domingo, 23 de julho de 2017

Lelo 005


Alguns vícios-de-linguagem em castelhano
Em castelhano vemos quase os mesmos vícios de linguagem do português. Mas vícios não tão comuns no português são o da dupla referência e erro de tempo verbal.
Si tuviera corazón, diría que su corazón fue destrozado
Está dizendo que se tivera (teve no passado ao qual se referiria, mas não houve referência a algum tempo passado, portanto erro verbal) coração (pode ser que hoje tenha), essa pessoa diria que seu coração foi destroçado.
O uso de tuviera, tivera em vez de tuviese, tivesse. Tuviera, tivera, tivesse tido, se refere a ter razão na ocasião referida, passado. Quem diria? A omissão do pronome faz com que a referência seja à terceira pessoa. Se for a segunda, tem de aparecer o pronome, no caso eu. com que quem diria é a mesma pessoa que não tem coração.
Si tuviese corazón, yo diría que su corazón fue destrozado
Se tivesse coração, eu diria que seu coração foi destroçado
¿Qué sucedería si Greta y los demás reaccionaran ante nuestras órdenes enfurruñándose, diciendo palabras amargas, discutiendo?
Reaccionasen, reagissem
¿Qué sucedería si Greta y los demás reaccionasen ante nuestras órdenes se enfurruñando, diciendo palabras amargas, discutiendo?
O quê aconteceria se Greta e os demais reagissem a nossas ordens emburrando, dizendo palavras amargas, discutindo?
Si pudiéramos mirar hacia el tiempo, veríamos la historia entera de Montevideo pasar por allí
Pudiésemos, pudéssemos. O por é excesso de preposição. Hacia, até, mal empregado.
Si pudiésemos mirar nel tiempo veríamos la historia entera de Montevideo pasar allí
Se pudéssemos olhar no tempo veríamos toda a história de Montevidéu passar ali
Un fragmento de existencia tan muerto como si nunca tuviera lugar
Está correto porque se refere ao passado: Um fragmento de existência tão morto como se nunca acontecera (tivesse acontecido)
Si yo estuviera del otro lado, no del lado de la gente, no habría nadie que escuchara mis opiniones
Se eu estivera do outro lado, não do lado do povo, não haveria ninguém que escutara minhas opiniões
Si yo estuviese nel otro lado, no nel lado de la gente, nadie habría que escuchase mis opiniones
Se eu estivesse no outro lado, não no lado do povo, ninguém escutaria minhas opiniões
Era el último de los cinco hijos de un notario y una muchacha de la nobleza, que falleció cuando sólo tenía siete años de edad.
Era o último dos cinco filhos dum escrivão e uma garota da nobreza, que faleceu quando tinha apenas sete anos de idade.
Difícil redigir de forma mais confusa. A única forma que faz sentido e deixa claro:
Era el último de los cinco hijos de una muchacha de la nobleza y un notario que falleció cuando ese hijo sólo tenía siete años de edad.
Era o último dos cinco filhos duma garota da nobreza e um escrivão que faleceu quando esse filho tinha apenas sete anos de idade.
En la edad media surgió un retrato de Satanás más reconocible.
Fue una época de inmenso sufrimiento, que se empeoró con el brote de peste bubónica, la pandemia más devastadora de la historia humana, que mató a millones en toda Europa.
Como la Iglesia no podía proteger a los creyentes de la enfermedad, las representaciones de Satanás se centraron en los horrores del Infierno, reflejando el estado de ánimo del momento y recordándoles a los fieles que se abstuvieran de pecar.
Na idade média surgiu um retrato de Satanás mais reconhecível.
Foi uma época de imenso sofrimento, que piorou com o surto de peste bubônica, a pandemia mais devastadora da história humana, que matou milhões em toda a Europa.
Como a Igreja não podia proteger os crentes da doença, as representações de Satanás se centraram nos horrores do Inferno, refletindo o estado de ânimo do momento y recordando-lhes aos fiéis que se abstiveram de pecar.
Proteger a los creyentes contra la enfermedad, recordando a los fieles que se abstuviesen
Proteger os crentes contra a doença, lembrando aos fiéis pra não pecar
En un bosque de variada vegetación, en algún lugar de los picos orientales de los Cárpatos, un hombre estaba en una noche de invierno observando y escuchando, como si esperara que alguna bestia de los bosques apareciera al alcance de su mirada, y posteriormente, de su rifle.
En un bosque de variada vegetación, en algún lugar de los picos orientales de los Cárpatos, un hombre estaba en una noche de invierno observando y escuchando, como si esperase que alguna bestia del bosque apareciese a alcance de la mirada y del rifle.
Num bosque de variada vegetação, nalgum lugar dos picos orientais dos Cárpatos, um homem estava numa noite de inverno observando e escutando, como se esperasse que alguma besta do bosque aparecesse a alcance do olhar, e do rifle.
Pero dejemos los cohetes por el momento y retornemos al testimonio de Mercedes C, quien nos entregó una de las más completas versiones de la historia del loco de los carteles:
Mi mamá cuenta que después de un par de semanas sin noticias de su mascota, empapeló el barrio con afiches en donde se mostraba la foto del perro y la recompensa para la persona que lo encontrara. Pero el pichicho jamás apareció. Mi mamá dice que, todos los días, el pobre hombre recorría las calles despegando los avisos nuevos que tapaban los afiches con la foto de su perro.
Erro de preposição, pronome, tempo verbal. Notar como o erro de tempo verbal resulta em informação errada, pois está dizendo que o cão foi encontrado, quando quer informar sobre a recompensa a quem o encontrar (caso seja encontrado).
Outra incoerência são as frases sin noticia de su mascota, sem notícia de seu mascote, e la foto de su perro, a foto de seu cão. Nesse parágrafo a primeira pessoa é Mercedes C, recontando o que sua mãe contou sobre um homem que perdeu um cão. A mãe é a terceira pessoa, o dono do cão é a quarta, já que a segunda é o leitor. O cão perdido não pertencia à mãe de Mercedes mas ao homem, a quarta pessoa. Então sin noticia de la mascota de él, sem notícia do mascote dele, la foto del perro de él, a foto do cão dele. Na segunda referência é supérfluo dizer a quem pertence o cão, la foto del perro, a foto do cão.
Outro erro é a frase nos entregó, nos entregou, quando o certo é entregó a nosotros, entregou a nós, pois não fomos nós o que foi entregue e sim a história.
Pero dejemos los cohetes un momento y retornemos al testimonio de Mercedes C, quien entregó a nosotros una de las más completas versiones sobre la historia del loco de los carteles:
Mi mamá contó que después de un par de semanas sin noticia de la mascota de él, él empapeló el barrio con afiche en donde se mostraba la foto del perro y la recompensa para la persona que lo encontrase. Pero el pichicho jamás apareció. Mi mamá dijo que todos los días el pobre hombre recorría las calles despegando los avisos nuevos que tapaban los afiches con la foto del perro.
Mas deixemos os foguetes um momento e retornemos ao testemunho de Mercedes C, quem entregou a nós uma das mais completas versões sobre a história do louco dos cartazes:
Mamãe contou que depois dum par de semanas sem notícia do mascote dele, ele empapelou o bairro com anúncio onde se exibia a foto do cão e a recompensa prà pessoa que o encontrasse. Mas o totó jamais apareceu. Mamãe disse que todo dia o pobre homem percorria as ruas descolando os avisos novos que tapavam os anúncios com a foto do cão.
Yo me encargo básicamente de sepultar a la mayoría de los cuerpos que llegan a este cementerio, es un trabajo de mucha responsabilidad porque tengo los restos de familiares de toda la ciudad en mis manos, y por eso los trato como si fueran míos.
Dupla referência, má pontuação, erro de tempo verbal
Redundância: Se tenho os restos não é preciso dizer que estão em minhas mãos. Se pode dizer tenho os restos ou estão em minhas mãos.
Me encargo básicamente de sepultar a la mayoría de los cuerpos que llegan a este cementerio. Es un trabajo de mucha responsabilidad porque tengo los restos de familiares de toda la ciudad. Por eso los trato como si fuesen míos.
Me encarrego basicamente de sepultar a maioria dos corpos que chegam a este cemitério. É um trabalho de muita responsabilidade porque tenho os restos de familiares de toda a cidade. Por isso os trato como se fossem meus.
Película Si yo fuera rica!…
Filme Se eu fora rica!…
A frase diz que está suspirando o fato de no passado não ter sido rica, quando na verdade o que suspira é o fato de não ser rica. Então a redação correta é Si yo fuese rica!…, Se eu fosse rica!...
Una energía que le augura larga vida al teatro uruguayo
Doble referencia, dupla referência
Los políticos reaccionarán cuando les ataquen a ellos, como pasó con Eta
Doble referencia, dupla referência
Los políticos reaccionarán cuando fueren atacados, como pasó a Eta
Os políticos reagirão quando forem atacados, como aconteceu ao Eta
Aquella frontera que a mí me horrorizaba
Doble referencia, dupla referência
Había estado rezando por su compañera de habitación, que había muerto en la semana anterior, y que la cama en donde estábamos sentados le había pertenecido a ella.
Había estado, havia estado, duplo verbo: Estuviera, estivera.
Había muerto, havia morrido, duplo verbo: Morrera.
Le había pertenecido a ella, Lhe habia pertencido a ela, duplo verbo e dupla referência.
…Estuviera rezando por su compañera de habitación, que muriera en la semana anterior, y que la cama en donde estábamos sentados perteneciera a ella.
…Estivera rezando por sua companheira de quarto, que morrera na semana anterior, e que a cama onde estávamos sentados pertencera a ela.

Nunca encontré atractivo en pisar lugares tan pesados como los cementerios
Os lugares são os cemitérios
Nunca encontré atractivo en pisar lugares tan pesados cuanto los cementerios
Os lugares não são os cemitérios
Willets lo mandó llamar a la policía, pero a mí me hizo quedarme
Willets lo mandó llamar a la policía, pero a mí me hizo me quedar
A mí me hizo me quedar, tripla autorreferência. Aqui a vírgula é opcional, questão de estilo.
Willets lo mandó llamar a la policía, pero hizo me quedar
Willets lo mandó llamar a la policía, pero me hizo quedar
Willets o mandou chamar a polícia, mas fez eu ficar
Carvajal mandó a un negro que le cortara la cabeza, porque Puelles no le dejó apear, diciendo ser bajeza. El mismo Puelles tomó la cabeza y la llevó a la picota, la mostrando a todos.
Carvajal mandou a um negro que lhe cortara a cabeça, porque Puelles não lhe deixou apear, dizendo ser baixeza. O mesmo Puelles pegou a cabeça e a levou à picota, a mostrando a todos.
Carvajal mandou o quê a um negro que lhe cortara a cabeça?
Se teve a cabeça cortada, como pôde mandar algo?
Redação muito confusa
Había cumplido su palabra de romper la primera lanza, y fue el último en dejar de combatir. Herido gravemente, rodeado de enemigos, cayó al fin, casi exánime, a un golpe de hacha. Reconocido por un soldado de Pizarro, acudió el licenciado Carvajal, hermano del que fue muerto por el Virrey; y después de insultarle se disponía a rematarle con su mano, cuando el capitán Puelles, improbándole su conducta, mandó a un negro que le cortara la cabeza. Entonces, su cabeza fue paseada y exhibida ruidosamente por las calles de la ciudad. (Aguirre Abad, Bosquejo histórico del Ecuador, página 115)
Cumpliera su palabra de romper la primera lanza y fue el último a dejar de combatir. Herido gravemente y rodeado de enemigos, cayó al fin, casi exánime, por un golpe de hacha. Reconocido por un soldado de Pizarro, acudió el licenciado Carvajal, hermano del que fue muerto por el virrey. Después de lo insultar se disponía a lo rematar con su mano, cuando capitán Puelles, improbando su conducta, mandó a un negro cortar la cabeza. Entonces la cabeza fue paseada y exhibida ruidosamente en las calles de la ciudad. (Aguirre Abad, Bosquejo histórico del Ecuador, página 115)
Cumprira sua palavra de quebrar a primeira lança e foi o último a deixar de combater. Ferido gravemente e rodeado de inimigos, enfim caiu, quase exânime, por um golpe de machado. Reconhecido por um soldado de Pizarro, acorreu o licenciado Carvajal, irmão do que foi morto pelo vice-rei. Depois de o insultar se dispunha a o executar com a própria mão, quando capitão Puelles, desaprovando sua conduta, mandou um negro cortar a cabeça. Então a cabeça foi exibida percorrendo ruidosamente as ruas da cidade. (Aguirre Abad, Bosquejo histórico del Ecuador, página 115) http://www.enciclopediadelecuador.com/personajes-historicos/blasco-nunez-vela/
Estudió para poder ser médico
Estudió para ser médico
Del alto de los árboles pudieron ver a los que pasaban
Del alto de los árboles vieron a los que pasaban

Entonces Aguirre escribió su famosa carta a Felipe II, desafiando su poder, lo colmando de injuria.
Se refere a Aguirre, que enviou uma famosa carta ao rei Felipe II, desafiando o poder de Felipe II. Mas vede a confusão de pronome na redação acima. Sua famosa carta e seu poder na mesma oração. A primeira pessoa é o redator, a segunda é o leitor, a terceira é Aguirre, a quarta é Felipe II. Seu, sua só pode se referir à terceira pessoa, portanto a famosa carta é de Aguirre e o poder desafiado também. Mas não é. O poder que foi desafiado é de Felipe II, portanto há erro pronominal na redação. Corrigindo:
De él, dele, se refere à quarta pessoa, Felipe II.
Entonces Aguirre escribió su famosa carta a Felipe II, desafiando el poder de él, lo colmando de injuria.
Então Aguirre escreveu sua famosa carta a Felipe II, desafiando o poder dele, o crivando de injúria.
Ratas se comen una niña de tres meses mientras mamá rumbeaba
Excesso de pronome e erro de tempo verbal
Ratas comieron una niña de tres meses mientras la mamá rumbeaba
Ratos comeram una menina de três meses enquanto a mãe rumbeava
Uma esquisitice do castelhano popular é usar o pronome se pra verbo que não é transitivo indireto. Ratos se comeram seria um caso de autofagia.
Ya tened, pues, a grandes rasgos, la historia del Perú, que, como visto, está bastante vinculada a la nuestra. Me olvidé de hablar sobre la última guerra que tuvo esta nación: La guerra con Chile.
Já tendes, pois, a grosso modo, a história do Peru, que, como visto, é muito vinculada à nossa. Me olvidei de falar sobre a última guerra desta nação: A guerra contra o Chile.
No texto desse fragmento é um espanhol visitando o Peru e contando aos sobrinhos, na Espanha, como é o Peru. Se o narrador está na Espanha não pode dizer esta nação, pois se refere ao Peru, não à Espanha, onde estão. Teria de dizer aquela nação.
A guerra não foi com o Chile como aliado mas como inimigo. Então guerra contra Chile.
Hola Vicente, pues te cuento que hace muchísimos años, una vecina ya mayor me contó una historia dónde ella viajaba de una ciudad cercana a la ciudad que es Guadalajara, México; y pues resulta que se baja antes de llegar al lugar a donde se dirigía y no identifica el lugar, no le parece a nada conocida y lo más extraño ocurre que todos los que ahí habitaban eran muy amables.
Problemas de pontuação. Pues te cuento, supérfluo, se já está contando (E sería Pues cuento a ti). Me contó em vez de contó a mí. Ella se usa prà quarta pessoa. No caso é a terceira. Erro de tempo verbal: Baja em vez de bajó, identifica em vez de identificó. No le parece nada, dupla negação e erro de tempo verbal e concordância. Ahí () em vez de allí, pois allí (ali) é onde está a segunda pessoa.
Hola, Vicente. Hace muchísimos años una vecina ya mayor contó a mí una historia sobre su viaje de una ciudad cercana a la de Guadalajara, México. Se bajó antes de llegar al destino y no identificó el lugar, que no se parecía a algún conocido. Y lo más extraño es que todos los habitantes eran muy amables.
Olá, Vicente. Há muitíssimos anos uma vizinha já idosa contou a mim uma história sobre sua viagem duma cidade perto da de Guadalajara, México. Desceu antes de chegar ao destino e não reconheceu o lugar, que não se parecia a algum conhecido. E o mais estranho é que todos os habitantes eram muito amáveis.
Las luces eran vistas por la noche en las ventanas del edificio
O recorrente vício de usar por em vez de em
Está dizendo que a noite via as luzes. Mas a noite não pode ver porque não é um ser vivo e não tem olho. Quem via eram as pessoas. As pessoas viam durante a noite, no período noturno, na noite, dentro da noite.
Las luces eran vistas en la noche en las ventanas del edificio
As luzes eram vistas na noite nas janelas do edifício

Coleção de cartão-postal de Joanco



4 comentários:

  1. Bem interessante o histórico dos contatos que o José fez via rádio-amador. Parabéns pelo registro.

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    1. Pois é
      Joanco tinha contato até com Kursk, a cidade que deu nome ao malfadado submarino.

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