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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Pai Mei

A síndrome de pai mei

Uma figura recorrente nos filmes de cungfu. Um ancião de cabelo, barba e sobrancelhas alvos, quase sempre malvado e invencível, mas algumas vezes com rosto jovem, mais parecendo albino que ancião. Deduzi que seria alguma figura lendária onipresente na cultura popular, como Drácula, Jesus, o mago Merlim, cum protótipo, geralmente estereotipado. O monstro de Franquenstáin, que já coletei aqui amostra das diversas aparições em filme, série, gibi, desenho-animado, etc, é um exemplo típico. Uma personagem cuja aparência não é descrita no livro de Mary Shelley, mas cuja imagem criada maquiando Boris Karloff no filme de 1931 se tornou o modelo de todas as paródias e referências seguintes.

Inicialmente denominei chinês albino. Pesquisando de toda maneira palavra-chave como chinês albino, ancião encanecido, velho barba branca, etc, sem resultado. Mas por acaso achei um vídeo explicando a origem da lenda de Pai Mei (Sobrancelha Branca), quem seria um judas na cultura chinesa.

https://www.youtube.com/watch?v=rbjymDeus08

A lenda de Pai Mei. O judas do cungfu xaolim?

Eis um verbete explicativo:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pai_Mei

 A grande farsa da democracia

O poder corrompe

O poder absoluto corrompe absolutamente

A citação mais célebre do político britânico lorde Acton, século 19

Idéia sacada de vários outros escritores que expressaram o mesmo pensamento com diferente redação

Essa idéia, deturpada a O poder sempre corrompe, portanto sofisma, é o gérmen da aberração democrática

O idealismo ilude

O idealismo fundamentalista ilude fundamentalmente

Eu, parodiando

Estado buraco-negro, Estados-Unidos

Bolha-assassina, eram estados unidos, engolem

Golem o estado em que ficou

Pesadelo o estado-de-coisa do sonho que passou

Eu

O estado-de-direito é nosso bem mais precioso. As garantias constitucionais, o direito a ampla e imparcial defesa, a necessidade de se provar culpa e não a de provar inocência, etc, são suadas e doloridas conquistas que devemos defender e preservar a todo custo.

Mas o quê isso tem a ver com democracia? Nada!

Já questionaste por quê o judiciário é o único poder não eleito pelo povo? Por quê os chefes das multinacionais não são eleitos pelo povo?, se têm mais poder que todos os governos nacionais, mais que o de Estados-Unidos! Tanto é que China e Rússia despertaram a tempo ao problema e começaram a podar os super-milionários, pois tais indivíduos acumulam tanto poder que passam a exercer atividade terrorista ameaçando os estados nacionais. Por quê num estado laico pode haver bancada evangélica?, uma entidade que devia ser declarada organização terrorista.

Democracia é um neologismo resultante da junção de dois vocábulos gregos pra significar governo do povo, governo da população. Tal coisa nunca existiu nem existirá, pois é utopia. Imagines uma fazenda governada pelos bovinos, eqüinos, suínos e aves. Forjar um vocábulo pra isso não faz com que exista.

Exacerbando o ideal libertário utópico, paradoxalmente se criou um regime democrático absolutista opressivo. O voto obrigatório, a imposição de unanimidade, o pan-democratismo, a marginalização dos discordantes, criaram algo como Tão libertários somos, que massacraremos tudo que não se adeqüe [Dei exemplo de erro-de-critério em bilíngüe. Aqui surgiu adéqüe.] a nosso libertarismo.

Todos os estados que se dizem democráticos são ditaduras secretas, ditaduras do capitalismo, estados plutocráticos governados por empresas privadas multinacionais. O que temos não é um sistema democrático mas eleitoral onde o povo vota baseado em propaganda, não em conhecimento, e onde o presidente ou primeiro-ministro é mero fantoche. Se o dono duma empresa nomeia um administrador, quem administra é esse administrador, não o dono. Se o povo nomeia um presidente, é o presidente quem governa, não o povo. O povo governaria se cada ato do presidente fosse decidido por um plebiscito, o que é impossível.

Em 2000-e-pouco uma notícia de que o parlamento turco se reuniu pra decidir sobre o pedido do governo intervir pra sufocar focos de rebelião curda. Isso é surreal, digno duma sátira ou ópera-bufa. Imagines se pra perseguir ladrões que assaltaram uma loja os policiais ter de esperar o comando da corporação se reunir e autorizar a perseguição. Não funciona. Um estado que quer ser potência pujante deve agir imediatamente, sem burocracia.

Identificar e confundir estado-de-direito e democracia é um ardil das potências colonialistas imperialistas globalistas pra engambelar os povos com belos ideais utópicos, belas mentiras. Assim como as religiões imperialistas se apresentam como amor, bondade, perdão e todas as demais virtudes, também os estados imperialistas. Manter aparência de liberdade e direito é um circo pra autolegitimar e distrair. A velha política do pão-e-circo. Pregar liberdade pra agir livremente pra derrubar o altar e o trono. Pra isso dominar os postos-chave da sociedade: Bancos, política, judiciário, etc, principalmente a imprensa, chave da lavagem cerebral popular. Assim a máfia sionista-maçônica extinguiu as monarquias católicas, deixando apenas fantoches, simulacros de monarquia, como a britânica, espanhola e demais européias. Notes que todas as proclamações republicanas foram atividade terrorista dessas máfias pra derrubar as monarquias católicas, deixando Espanha e Portugal sem colônia e sem comunidade. Comunidade britânica sim, comunidade lusófona ou hispânica não. Piada-de-português pra reforçar o cisma, etc, e criar uma série de republiquetas bananeiras facilmente manipuláveis e hostis entre si. O Brasil só foi independente e potência mundial até sob o magno dom Pedro II. A partir da república virou uma republiqueta bananeira gigante, uma colônia dos banqueiros. A rigor, todos os governos republicanos são ilegítimos porque são seqüência dum golpe maçônico. O que não significa que retomar a monarquia seria uma melhora.

Usando o poder dos meios-de-comunicação, a imprensa corporativa, falsimídia, se lava o cérebro da população, inculcando a idéia de que democracia é a suprema virtude. Tal qual nas religiões o conceito do vocábulo se exacerbou e estereotipou. Agora é um conceito mais terreno. Democracia no lugar de . Nada mudou. O mesmo ardil sob outra roupagem. No lugar da missa o televisor. No lugar da hóstia o voto. Vejas como no telejornal o escopo é o mesmo do sermão na missa. Tudo muito idealizado, ético, virtuoso. Uma bolha-de-realidade que só existe ali. Bondade e perdão só no sermão. Ética e ideal só no telejornal.

No período eleitoral a imprensa capricha no discurso piegas, às raias da infantilidade, sobre a suprema virtude, importância e beleza do voto. O cidadão imbecilizado se horroriza ante a idéia de desperdiçar seu voto. Nesse delírio de idealismo-de-opereta, sucumbidos ao instinto-de-rebanho, querem votar nos vencedores, o que torna ainda mais atraente manipular as pesquisas de intenção-de-voto, coisa que seria proibida se o sistema fosse sério. Pois o cidadão quem votou no perdedor sente seu esforço desperdiçado. Quer se identificar com o vencedor, e assim se sentir fazendo história, ser influenciador, ser da turma. Uma espécie de síndrome-de-estocolmo, resultado dessa extrema imbecilização.

No meio de todo esse sofisma no estilo de idiotas-da-objetividade, a elevação do voto a supra-sumo da virtude, como a hóstia na religião. Chamam a eleição de festa da democracia. Só se for uma festa de surdo-mudo, zumbis enfileirados com o voto na mão, sem comida nem bebida, sem dança nem conversa, com mais regulamento que campo-de-nudismo. O quê pode ser mais virtuoso que promover a democracia?, tentam nos induzir a pensar. Essa arrogância de autoimportância suprema leva a descalabros como voto obrigatório e mesário-escravo. Pois o religioso também acha sua atividade a mais importante, pois não concebe o quê seria mais importante que a salvação da alma. O produtor rural também se acha o mais importante, pois qual cidade sobreviveria sem seu labor incessante? O lixeiro, ainda mais convicto de ser o mais importante, afinal podemos ficar dez anos sem juiz mas não agüentamos uma semana sem lixeiro. E assim a diante, indefinidamente. Raciocinando claramente vemos que o poder eleitoral, os teerreés e teesseés da vida, são órgãos supérfluos, meros cabide-de-emprego e peças na engrenagem do poder.

Com sofisma nos impingem a idéia de que a democracia é algo tão importante que justifica tanto desperdício de esforço, tempo e dinheiro. Rasteira, matreira, sorrateiramente nos persuadem de que a democracia é virtude tão soberbamente importante, que todo cidadão deve se dedicar a ela, sempre fiscalizar, acompanhar e participar no processo.

Isso não é só sofisma. É delírio. Só mentes maliciosas e mal-intencionadas, agentes do caos, pregariam tal coisa.

Imagines que na semana-que-vem haverá um encontro médico pra discutir o problema da medicação supérflua e ou equivocada. Não se pode imaginar tema mais importante que esse. Não é? Pois é! Quê tal um encontro sobre a política de emprego e incrementar a economia? Também não tem tema mais importante. Claro! Ou um encontro pra regulamentar uma série de avanços que baratearão 90% a construção civil. E assim indefinidamente. Cada um puxando a brasa a sua sardinha, pois excetuando os que escolhem uma profissão só porque dá mais dinheiro, cada um escolheu a que acha a mais importante. O professor acha o ensino a coisa mais importante imaginável, por isso se crê a cereja do bolo. O setor elétrico também se acha com o rei na barriga, por motivos óbvios. O militar, o piloto de avião, o jornalista, o advogado, o chofer de ambulância também se acham a rainha da cocada preta! Até a puta! Imagines um mundo sem puta, dirão os fregueses. Menos segurança pra tua irmã e namorada. Bom… Exceto, não. Também os quem escolhem a profissão (Sempre vi e ouvi isso de quem queria cursar medicina. Vai que vem dali a famigerada máfia-de-branco) só porque acha que dá mais dinheiro, pois tais indivíduos acham o dinheiro o supra-sumo da virtude, a melhor coisa imaginável, na frente até da saúde.

Nunca vi os matemáticos, pois como dizia Malba Tahan, a matemática é a rainha das ciências e está contida em todas e nada pode existir sem matemática, se arvorar em serem os mais importantes e toda a sociedade ter de girar em torno de seu umbigo.

Nunca vi nem ouvi falsimídia, a máfia audiovisual, pregar que todo cidadão tem o dever de participar, fiscalizar, etc, na medicina, na produção a alimento, na igreja, na psicologia, nas forças armadas, na epidemiologia…

Todo cidadão ter de fiscalizar, participar, etc, na política. Surreal, absurdo. Como os cidadãos participariam assim em todas as atividades importantes? Impossível. Utopia pregada por ideólogos que visam o caos. Pois se toda sociedade se baseia na idéia da divisão-de-trabalho e troca de excedente, essência da civilização. Cada indivíduo exerce um ofício, e os outros têm de confiar na honestidade e competência desse profissional, pois se não for assim é impossível haver civilização. Imagines se cada um viver isolado. Terei de construir minha casa e meu carro, plantar arroz, batata, feijão, criar gado, plantar capim… Não preciso avançar muito. Já deu pra entender. Né? Sozinho eu viveria numa toca, contando com a sorte. Sem tecnologia viveria em média 30 anos. Mas isolado viveria ainda menos. Na primeira dor-de-dente morte dolorosa. Pois essa é uma de nossas crises: Não posso confiar que não põem parafina no chocolate, amido no queijo, água no leite, soda cáustica na cachaça (de 50ℓ faz 150ℓ)…

Com mentalidade ainda da ditadura militar de 1964–85, onde tudo o que não é proibido é obrigatório, o voto é obrigatório! Poucos passos há entre ser obrigado a votar e ser obrigado a votar em fulano. Quando criança, 1971 e 1972, morei com meus tios, minha tia materna, querida tia Cecília, em Brasília. No ufanismo pseudopatriótico do sesquicentenário da independência do Brasil (Aqui https://www.youtube.com/watch?v=8MIZx9g23Ao a canção comemorativa, obra-prima de beleza e poesia usada por uma má-causa. Dá até calafrio a estrofe que diz que ninguém imagina que faz. Mas a canção patriótica não louva a ditadura, apenas foi usada por ela, como. Como os gibis, também não deve ser estigmatizada), com os adesivos, na gramática mais dantesca e rabelasiana, nos vidros dos carros e estantes Brasil: Ame-o ou deixe-o!, nas festas comemorativas na avenida W-3, um general discursando que estão defendendo a liberdade e a democracia.

O cidadão medíocre crê piamente viver no melhor dos mundos libertários, bem no estilo do conto de Volter. Mas pra apelar à justiça tem de pagar. Pra entrar com ação contra uma multinacional que rouba e põe a venda meus escaneios tenho de entrar com mil reais sem expectativa de receber indenização porque não tenho registro. Mas como?, se pra registrar tenho de imprimir, numerar, rubricar cada página, preencher formulário, pagar, enviar à Biblioteca Nacional, aguardar o translado…

Aqui em Campo Grande temos perto Ponta Porã, na fronteira paraguaia. O lado paraguaio, cuja fronteira é uma rua, Pedro João Cavalheiro, é uma zona-franca, tipo paraíso fiscal, contrastando com nosso inferno fiscal. Dá pra ir e voltar no mesmo dia. Há uma cota do quanto se pode comprar produto estrangeiro. Então se o cidadão trouxer uma garrafa de vinho a mais e for pego na barreira fiscal perderá tudo. Isso porque a autoridade acha mais cômodo fazer barreira que investigar se o cidadão está comercializando o que comprou sem pagar o imposto devido. Isso é um escandaloso atentado à liberdade individual, aos direitos constitucionais, mas ninguém clama contra isso, achando muito natural. Assim como ninguém clama contra o pedágio, abuso contra a liberdade de ir e vir. E as lombadas eletrônicas? Descarado caça-níquel projetado pra arrecadar multa de qualquer maneira. Em vez de fazer fluir o tráfego o afunila. Em vez de ajudar o pedestre a atravessar a rua o atrapalha, pois os carros em vez de passar logo são obrigados a ir a passo-de-lesma, a menos de 30km/h. Verdadeiro absurdo logístico. Mas aos plutocratas só importa arrecadar, ganhar dinheiro. Quando o que se deve fazer é tirar de circulação os maus condutores e não fabricar veículo com capacidade pra velocidade excessiva. Num regime tão democrático, libertário, cheio de direito, que prega liberdade, igualdade, fraternidade, não há a quem apelar contra esses abusos.

As multinacionais subornam os poderes municipais pra que o cidadão não produza alimento. Há vacina contra a leiximânia mas a prefeitura usa a leiximaniose como pretexto pra proibir o cidadão urbano criar galinha, pois é mais barato reprimir que comprar o medicamento. Se o cidadão procurar advogado ouvirá o advogado explicar que ninguém ganha ação contra poder público. Nos poucos casos de vitória do cidadão, logo a seguir o judiciário reverteu a decisão.

Em meu bairro tem muita calçada tomada por lixo e matagal. Mas se em tua calçada tiver um buraquinho, o fiscal aparece e te intima. Basta que tenhas um vizinho que não gosta de ti ou que é cricri mesmo. Os fiscais só vão atrás de denúncia. O sistema funciona exatamente como a imagem estereotipada que temos dos países comunistas da Europa oriental, onde bastaria um vizinho não gostar, denunciar e danar a vida do desafeto. Uma vez perguntei a um fiscal se os figurões, deputados, juízes, etc, são intimados tal qual o cidadão comum. O outro extremo também não é incomodado: Os favelados criam galinha em paz. Só esse meio, o cidadão pacato que não tem poder político nem receberá o fiscal a bala é deixado em paz.

Quando me mudei àqui tinha sério problema de perseguição de vizinho. Um caso que não cabe contar aqui, resolvido a seguir. Denúncias que não paravam mais. Chegou a cômbi branca da prefeitura. Disseram que despejei entulho na praça, que fica na esquina transversal. Respondi que não, que chamei um carroceiro, quem levou tudo. Que meu pedreiro fez serviço também a vizinhos. Se alguém jogou não foi eu. Então perguntei quem era o chefe, o convidei a uma conversa, se sentou a uma mesa na sala e conversamos frente-a-frente. Expliquei que é evidente que tem alguém me perseguindo, me denunciado o tempo todo, que várias vezes os fiscais vieram e constataram que nada havia, que isso é calúnia, que é desperdício de dinheiro público, portanto crime, e que investigarei pra descobrir quem está denunciando e abrirei um processo. Depois disso só apareceram mais duas vezes dizendo Tem um vizinho te perseguindo mesmo. Hem! E nunca mais incomodaram. Não moro na Albânia, Hungria, Romênia nem na URSS na época do pacto de Varsóvia.

 Numa sala-de-espera uma senhora contou que costuma falar com seus cães como se com criança. Chegou uma fiscal dum desses órgãos de proteção ao menor, dizendo que ali havia criança que os vizinhos não viam. A dona-de-casa disse que só entraria cum mandado. A mulher voltou cum mandado judicial e revistou tudo. Não se conformou de nada achar, mesmo fuçando no sótão, entre a laje e o telhado.

— A senhora tem criança escondida aqui!

— Então aches!

Também não morava na Iugoslávia nem num país do pacto de Varsóvia. O que faz lembrar o caso contado por um conhecido, quem tem naturalmente os olhos bem vermelhos. Vindo de Corumbá foi parado por um policial rodoviário, quem não se conformava em fazer todos os testes pra embriaguez e nada resultar. Não aconteceu atravessando o muro de Berlim pra entrar no setor oriental.

Num comentário iutúbico, falando sobre o vício de chamar ianque de americano, e qual seria o correto, alguém disse que lá se alguém os chamar de ianque te deportarão imediatamente. Eu disse então, se são tão fanáticos pelos direitos, liberdade de expressão, etc, deportar alguém por delito-de-opinião por uso dum gentílico!

Mesmo com tudo isso o cidadão medíocre acredita viver em pleno estado-de-direito. Mas vejamos mais. Em minha calçada uma mangueira secou atacada por broca. A vizinha da frente, com medo da árvore cair encima, pediu a remoção ao poder público. Eis o formulário:

 

O pedido tem de ser feito pelo dono do imóvel ou com procuração!

Os responsáveis por esse estado-de-coisa teriam de levar uns anos de prisão, no mínimo, pois é um crime contra o povo, até contra a humanidade.

Falando sobre este ocidente governado por mulheres e maricas, o canal El espejo (O espelho) dizendo se sentir envergonhado por nossos cidadãos continuar votando nesses sátrapas hedonistas. Comentei que não é assim tão simples. Imagines se os dois candidatos são Hitler e Mussolini. O poder do voto? Minha posição é sempre votar nulo enquanto o voto for obrigatório. Mas meus contemporâneos, embrutecidos, não querem desperdiçar seu voto, como se seu voto fosse grande coisa. Então contei o caso dos anos 1980-1990 aqui em Mato Grosso do Sul, alternando como governador Wilson Barbosa Martins e Pedro Pedrossian (Só um exemplo a grosso modo). Emputecido da vida contra Wilson, na eleição seguinte o povo votou em Pedro. Na eleição seguinte o povo se vingou de Pedro votando em Wilson. E assim indefinidamente. De modo o que um adquiria durante o mandato gastava nos 4 anos de férias seguintes. E assim o sistema não o chama ditador (O conceito estereotipado do vocábulo), pois o governante não ficou muito tempo no poder. Quer dizer: Não ficou muito tempo direto.

Todo profissional da área de segurança sabe que não existe segurança inexpugnável. Se um ladrão cismar entrar a teu carro ou casa, entrará. A solução está na arte de balancear discrição e investimento em segurança. O ladrão preferirá alvo menos arriscado e ou mais polpudo. Também o programador sabe que não dá pra abraçar o mundo, fazer um programa que contorne todo erro do usuário, por exemplo. Se contenta em balancear velocidade, eficácia, segurança, etc. Tudo é um jogo.

Mas o ideólogo do democratismo não. Acha que criou um sistema ideal de sociedade perfeita. Já discuti esse tema. Como não há um computador que rode uma filosofia, uma ideologia, pra então procurar os erros, rodar de novo, e continuar procurando erro até o programa funcionar, o programador (filosofeiro) acha que o programa está perfeito, passa a vida toda nessa crença, idem seus filhos e netos. É uma tragédia.

Superstição é a religião alheia. Não há sistema de governo melhor que os outros. Cada um prega que o seu é o melhor. Os sátrapas que tomaram o poder no ocidente endeusam o seu como o ideal. Onde está o princípio científico de que um presidente ou primeiro-ministro é melhor que um rei, tirano ou ditador? Não existe. A virtude não consiste no sistema mas em como se conduz o governo. O que faz um bom sapateiro não é fato de ter sido escolhido pelos moradores do bairro, se exercer a profissão durante 40 anos ou apenas 4, ou se alterna exercícios de 4 anos com outro sapateiro. O que conta é sua formação, caráter, conhecimento, desejo de ser o melhor e de prestar bom serviço, etc. Se alguém disser que a garantia de se ter sapatos de qualidade é que o sapateiro seja eleito no bairro pra trabalhar só durante 4 anos, esse alguém é sofista, charlatão, desonesto, mentiroso.

Assim como os estados cristãos fanáticos exigiam o rei ser religioso e agir em prol à fé, e converter os estados que não são de sua religião, os estados democráticos fundamentalistas exigem o governante ser eleito por voto popular, não permanecer muito tempo continuamente no cargo, e levantam cruzada pra derrocar os estados com outro sistema governativo e impor sua democracia fundamentalista.

Então o quê tem a ver um governante ser ditador, monarca absoluto, tirano, etc? Não existe fórmula mágica, garantia de perfeição. Teremos fases de esplendor, estagnação, involução. É uma lei da vida, da natureza, da física, da biologia, da matemática. Podemos interferir no processo mas não garantir perfeito funcionamento. Acreditar que democracia é um sistema ideal, só para os tolos.

Ditador não é quem se mantém no poder durante muito tempo, como maliciosamente falsimídia nos induz a entender, mas quem detém os 3 poderes: Executivo, legislativo e judiciário. Estados-Unidos, como um tulpa, que sempre começa bonachão e se degenera progressivamente, se tornando maligno, como um golem ou monstro-de-franquenstáin, monstro incontrolável, apoiou as ditaduras militares que orquestrou em toda a América latina, e apóia a monarquia absolutista da Arábia Saudita. Nenhuma feminista fez cruzada contra a situação feminina naquele país. Quando na antiga Grécia um plebeu usurpava o trono, não podia ser chamado rei por não ter sangue real. Por isso era chamado tirano. Assim falsimídia maliciosamente demoniza todas as outras formas de governo e sempre se refere a elas de modo pejorativo. E por isso a máfia dos estados pseudodemocráticos tenta impor seu sistema, exportando, derrocando os outros. Por isso vemos Estados-Unidos tentando impor via força seu outrora American way of life, o sonho ianque, agora convertido a pesadelo ianque, American gay of life.

Uma piada corrente no mundo é:

Por quê não há golpe-de-estado em Estados-Unidos?

Porque ali não há embaixada de Estados-Unidos!

Tanto é verdade que o povo não governa, que quando uma cidade fica meses toda esburacada o povo não sai em passeata. Se a prefeitura tivesse medo do povo chegar em massa apedrejando e incendiando, nunca se atreveria a ser tão corrupta a ponto de só arrecadar e nada gastar em manutenção. Como vemos neste período vergonhoso de governo bolsonarista, o povo não reage, sempre espera. Mas isso é natural, porque cada um tem seu ofício, e o ofício político é apenas mais um, não melhor nem pior que os outros. Cada um mal consegue se dedicar a seu ofício, cuidar da própria vida. Cada peça deve estar conectada, ligada, funcionando em harmonia com a máquina toda. Se não está é porque há algo errado: É fantoche, enfeite, simulacro ou outra coisa.

Outro maligno sofisma é o de qualquer cidadão poder se eleger. Apresentam esse falso valor como coisa linda e maravilhosa, exemplo de sociedade libertária e sem preconceito (Alguém sem preconceito é impossível). Como aquela imagem do atleta olímpico na maratona, chegando cambaleando, quase caindo de cansaço, sendo mostrada como exemplo de suprema virtude, de força-de-vontade, etc, numa maquiavélica torsão dos conceitos pra impor um falso valor. Não me imagino como prefeito ou vereador. Teria de estudar muito pra me preparar. Se eu for eleito como estou ficarei nas mãos das velhas raposas que lá estão, pois não tenho idéia do quê é concorrência, como funciona a casa, como me comportar, o quê esperar. Nada. É como se estivesse chegando doutro planeta. É por isso que o sistema é tão corrupto.

É por isso que neste dezembro de 2021 um senador ianque bradou aos quatro ventos um ataque nuclear contra a Rússia. O problema é que em nosso sistema sofista irresponsável qualquer um pode se eleger mesmo sem preparo, podendo ser senador mesmo ingênuo em geopolítica e ignorante em arma e história.

Outra fantasia do povo é eleger um bom candidato. Não! Quando o sistema está tão corrompido, não tem jeito. Um ótimo candidato, honesto, idealista, etc, entrará e fará um bom mandato? Não! Será queimado se não entrar no esquema dos outros. Primeiro usarão humor. O quê há? Não gostas de ganhar dinheiro? Depois o perseguirão no trabalho. É funcionário-problema, muito certinho, bobo. Peregrinará dum setor a outro. Se der certo terá de cobrir lacuna, por necessidade, noutro setor. Se não se adaptar é porque é funcionário-problema mesmo. Depois tentarão o demitir. Se não funcionar, tentarão o incriminar. O penúltimo recurso será o aposentar como insano, provavelmente pródigo. O último recurso será o enviar a uma viagem só de ida ao cemitério. Portanto, não sejas ingênuo. Os que ali estão são, no mínimo, coniventes.

É por isso que as potências ocidentais pregam democracia, ecologia e direito humanos fundamentalistas: Estagnar o desenvolvimento dos estados vassalos. Estados-Unidos não se deteve por escrúpulo ecológico a guerrear pra chegar ao Pacífico e cruzar o continente de ferrovia. Era essencial chegar ao Pacífico, pra ter saída a dois oceanos. Mas mesmo assim conspirou pra a província do Panamá se independizar da Colômbia, quem não era obediente a doar o futuro canal. Nos estados democráticos o governante não tem poder de decisão, é mero fantoche. Quando estourou a pandemia os países socialistas reagiram rápida e eficientemente porque têm governo forte e nacionalista, e as empresas estratégicas não privatizadas. Por exemplo: A conta de energia elétrica do cidadão foi suspensa, algo impossível nos estados democráticos.

É por isso que no Brasil a legislação de direito autoral, marcas e patentes é tão incrivelmente complicada: Aos amigos todas as facilidades. Aos inimigos todos os obstáculos. Aos demais a lei.

O discurso utópico de representatividade popular, liberdade e direito se tornou uma farra de campanhas faraônica, com astronômico desperdício de dinheiro público, pois os candidatos ganhadores, quem posaram naquelas repugnantes fotos sorridentes nos panfletos de propaganda, recuperarão o gasto, que tiveram ou não, no cargo. Astronômico gasto também do poder público, tendo de acionar uma gigantesca e onerosa máquina tocada a mesário-escravo pra promover, processar e finalizar toda essa palhaçada.

E que não venha alguém dizer que o processo se degenerou ao longo do tempo, pois Edgar Allan Poe já cantou essa verdade na sátira Pequena conversa cuma múmia (Edgar Allan Pöe - Pequena conversa cuma múmia.pdf

Edgar Allan Pöe - Pequena conversa cuma múmia.docx). E em seu último dia relatou como era a votação naquele 1849, bem no estilo do tradicional voto-cabresto dos coronéis do nordeste brasileiro. Vejas na biografia (Ramón Gómez de la Serna - Edgar Poe, el genio de América

 Ramón Gómez de la Serna - Edgar Poe, o gênio da América)

Outro livro que digitalizei mostra o quanto é fácil a um advogado espertalhão manipular o júri, leigo nas matérias em questão. O que põe em xeque-mate a ingênua idéia de que o júri popular (outra gente aliciada a laço por modernos capitães-do-mato, tão escrava quanto os mesários eleitorais) é antídoto ante potencial vício, preconceito profissional e autoritarismo do judiciário.

https://cheguavira.blogspot.com/search?q=g%C3%AAnios+do+crime

Temos de sair do infantilismo, deste sonambulismo longo, passivo e tenebroso. Deixar de dar crédito a ideologias de estados que autoproclamam excepcionais, povo eleito, destino manifesto e outras fantasias macabras. A política é uma profissão como as outras. Como todo outro profissional, o governante, seja prefeito, presidente, deputado…, deve cursar, se preparar, prestar concurso ao cargo e ser o melhor.

A forma de transição seria primeiro ser elegível apenas candidato comprovadamente conhecedor das matérias pertinentes, após criar cursos específicos para cargo político. E aos poucos abolir a votação, a substituindo por concurso público, talvez a usando votação popular apenas em situação excepcional, como após um cataclismo. E finalmente à lixeira da história o pueril e faraônico sistema de voto democrático.

  

Coleção Adeene neles!

 
Arqueólogos acharam o túmulo de Gugu

 

Onde anda o corcunda de O jovem Frankenstein?

 

Zé Biden diante e longe de câmera


Assange, Félix Guarania, Ortigão

 

Coleção cartão-postal de Joanco

 













Estes dois peço ao leitor que os baixou a gentileza de os enviar a mariojorgevargas@gmail.com, pra ressubir e repostar:

Memorias de doctor Mortis 2 - 3 cuentos

Memórias de doutor Mortis 2 - 3 contos

Quem não recebe o aviso de nova postagem avisar a

 mariojorgevargas@gmail.com

quarta-feira, 23 de junho de 2021

O epitáfio de Che Guavira

O epitáfio de Che Guavira

 

Planeta 158, 11.1985

Mais um número dessa maravilhosa, nostálgica e inesquecível revista

Ao escanear vi que duas folhas estavam arrancadas. Por sorte achei outro exemplar na Estante virtual. Graças a isso vi que tinha também um suplemento nas folhas centrais.

Na apresentação no índice o editor, Eduardo Araia, por desconhecer que a perseguição da medicina fundamentalista contra as opcionais (não alternativas, erro vocabular) é por ideologia da elite globalista e não por suposta inferioridade brasileira. Eis uma evidência de que o complexo de vira-lata sempre foi instigado pela imprensa, não pela cultura popular espontaneamente. Lamentável. No geral o vício de chamar americanos os ianques.

Na página 5 pus uma nota-de-rodapé no alto, o artigo sobre a tragédia do Titânico.

Na página 6 na legenda o trecho de frase A travessia dos animais pelas estradas (editado). Já falei muito sobre esse vício-de-linguagem.

Na página 7 uma nota-de-rodapé sobre o estereótipo do carbono na atmosfera. No subtítulo mais um exemplo da preferência por redigir de forma quixotesca, pomposa, verdadeiro ouropel da letra pra parecer erudito: À procura do ar antigo, quando a forma correta é A procura ao ar antigo, mas é tão simples usar o gerúndio: Procurando o ar antigo. A insistente e recorrente frase de que os combustíveis são de origem fóssil. Falso. O petróleo é inorgânico. E não pode ser fóssil, porque fóssil não é osso e sim minerais que ocuparam o espaço deixado pelo osso dissolvido. A expressão combustível fóssil não faz sentido.

Na página 11 o vício que se estabeleceu por causa de se preferir palavras mais longas e sonantes. Terapias opcionais, porque alternativa é só uma.

Na página 14 artigo sobre o quão escravizante é o sistema educativo

Na página 43 a matéria-de-capa

Na matéria sobre o armagedão, que começa na página 34, o autor mostra pouco conhecimento em geologia. A inversão polar não é mais um item de fim-de-mundo mas conseqüência do choque contra um planetóide, como o ocorrido no mais recente dilúvio mundial há quase 12 mil anos. O erro do vocábulo terrestre em vez de terreno, pois terrestre se refere a terra firme, em opção a aquático e aéreo. Terreno se refere ao planeta Terra. E a incoerência de no mesmo texto grafar extraterrestre se referindo a extraterrenos, e terreno corretamente.

Na página 48 artigo sobre a perseguição à quiropatia

Na página 54 um artigo sobre reencarnação

Com a dica de Renílton, usar o IrfanView, o .rar resultante baixou de 182MB a 117MB

Na figura acima um comparativo da página índice depois e antes de irfanviar

Bugs Bunny - parte 1

Enviados por Daniel, subidos 18.06.2021

 https://www.youtube.com/watch?v=oMd1Ygl8soo

O caso Varginha

Muitos vídeos sobre o caso Varginha apareceram nos últimos anos. Cada um pior que o outro. Manchetes prometendo a verdade, o que não sabíamos, etc. O da conexão acima é apenas um mais recente. Se espera que alguém que dê entrevista sobre um tema domine o conhecimento sobre o tal tema. É o mínimo que se espera de hombridade, honestidade, vergonha-na-cara. Não é correto citar mistérios, que, por exemplo, já estão esclarecidos no livro de Ubirajara Rodrigues, O caso Varginha.

Não é fenômeno extraterreno, talvez nem ufológico. São seres aquáticos vindos do rio próximo, o rio verde. Os resgatadores que tiveram contato de pele com o ente morreram intoxicados por amônia. Os animais aquáticos liberam amônia via pele porque a água dissipa, lava essa toxina. Os animais terrestres liberam via urina, porque o fazendo via pele se intoxicariam porque o ar não dissipa a amônia. Mas quê-diabo de bombeiros, policiais, militares tão amadores a ponto de pegar com a mão e manter contato ombro-a-ombro com animal desconhecido? Era por isso que os bichos estavam agachados, inertes. Estavam morrendo. Bastaria os jogar a uma banheira ou regar cuma mangueira. Deixaram os entes morrer por ignorância.

Essas e outras estão explicadas no livro. Mas já estamos acostumados a ver entrevista de pseudoinvestigador levantar mistérios que já não o são.

Num vídeo o cara quer entrevistar as meninas! É de lascar! Esses caras parece que não são adultos ou vieram doutro planeta. Deixai as meninas em paz! Tudo o que podiam fornecer de informação já o fizeram na época de ingenuidade, de querer informar com a maior qualidade possível. É uma laranja já espremida. Tudo o que se poderia conseguir agora é falha da memória, invenção, deformação, enfeite. Fizeram polêmica de que elas passaram a cobrar taxa pra dar entrevista. Parabéns! É a reação mais natural possível diante dum cenário deprimente, onde viram todo tipo de espertalhão lucrar com o caso, enquanto as testemunhas originais permaneceram na mesma. Em vez de prêmio o castigo do assédio perpétuo de todo tipo de charlatão fantasiado de pesquisador. No vídeo desse charlatão mostra o parque temático que a politicarada local montou pra lucrar com o caso.

Tal assédio, ainda mais pagando, é poderoso incentivo à fabulação, farsa, armação. Os pesquisadores verdadeiros já fizeram seu trabalho.

  

https://www.youtube.com/watch?v=WVBHyq3p57s

2:22 Incoerência gramatical: Analisemos o que figuras importantes naquela partida sentiram nesse (naquele) momento

Mais um pequeno exemplo do purtuguêis do cotidiano

  

Fui à lotérica pra pagar um boleto. No sítio que gera o boleto o processo terminou exibindo aquele código interminável de algarismos e a mensagem de que pode imprimir o boleto ou copiar o código. Optei copiar o código. O imprimi numa página com lombadas de livros a restaurar, pois não vivem dizendo pra não imprimir sem necessidade?, a natureza agradece, etc. É a mensagem que vejo ao tirar saldo ou extrato. Só esqueceram de dar essas mensagens aos políticos que desperdiçam nosso dinheiro em seus panfletos sardônicos. Fui à lotérica porque o caixa eletrônico quase nunca consegue ler o lêiser, seja boleto, conta elétrica, etc. Mesmo no caixa do supermercado, se tiver um amassado ou umedecido a coitada tem de digitar cada número. Então o caixa eletrônico manda escrever o código imenso. Quando se está quase terminando encerra por terminar o tempo. Pois a atendente estranhou o papel com o código e consultou a chefe. Então deu um míni-formulário pra eu escrever o código e assinar, pra me responsabilizar por erro. Mas se é assim, mais fácil no caixa eletrônico! Tinha um erro em meu preenchimento.

— Pois é! Por isso copiei, colei e imprimi. No papel impresso não tem erro. Além do mais, na vez anterior a atendente não conseguiu ler o lêiser, e imediatamente digitou o tal código. Não me mandou preencher ficha. Não é a mesma coisa? Por isso nesta vez eu trouxe só o código.

E como mandar parar de dizer pra copiar o código?, se os sítios, cada vez mais dominados pela burrice artificial, não dão acesso a enviar mensagem.

Mais uma aventura dum cidadão de Burrocracialândia

 2021 sem carnaval, e o segundo ano sem festa junina. Mas copa América pode?!

 

Berinjela não fritar imediatamente. Vi uns quantos vídeos sobre fritar berinjela (ou jiló) em rodela passada na farinha-de-trigo. Cada um tem uma firula, que seria o segredo pra não ficar oleosa. E no comentário alguém dizer que não funcionou. Na verdade a regra é bem simples: Não fritar imediatamente. Deixar ao menos meia hora. De preferência na noite ao dia seguinte, pro suco da berinjela ocupar na farinha o lugar que seria do óleo.

Mais itens sobre um mundo melhor: Abolir o jogos olímpicos e a copa do mundo, e dar mais valor aos folclores nacionais

Quantos vídeos sobre a invenção que mudará o mundo mas muda nada? Já perdi a conta. Agora apareceu um tal drone da Tesla apregoando as maravilhas da inteligência artificial pro automóvel autômato (mais ou menos redundante o termo) até drones fantásticos fazendo de tudo. Tudo muito bróduei. Desde a visão sobre o ano 2000 que tínhamos nos 1970, com aqueles lindíssimos carros futuristas, quando hoje só vemos carros feios, tudo igual, tudo quadrado e cada vez mais descartáveis.

Vejas, https://www.youtube.com/watch?v=fz8eHUDNfx8 (O drone tesla que supostamente mudará o mundo. Vejas que é Musk, da picaretagem da colonização a Marte, reedição da fraude criogenia), e não engulas, pois é tudo apenas propaganda, matéria-paga, e compares a linguagem célere, a técnica de persuasão, com https://www.youtube.com/watch?v=f2MMnoL58dM (Assim Eua vendia o capitalismo em 1949).

Quanto a mim, é mais premente um microdrone ou microdisco-voador que cace mosca e mosquito.

 

O povo que faz questão de escrever de um em vez dum, em um, em vez num, etc, por coerência devia escrever em a cidade em vez de na cidade. O grande charme do português é a contração, como dizem os hispânicos, apóstrofo. É o que lhe dá mais fluidez, beleza e praticidade. Não posso concordar com os puristas bobos que fazem questão de escrever de um mas no mais escrevem em português-de-jornalista.

A deformação que tem no castelhano sinonimizando o tempo verbal passado ao condicional é inadequada porque não existe sinônimo propriamente dito. Todo sinônimo tem uma acepção e aplicação algo diferentes. É sinônimo nalguma situação. Noutra não se aplica bem. É por isso que é possível se dar sinônimos num dicionário. Os sinônimos listados apenas dão idéia, cada um se aplica melhor em determinado contexto. É por isso que o dicionário não precisa explicar tanto. A tal deformação também é inadequada porque sempre que se considera um sinônimo ocorre o fenômeno da predominância: Com o passar do tempo um se impõe, e os outros vão desaparecendo. É por isso que exquisito desapareceu, que experto vai nesse caminho. Em castelhano quase nunca se vê o vocábulo percibir (perceber), estando quase onipresente se dar cuenta (se dar conta), meio raramente se percatar. Idem estar, sempre se encontrar.

No castelhano acontece o mesmo vício do português, de usar a preposição por pra tudo. Mas no castelhano é muito pior: En este canal nos esforzamos por traer contenido original y poco explicado (Neste canal nos esforçamos por trazer conteúdo original e pouco explicado). É evidente que no caso tem de usar para em vez de por. Eis um exemplo que evidencia melhor:

(1) Recebeu cem dólares por abrir a caixa

(2) Recebeu cem dólares para abrir a caixa.

Em (1) a ação é passada. A caixa foi aberta, e quem abriu receberá recompensa por ter feito boa-ação, por exemplo. Em (2) a ação é futura. O sujeito recebeu o pagamento com o compromisso de abrir a caixa. São duas frases com significados muito diferentes. Preposicionar incautamente é irresponsabilidade, pois pode causar mal-entendido.

O estranho é que quando se deve usar por comumente se usa outra coisa. El ejército retrocedió a causa de la fuerte resistencia del enemigo (O exército retrocedeu a causa da forte resistência do inimigo). Tanto equívoco no preposicionamento só se explica pelo gosto em falar bonito, parecer erudito, usar forma redacional que parece mais chique. Mas isso é burrice, porque linguagem em prosa tem de ser precisa, objetiva, simples. Quem quiser florear, impressionar com beleza e imponência, ser original, que escreva em verso.

Me detuve y le compré a mi esposa su plato favorito (Me detive y lhe comprei a minha esposa seu prato favorito). Aqui vemos o preciosismo me detive em vez do simples parei. Uma dupla referência tão mal-arranjada que virou confusão pronominal. E a em vez de para. Quando a frase simplificada ficaria Paré y compré para mi esposa su plato favorito.

No castelhano o excesso de preposição e pronome transformam um traje esportivo numa fantasia de Clóvis Bornay. Como no último exemplo acima temos Me lo comí un sándwich. Se lo comió un pastel. Se cayó, se rio, se quedó… (Me o comi um sanduíche [sándwich, um acastelhanizamento híbrido esdrúxulo, como Hawái e outros]. Se o comeu uma torta. Se caiu, se riu, se ficou…). Oras bolas! Me comer seria autofagia. Artigo definido indevido. Não posso cair outra pessoa. Posso o derrubar. Não posso rir outro, se ri só pode ser eu. Não posso ficar outro. Posso o convencer a permanecer. Se fico, só pode ser eu. Então o se é supérfluo.

Outro problema no castelhano é a preposição se confundindo com o a = até. Llevó a la suegra a la orilla del río (Levou a a sogra a a beira do rio à Levou à sogra até a beira do rio à Levou à sogra à beira do rio). O problema é que, por exemplo, a frase Carlos matou Pedro escrevem Carlos mató a Pedro, porque a forma Carlos mató Pedro, como solem redigir invertido, significa Pedro Matou Carlos. Então na frase Llevó a la suegra a la orilla del río, o começo da frase, Llevó a la suegra, se pode ser interpretado como Levou [não disse o quê] até a sogra à Levou à sogra. Então a frase Llevó a la suegra a la orilla del río seria traduzida a Levou [algo] à sogra à beira do rio. Que levou algo até a sogra, e essa sogra está à beira [não na beira mas na fronteira do que seria a beira (frescura gramatical, pois estar à mesa e estar na mesa são coisas diferentes porque é claro o limite entre a mesa e seu exterior, mas não entre a beira do rio e um ponto distante o suficiente pra não ser considerado beira] do rio.  Mais um exemplo de regra mal bolada. Mais uma evidência de que o castelhano é idioma menos preciso que o português. Mas o português também tem essas frescuras, como dizer Um laço à cintura, em falsa analogia de Estar à mesa.

 Na letra da canção Itapúa poty (Flor de Pedra Pontuda) a expressão volverte a ver. A analisarei. Mas como dá na mesma em português, pois a forma já vem do galaico-português, vejamos como se fosse em português, voltar-te a ver. Passemos à forma enclítica, te voltar a ver. Como o termo voltar nesse caso não se trata de ação física, girar, dar volta ou voltear, mas agregando a idéia de rever, ver novamente, ver mais uma vez, não cabe o pronome junto a esse verbo. É um vício hispânico. Teria de ficar junto ao verbo ver, voltar a te ver. Mas a rigor ainda não está bem, pois o mais adequado é voltar a ver a ti (Como Te levarei, Maria não é o mesmo que Levarei [algo] a ti, Maria]. Mas há o prefixo re, indicando repetição, que simplifica a frase. Por quê não o usar?, rever a ti, muito mais simples e correto que o horroroso voltar-te a ver.

Vejamos a introdução dum vídeo:

Antes de comenzar con el video suscríbete y activa la campanita de notificaciones, para que no te pierdas de ningún capítulo de esta saga

Antes de começar com o vídeo subscreve-te e ativa o sininho de notificações, pra que não te percas de nenhum capítulo de esta saga

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O primeiro vício na redação é o com supérfluo. O quê começará com o vídeo? Evidente redação viciosa. Em cada um dos dois verbos seguintes erro de conjugação. Em seguida um plural vicioso. O pronome te excessivo, o de excessivo, nenhum excessivo resultando em inversão por dupla negação. O narrador é a 1ª pessoa, o telespectador a 2ª. Está apresentando algo que considera saga. Não está nela nem a tem perto. Portanto essa saga. Mas se redigisse de forma mais simples colocaria a saga, pois uma regra áurea a simplicidade. Sempre se deve preferir a forma mais simples. Então quando supérfluo, evitar dizer que é seu, sua ou se é esse, este, aquele.

O castelhano popular é ainda mais espalhafatoso que o português popular. Por isso vemos formas grotescas como Abrió la puerta para que pasara el gato. Abriu a porta para que passara o gato.

Já discuti noutros tópicos o problema do tempo verbal. No caso teria de ser pasase (passasse). Todo o problema pelo gosto de redigir pomposo. Eliminando o supérfluo  que simplificaria tudo: Abrió la puerta para pasar el gato. Abriu a porta pro gato passar.

A apresentação do vídeo, depurada:

Antes de comenzar el video te suscribas y actives la campanita de notificación, para no perder capítulo de la saga

Antes de começar o vídeo te subscrevas e atives o sininho de notificação, pra não te perder capítulo da saga

Sem ponto final, pois não há outro ponto no parágrafo

  

Qual é o mais perigoso monstro-do-armário?

— O dragão-de-cômodo

Qual o alter-ego da rua Benjamin Constant?

— Benjamin Variavl

 Analisando uma frase viciosa em castelhano

¡Nos vamos a Bruselas el 29 de mayo! ¿Te vienes?

Traduzindo ao pé-da-letra:

Nos vamos a Bruxelas o 29 de maio! Te vens?

São vários os erros desta horrível redação. Corrijamos ponto-a-ponto:

1 ● Vamos não é futuro. Iremos:

Nos iremos a Bruxelas o 29 de maio! Te vens?

Posso ir. Não posso ir outra pessoa. Então me irei, nos iremos, são formas viciosas.

Iremos a Bruxelas o 29 de maio! Te vens?

Estaremos dentro daquele dia, então estaremos no dia 29.05:

Iremos a Bruxelas em 29 de maio! Te vens?

A exclamação parece muito adolescente. Não é caso de espanto. Fora!

Iremos a Bruxelas em 29 de maio. Te vens?

Tal qual em nos iremos, te vens é excesso de pronome:

Iremos a Bruxelas em 29 de maio. Vens?

Vens é presente. A referência, 29.05, é futuro. Erro de tempo verbal:

Iremos a Bruxelas em 29 de maio. Virás?

Então o resultado, em castelhano:

Iremos a Bruselas en 29 de mayo. ¿Vendrás?

Se supõe que 29.05 é a data do evento em questão. Então mais adequado é estaremos em vez de iremos, pois levar em conta a distância, etc, pra não se atrasar ao evento. Mas isso não é questão gramatical.

 Coleção Adeene neles!

 

Francisco Umbral - Isaac Asimov

(Se não contemporâneos diriam que um é crononauta ou reencaranação)

 

Isaac Asimov - Xucrinho

 Piñera - maracujá murcho

 

Guianas inglesa, holandesa, francesa. Guinés Bissau, Conacri, Equatorial. Estônia, Letônia, Lituânia

 Roberto Karlenstein

 

Seção reciclagem, sessão Chacrinha:

Nada se cria. Tudo se copia

 

Coleção cartão-postal de Joanco