Poucos
colecionadores conhecem
O próximo
calendário coincidente será 2024, exceto as fases lunares
Mais mosca no Comper, 21.02.2020
Agora no pão sem embalagem
Há alguns anos textos e vídeos se referem a Chico Anísio no
programa Fantástico, rede Globo, falando a mentira que é associar exercício
físico a saúde. Deve ser daqui que a informação foi sacada, Eurico Santos,
Histórias, lendas e folclore de nossos bichos, Ediouro (Tecnoprint), Rio de
Janeiro, sem data:
A tartaruga tem razão
Neste século [20] amuso e prosaico só nos lembramos da
tartaruga pela excelência da sopa que nos proporciona.
Ninguém além dum ou doutro enferrujado erudito se lembrará
de que o desajeitado animal foi consagrado a Mercúrio, quem dele fez a primeira
lira.
Mas deixando, com o devido respeito, Mercúrio e sua lira, consideremos
o animalejo rastejante e teimoso.
Teimoso, realmente, com essa extrema economia orgânica, a
tartaruga vive de dois a três séculos. Assim vem de épocas geológicas do começo
da vida no mundo, porque todos os contemporâneos já foram desta a melhor,
exceto si, teimando em não desaparecer do cenário do mundo. Monstros
formidáveis que achariam desprezíveis os quelônios se foram na voragem do tempo
e eles a todos sobrevivem, capengando e mancando.
Se atentamente estudarmos os hábitos descobriremos que o
segredo da longa vida da espécie e do indivíduo reside no calmo temperamento, pacata
índole, inatividade, pachorrice com que encara a vida.
Eis uma lição da fleumática tartaruga: Nada de esforço
violento e correria.
Autoridades científicas estão de acordo quanto à longevidade
dos quelônios.
Havia, há poucos anos, e talvez ainda esteja lá, na ilha de
Santa Helena, a tartaruga que foi vista por Napoleão.
Eufrásio Cunha, pernambucano, escrevendo num jornal de
Recife, se referiu a um jabuti que há 300 anos pertencia à conhecida família Sá
Pereira, na estrada dos Remédios, como deixei registrado em Anfíbios e répteis.
Se citam outros casos de longevidade, que não aludirei,
preferindo o testemunho do naturalista Hyatt Verrill, sobre uma tartaruga de
Galápagos, que está no jardim zoológico de Londres há mais de 1 século e que há
100 anos tinha o mesmo tamanho de hoje.
Sábios circunspectos não trepidam em avaliar a idade de
certas tartarugas de Galápagos em 400 e até 500 anos.
Como se vê, pra viver muito, a regra será economizar esforço.
Se chegarmos a essa conclusão, encontraremos logo a outra: Os
exercícios esportivos, em lugar de úteis, serão prejudiciais.
Isso, aliás, já foi dito.
Doutor Martin Gumper, em sua obra muito conhecida You are
younger than you think (És mais jovem
do que pensas), já traduzida ao português:
Os atletas campeões, por exemplo, raramente são modelo de
saúde perfeita, mesmo na mocidade. A afecção cardíaca adquirida pelo esforço
excessivo é bem conhecida, e a perspectiva-de-vida dos atletas certamente não é
melhor que a média das demais pessoas.
Estamos, pois, todos errados na conquista à vida hígida e longevidade.
A tartaruga tem razão.
Coleção Adeene
neles!
Mário
Luiz, Campo Grande, Mato Grosso do Sul
Fazenda
mal-assombrada, Minas Gerais
Coleção cartão-postal de Joanco
Calendario do Tarzan veio em qual gibi?
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