Por quê Rítler
não usou suas superarmas?
Artigo
da revista Planeta 008, 04.1973
● Dizem o tempo todo que se tem de fazer checape de saúde
todo ano, patati-patatá, mas é mais uma conversa-fiada. Ramão andava com
recorrentes e misteriosas altas de pressão. Tanto exame e nada aparecia. Já não
queria mais ir ao posto-de-saúde, a tal UPA, pois já passava por hipocondríaco.
Um médico perguntou:
— O senhor bebe, né?
— Não. Nunca fui bebedor.
— Mas já bebeu. Né?
Quase *@#!¢¡ Só faltou perguntar se beberá. A tal sentença
de que quando o povo fala é porque foi, é ou será.
Mas enfim teve de ir novamente, e novamente nada tinha. Só
uma tomografia particular detetou uma infecção num rim. A decisão foi extrair o
rim, mas na operação se decidiu tirar só a metade.
Na semana antes da cirurgia levei o casal às sessões diárias
de soro com antibiótico na UPA.
Estacionado na frente do posto, no lado oposto
da avenida, observei como os carros se comportavam ao fazer a conversão
conforme a figura acima. Poucos fazer de forma correta, A. Quase só
auto-escola. Até taxistas e outros profissionais o fazem entrando na contramão,
B.
Numa das vindas passamos no açougue, aquele do recanto dos
folgados. Estacionei na rua perpendicular, bem na ponta da garagem da casa
seguinte. Chuviscava. Emiliana foi, porque Ramão estava debilitado e por isso estava
no banco traseiro. Chegou um carro e embicou pra entrar. Subiu o portão levadiço
ao controle-remoto mas o carro não entrou. Saiu o motorista, de chapéu, na
chuva, entrou e fechou o portão. Logo mais o portão abriu e fechou de novo. Então
abriu mais uma vez, o sujeito saiu na chuva, entrou no carro, fechou o portão e
foi embora. Ficamos questionando o motivo do sujeito não entrar e sair com o
carro, já que pode abrir o portão dentro do carro e tinha espaço pro carro
entrar. Decerto o sujeito tinha lá suas razões, vá-saber quais!
Em seguida passou uma senhora gorda com guarda-chuva,
dizendo:
— Mas quê calçada escorregadia!
Não escorregou, movimento brusco, nada. E foi ao açougue. Então
veio Emiliana, contando que no açougue a mulher contou que caiu na calçada.
— Mas olha, quê mentirosa! Passou agorinha aqui…
Me fez me lembrar do livro de Edmund Pearson, cujo capítulo
sobre a bicicleta verde postei há pouco. Num capítulo fala sobre as mentirosas
compulsivas, mitômanas, e até um caso estarrecedor do século 18, onde uma
garota caiu na farra e voltou cuma estória mirabolante de seqüestro, o que
levou a sérias implicações criminais contra inocentes. O autor refletiu sobre
quantos casos de inocentes enforcados por mentiras assim já aconteceram.
● Quando a gata Branca-de-neve estava se recuperando, Ramão
vinha todo dia pra ajudar a renovar o curativo. Ficamos assombrados com a ação
da pomada cicatrizante homeopética da CRM
homeopet. Homeopética porque é homeopática pra pete. Não é pomada pra
passar na garrafa. Pete é um anglicismo pra cão e gato. E a reciclagem de pete
não é cão e gato virando tamborim, churrasquinho e sabão, mas as garrafas. Em poucos
dias uma área grande esfolada dum ponto que abriu fechava estreitando o círculo
cada vez mais. Parecia aquelas cicatrizações rápidas do Hulk. Emiliana passou
num dedo que custava cicatrizar. Santo remédio. Ramão perguntou ao médico, se
tem essa pomada pra gente. Parece que não.
É por essas e outras, que mesmo tendo Cassems, se eu
precisar de tratamento quero ir aonde levo meus gatos, porque os bichos recebem
tratamento muito melhor.
● Neste segundo turno, como somos obrigados a participar
dessa odiosa palhaçada que é a grande mentira da utopia democracia, fui às 7h
da manhã. Na escola onde voto, pequena fila na calçada. Perto das 8h se abriu o
portão, depois outro acessando a uma quadra desportiva em cujo fundo fica minha
sessão. Mas não é que três peruas se adiantaram correndo, passando na frente? Pois
é. O povo não pode falar dos políticos, pois a malandragem é a mesma. Macaco só
olha o rabo do outro.
● Me lembrei da explicação dum gramático, de que no uso, por
exemplo João,
Maria e Helena estão atrasados, predomina o masculino não por
machismo mas porque a forma masculina a flexão é mais simples. Mas a
feministontas não observaram que em avós
a forma é feminina: Meu avós maternos eram espanhóis se
refere ao avô e à avó maternos. Como naquela minha piada onde o professor
repreende o aluno que disse Meio-dia e meio, tirando o sarro:
— Meio-dia e meia! Meio-dia e meio é um dia inteiro!
— Á! Entendi. E meia-noite?
— Meia-noite e meia. Lógico!
— Mas, professor, meia-noite e meia é uma noite inteira!
● […] Os
vários turistas estrangeiros que chegam à escola
de samba pra pedir (e pagar!) aula são um reflexo da vivência de papai em
Israel, onde se pode ter contato com pessoas de várias partes do mundo, e da
falta de conhecimento sobre o Brasil e a cultura brasileira. Muita gente no
exterior realmente acredita que se ensina samba nas escolas de samba, a qualquer um que se inscreva a um curso. […]
Coleção cartão-postal de Joanco
meu nome é edson jose e tenho 45 anos e amo ler gibis, principalmente antigos . mas hoje estou desempregado e recentemente tive um AVC, o qual deixou sequelas. eu gostaria de pedir ,por favor, que as pessoas que tiverem gibis usados ou repetidos antigos ,da disney ou HB, ou outros , e pudessem me doar , por favor, enviem para o endereço abaixo:
ResponderExcluirEDSON JOSE DA SILVA.
Rua Severino Francisco Monteiro, 134
Bairro Irmao Oliveira CEP: 55840-000
LAGOA DO ITAENGA PE.