terror, comédia, etc. Na vida tudo se mescla com muita
complexidade. É por isso que o mundo real é muito mais interessante que a mais
interessante ficção.
Já disseram que Edgar Allan Poe
era inteligente demais pra escrever terror pelo terror. E isso não implica em
extremo realismo, o que é outro extremo indesejável.
Gosto do gênero policial mas
detesto os filmes e livros com enredo em tribunal. Não suporto seu excesso de
formalismo, seu elitismo e suas babaquices. Por isso não gosto do seriado Jornada nas estrelas (Star trek). Não só pela ausência de
humor mas pelo excesso de formalismo marcial, a todo momento um tratando ao
outro como senhor, como se num
quartel.
Em nossa civilização o tribunal
não passa dum teatro onde se brinca de salomão pra aplacar o populacho
imbecilizado, onde as decisões são interpretativas, circunstanciais, relativas.
Realidade estupendamente desnudada por este livro.
O leitor tomará consciência do
quão fácil é manipular o tribunal de júri, essa instituição esdrúxula e
demagógica que, como a democracia, não funciona e não pode funcionar.
Este livro te ajudará a despertar
do sono e ver o mundo jurídico como realmente é.
Nunca mais verás um tribunal como antes.
O rei está nu!
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Aqui em Mato Grosso do Sul bola-de-gude é bolita. Nada de pipa ou papagaio. É pandorga. Não gosto dos termos pipa
e papagaio pra pandorga, pois são outras coisas. Até em castelhano esse objeto tem
nome impróprio, remetendo a outra coisa: Cometa.
Corrida de cavalo é carreira. Aqui
temos um vocábulo pra fruto que está maduro demais, já passando do ponto, pachucho. Apesar de estar nos textos
regionais, nenhum dicionário registrou o vocábulo, grande ou pequeno, antigo ou
mais recente: Ruth Rocha, Silveira Bueno, Globo…
E tomes notícia hospicialeira na internete! É
arqueólogo que diz que recolheu o adeene de Jesus, notícia de que o acelerador
de partícula ressuscitará Nemirode pra que governe o mundo, que o planeta
Trapista 1-E (Os trapistenses fizeram voto de silêncio?) é muito parecido com a
Terra… Erraram feio com Plutão mas não dão o braço a torcer, mantêm a pose e
continuam fingindo ser cientistas quando são animadores de auditório. Na
internete tem notícia de todos os tipos de fantástico que se possa imaginar.
Mais literatura que ciência. O que parece é que ressuscitaram Lovecraft pra
administrar a internete.
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Neste mundo desvairado, não era de estranhar
eu ser parabenizado pelo dia da mulher.
Hoje, o tal dia das mães, almoçando na casa
de Ramão, um amigo seu pediu pra falar com Emiliana, e deu um efusivo, meloso e
piegas parabéns pelo dia das mães, patati-patatá. Mas Emiliana não é mãe! O casal
optou não ter filho.
Pelo que entendo desde criança, no dia das
mães cada um festeja a sua. Mas nos últimos anos vi deformar esse conceito,
cada um se vendo na obrigação de parabenizar a todas as mães! Bom… Se
Papai-Noel pode entregar presente pra cada criança… Talvez Papai-Noel entregue
presenta apenas pra cada criança boa, o que reduz enormemente a tarefa!
Dizem que um dos motivos do fim do paganismo
era porque os rituais ficaram tão complexos, que já não se podia mais. É o que
ocorre no mundo consumista, a nova religião de culto às datas. É dia disso e daquilo, daquele e daqueloutro. Haja planilha
pra se lembrar do dia de cada coisa e do aniversário de cada um. É a suprema
imbecilização.
Já quantos amigos e colegas contaram que era
só esquecer o dia da mulher e a esposa já ficava emburrada.
Felizmente desde 2008 moro sozinho e não
tenho contato social. Só de lembrar da vida em família e suas supremas
babaquices fico arrepiado. No aniversário dum familiar todos fazendo vaquinha
pra dar o presente. Chega o do outro e o mesmo. Só os peões deslocam uma peça. E
fica eternamente essa sem-graceira que leva a nada e nada significa. Um horror.
Uma repartição onde distribuem flor no dia da
mulher, supra-sumo da babaquice, pode parecer lindo na cabeça do zumbi
imbecilizado pela mídia, mas na verdade é um horror. Está mais pra Kafka,
Murnau ou Fritz Lang.
É preciso reformar o calendário, extinguir
essa praga de dia de. Um mundo sem
fogo-artificial, data comemorativa nem som alto.
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Aqui fotos do semáforo que de longe fica
atrás do poste. Ainda bem que tem outro central. Avenida Júlio de Castilho com
Nioaque.
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Sobre o sotaque brasileiro ser muito atraente
pra qualquer língua:
3:33
2:00
Coleção cartão-postal de Joanco
ótimo blog. poderia postar livros da serie 007 ?
ResponderExcluirparabéns, muito bom!
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